No dia 7 de outubro, o Itamaraty soltou uma nota referente aos ataques do Hamas.
A nota é de 7/10/2024.
Os ataques ocorreram há um ano, em 2023.
A nota pode ser lida aqui: Um ano dos ataques do Hamas: Governo repudia terrorismo e pede libertação dos reféns — Agência Gov (ebc.com.br)
A nota registra com "profundo pesar" que os "ataques terroristas" resultaram "na tomada de 251 reféns e na morte de cerca de 1.200 pessoas", entre os quais brasileiros "assassinados no dia da invasão do território israelense por terroristas a partir da Faixa de Gaza".
Tomem nota da sutileza: "a partir da Faixa de Gaza".
A nota fala ainda das "dezenas de israelenses ainda em poder do Hamas em Gaza" e solidariza-se "com a família de todas as vítimas e com o povo israelense", reiterando "absoluto repúdio ao recurso ao terrorismo e a todos os atos de violência".
A última frase da nota é a seguinte: "O Brasil volta a exortar pela libertação imediata de todos os reféns e por negociações que levem ao cessar-fogo em Gaza e no Líbano".
Nenhuma palavra contra o terrorismo de Estado de Israel contra Gaza.
Nenhum pesar pelas mais de 40 mil vítimas palestinas e, também, nada sobre as vítimas libanesas.
Do ponto de vista humano, é uma nota deplorável.
Do ponto de vista diplomático, é uma nota totalmente desequilibrada.
Do ponto de vista político, é a prova de que no Brasil - e no Itamaraty - também existe um Deep State.
Primeiro as declarações de José Múcio, agora isto. Qual será a próxima?
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