quarta-feira, 11 de setembro de 2024

PCO: mentiras padrão Bibi

Como disse uma vez o camarada Aparício Torelly, "de onde menos se espera, daí é que não sai nada".

Mas o PCO exagera, como se pode ler aqui: Valter Pomar: palavra da Febraban vale mais que provas - Diário Causa Operária (causaoperaria.org.br)

Sobre o mérito, o texto do PCO não acrescenta nada de novo aos argumentos que já foram apresentados, com muito mais honestidade, por outras pessoas.

Assim sendo, me limito apenas a comentar algumas passagens onde o PCO adota o método nazi-sionista: mentir descaradamente.

Primeira passagem: o PCO escreve que "segundo Pomar, a verdade estaria com Israel”.

Como sabe qualquer um que tenha lido ou ouvido eu falar a respeito, isto é pura e simplesmente falso.

Segunda passagem: o PCO escreve que "o fato de que nenhum dos supostos estupros cometido (sic) pelo Hamas foi provado e de que, por outro, estupros contra palestinos tenham sido comprovados não tem a menor importância, segundo o dirigente da Articulação de Esquerda".

Como sabe qualquer um que tenha lido ou ouvido eu falar a respeito, isto é pura e simplesmente uma mentira. 

Terceira passagem: o PCO diz que eu estaria "admitindo" que "não é necessário provar absolutamente nada nos casos de crimes envolvendo mulheres. Com um típico identitário, para fazer demagogia com as mulheres, Pomar quer estabelecer que basta a palavra de uma mulher para condenar automaticamente um homem".

Como sabe qualquer um que tenha lido ou ouvido eu falar a respeito, isto também é uma mentira. 

Repito aqui o que já escrevi noutro lugar: o número de crimes contra a mulher é muito maior do que o número de denúncias, entre outros motivos porque é muito difícil condenar e provar, o que não quer dizer que o crime não tenha sido cometido.

Portanto, peço ao Tico do PCO que explique ao Teco do PCO que, na maioria dos crimes, não há condenação, muito menos automática.

Quarta passagem: o PCO diz que eu não vejo "estrago nenhum casado (sic) pelo identitarismo". 

Basta ler a frase de minha autoria, que o PCO reproduz logo em seguida, para constatar que não é essa a minha opinião. 

O que eu escrevi é que “na longa lista daquilo que causa ‘estrago’ em nosso país – incluindo aí a violência contra as mulheres em geral e contra as mulheres negras em particular – o ‘identitarismo’ seguramente não ocupa os primeiros lugares”.

Tico, por favor explique ao Teco: se eu disse "não ocupa os primeiros lugares", então reconheço que causa algum estrago, o que é totalmente diferente de "estrago nenhum". 

Quinta passagem: o PCO diz que eu sou um "identitário".

Como o PCO se acha marxista, é compreensível que achem qualquer coisa dos outros. 

Mas confesso que acho terrível ler a seguinte afirmação, feita pelo PCO: "o identitarismo está destruindo o País". 

Esta frase poderia ter saído da boca de alguém da extrema-direita. 

Seja lá o que entendamos por "identitário", não dá para falar que ele estaria destruindo o país.

A verdade é um pouquinho diferente: quem está "destruindo o país" é o imperialismo, o agronegócio, o capital financeiro, a classe dominante. 

Sexta passagem: "Graças aos identitários, hoje os sionistas podem acusar pessoas como o jornalista Breno Altman de ser racista!"

O sionismo é racista. E faz tempo que uma das táticas do sionismo é acusar seus inimigos de antisemitismo, portanto de racismo. Os sionistas fazem isso, não "graças aos identitários", mas graças ao imperialismo e graças à sua força própria.

Sétima passagem: o PCO diz que eu "admito" que "o mesmo tipo de campanha histérica que foi feita com Silvio Almeida já foi feita, com muito mais intensidade, em outro período, para preparar um golpe de Estado". 

Obviamente, eu não admito isso. 

O que eu disse é que julgamento penal é uma coisa, julgamento político é outra. 

E que “a condenação política – tão fácil neste ambiente de denuncismo e de redes antisociais – pode criar um ambiente que dificulte, objetivamente, o direito à defesa”; mas que “também pode ocorrer da não condenação política obstaculizar o devido processo, em prejuízo das vítimas, como ocorre no caso do presidente da Câmara dos Deputados, sem falar de outros cidadãos ilustres”.

Aliás, falemos de Artur Lira. O cidadão é acusado. E usa seu poder para pressionar Deus e todo mundo. Vide o que está ocorrendo, hoje, com o deputado Glauber Braga. Denunciar o uso da máquina e do poder bruto, por parte do Artur Lira, para se proteger das acusações de violência contra a mulher, seria "identitarismo"? 

Por fim: eu não sou a favor da “condenação política” antes da "condenação no devido processo". O que sou "a favor" é de compreender que são duas esferas autônomas, a do processo penal e a do "processo político". 

É exatamente por isto que Lula, corretamente, demitiu Silvio Almeida. Isto foi uma necessidade política, não uma condenação penal. Outra medida seria possível? Claro que sim. Seria a melhor? É preciso provar. Dado os acontecimentos, penso que Lula fez certo. 

Textos como o do PCO só reforçam esta minha opinião. Afinal, uma posição correta não precisa ser defendida com mentiras.


3 comentários:

  1. Sábias são suas considerações, mas o que é a verdade?
    Lula se mantém uma pessoa simples que frente ao perigo fez o mesmo que das vezes anteriores.
    Breno Altman também tem posição idêntica de defenestrar ministros pela sua fama e presunção de falha de caráter.
    Há ticos e tecos que só entendem as coisas simples e lutam boxe. Baixar a guarda é imprudência.
    O inimigo é o Império, que usa o identitarismo para dividir e derrubar.
    Você também. A forma disso pode ser a mão que afaga ou a mesma mão que apedreja.
    O erro é coletivo, mas poucos reconhecem

    https://causaoperaria.org.br/2024/nao-perca-rui-pimenta-contara-tudo-sobre-sua-viagem-a-china/

    Casa coisa...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. É arenga acerba e controversa se o Identitarismo está destruindo país. Porém, se pode afirmar, ou ao menos desconfiar, que a propaganda de que o Identitarismo está destruindo o país tem rendido um troquinho para o PCO, a microempresa da família Pimenta – além de algum ganho marqueteiro.
    Vejamos.
    Recuperemos o curso oferecido pela Universidade de Férias do PCO – link ao pé deste comentário.
    Quem tenha bala na agulha pode desfrutar de aconchegante resort no interior paulista enquanto assiste aulas e palestras sobre o perigo desse bicho de 666 cabeças chamado Identitarismo.
    Imaginem o privilégio de assistir presencialmente a ensinamentos de Rui Costa Pimenta, com sua voz, seu estilo e sua didática que têm galvanizado multidões...
    Findo o cursinho, o vivente sairá do resort como sangue nos olhos, foice e martelo nas mãos, pronto pra reconhecer e enfrentar a legião de seguidores dessa besta apocalíptica que é o Identitarismo.
    (Pomar pensou que conseguiria disfarçar seu identitarismo? Consegui não...O PCO está de olho...)
    Sobre o curso, eis alguns trechinhos turísticos colhidos no sítio do PCO.
    “Durante a semana, também acontecem os passeios para os que fazem o curso por todo o período, eles dependerão da localização do sítio. Na última edição, em Ibiúna, foram visitadas as vinícolas da região, com direito a degustação, e também as belas cachoeiras do interior paulista.”
    “O local ainda será definido em alguma cidade do interior com um amplo espaço aberto, piscina e áreas para aproveitar as férias. Será possível se acomodar em quartos, alojamentos e também no acampamento, voltado principalmente para a juventude.”
    “Os que não puderem participar poderão também ajudar os companheiros que desejam estudar mas não tem condições financeiras por meio das inscrições solidárias.”
    Longe, longe, muito longe, os tempos em que os comunistas sofriam com o frio suíço num sombrio hotel na aldeola de Zimmerwald.
    A velha guarda de esquerda, remanescente lá dos anos de chumbo, e a rapaziada mais jovem que leu sobre o XXX Congresso da UNE, aquele lá em Ibiúna, podem ficar descansados: ninguém terá que sair pelas padarias da cidade pra comprar pão pro café da manhã.
    Os que puderem pagar o resort não terão que enfrentar certos desconfortos materiais de antanho.
    Eis:
    “Era este o cenário quando, em 5 de setembro de 1915, um grupo do que se supunha ser formado por ornitólogos de todo o mundo partiu de Berna em quatro carruagens conduzidas por cavalos. Cruzaram os pitorescos prados de Längenberg para chegar em Zimmerwald à noite. Devido à ausência de camas no Hotel Beau Séjour, alguns dos “ornitólogos” tiveram que se hospedar nas casas do veterinário e do carteiro do povoado.”(Fonte: https://marxismo.org.br/100-anos-da-conferencia-de-zimmerwald-a-mudanca-da-mare/
    Não se preocupem, haverá cama para todos.
    E decerto não será necessário que ninguém se disfarce de ornitólogo ou de lepidopterólogo.
    “Os habitantes deste sonolento povoado suíço ficaram muito indignados quando descobriram mais tarde que os trinta e tantos “observadores de aves” eram, de fato, líderes socialistas internacionais que tinham respondido a um convite feito pelo socialdemocrata suíço Robert Grimm para discutir como a classe trabalhadora da Europa devia reagir à Guerra imperialista. O que estes respeitáveis burgueses suíços tinham a dizer sobre este ultraje infelizmente não encontrou nenhum lugar nos livros de história, embora provavelmente fosse de natureza bastante colorida. Mas o que se tornou conhecido como a Conferência de Zimmerwald deve ser visto como um importante ponto de inflexão da história.”(Fonte: https://marxismo.org.br/100-anos-da-conferencia-de-zimmerwald-a-mudanca-da-mare/)
    E não duvidemos de que, daqui a muitos anos, quem viver reconhecerá nos cursinhos do PCO em resorts do interior paulista mais um ponto de inflexão na marcha da deusa Clio.
    (Jucemir Rodrigues da Silva)

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