Esta síntese foi elaborada como parte do Congresso da Cidade, realizado durante o governo Izalene Tiene (2001-2004).
A Secretaria municipal de cultura, esportes e turismo promoveu, desde 2001, várias atividades com o objetivo de discutir as políticas públicas de cultura para a cidade de Campinas.
Entre essas atividades, destacamos: o Fórum Permanente de Cultura 2001 e 2002, os debates travados no Conselho Municipal de Cultura e no Fórum Social Mundial – Campinas, os debates em torno do projeto pedagógico da Escola Municipal de Cultura e Arte etc.
Tendo em vista o calendário do Congresso da Cidade, apresentamos abaixo algumas das idéias que vem surgindo deste processo:
1.Cultura é uma política pública de importância estratégica. Seja por sua dimensão histórica, seja por sua importância econômica, seja por sua influência política, a cultura deve ser considerada como uma política de Estado.
2.Uma política de Estado deve ser capaz de articular os diferentes níveis da Federação (União, Estados e Municípios), definindo atribuições para o setor público e para o setor privado, estabelecendo planos, metas e recursos orçamentários para o curto, médio e longo prazo, como parte de um sistema nacional de cultura.
3.Uma política de Estado orientada por um governo democrático e popular se traduz nas seguintes diretrizes da política cultural:
4.A cultura é um direito de todos os cidadãos e cidadãs.
5.Libertar o mundo da cultura da ditadura do mercado.
6.Democratizar a produção da cultura.
7.Democratizar o acesso à cultura.
8.Combater os monopólios que pasteurizam a cultura.
9.Estimular a cultura popular e nacional.
10.Integrar a política de cultura com outras políticas públicas, com destaque para a comunicação, a educação, o turismo e os esportes.
11.Ampliar os investimentos em cultura.
12.Propagar uma visão de mundo pluralista, democrática e solidária.
13.As diretrizes de política cultural para Campinas devem levar em consideração a pluralidade –ideológica, política, econômica, social e cultural— de nossa cidade.
14.Uma política pública municipal de cultura se traduz nas seguintes diretrizes de médio prazo:
a)descentralizar a ação cultural;
b)dotar cada região da cidade de equipamentos culturais adequados;
c)estimular a produção cultural da cidade;
d)estimular as manifestações culturais regionais;
e)articular as diferentes instituições envolvidas com a cultura;
f)integrar a ação cultural com as demais políticas públicas, com destaque para educação, saúde, assistência social, esportes, turismo e memória;
g)estabelecer diferentes níveis de controle social sobre as políticas de cultura, privadas e públicas, desenvolvidas na cidade;
15.Uma política pública municipal de cultura se traduz nas seguintes diretrizes de curto prazo:
a)organizar, no primeiro semestre de 2004, a Primeira Conferência Municipal de Cultura de Campinas, com a participação de trabalhadores (setor público e privado), gestores (públicos e privados) e usuários. Compete a Conferência traduzir estas diretrizes gerais em diretrizes específicas para cada segmento e região;
b)ampliar a articulação do governo municipal, com os governos estadual e federal, com a Câmara Municipal, Assembléia Legislativa, Congresso Nacional; com as demais instituições nacionais e internacionais envolvidas com a área cultural;
c)elaborar um plano de investimentos em cultura na cidade de Campinas, para que todas as regiões da cidade possam dispor, a médio prazo, de equipamentos e de atividades integradas de cultura, esportes e lazer;
d)priorizar, nas ações de governo, os setores populares;
e)ampliar as possibilidades de investimento público direto e indireto, bem como estimular as possibilidades de crédito e de emprego na área de cultura;
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