Ante las dificultades que enfrentan varios países gobernados por fuerzas de izquierda, se ha abierto un debate en torno a si el progresismo se estaría agotando.
Na edición 510 (dezembro de 2015) de ALAI temos um debate desde diversas perspectivas:
Problemas de la política económica progresista
Gustavo Codas
La identidad de los progresismos en la balanza
Eduardo Gudynas
La historicidad del “ciclo progresista” actual
Cinco tesis para el debate
Roger Landa
¿Fin de ciclo? La disputa por el relato
Katu Arkonada
Retos y perspectivas de la izquierda latinoamericana
Valter Pomar
Gobiernos populares de América Latina, ¿fin de ciclo o nuevo tiempo político?
La clave del protagonismo popular
Isabel Rauber
La guerra por los corazones y las mentes y el “fin de ciclo”
Silvina M. Romano
Cómo se ve el panorama del futuro próximo
Oscar Ugarteche
Veja tudo nos seguintes endereços:
http://www.alainet.org/es/revistas/510#sthash.3gjdZ1hK.dpuf
http://www.alainet.org/es/revistas/510
http://www.alainet.org/sites/default/files/alai510w.pdf
Segue meu texto, neste caso em português.
Na edición 510 (dezembro de 2015) de ALAI temos um debate desde diversas perspectivas:
Problemas de la política económica progresista
Gustavo Codas
La identidad de los progresismos en la balanza
Eduardo Gudynas
La historicidad del “ciclo progresista” actual
Cinco tesis para el debate
Roger Landa
¿Fin de ciclo? La disputa por el relato
Katu Arkonada
Retos y perspectivas de la izquierda latinoamericana
Valter Pomar
Gobiernos populares de América Latina, ¿fin de ciclo o nuevo tiempo político?
La clave del protagonismo popular
Isabel Rauber
La guerra por los corazones y las mentes y el “fin de ciclo”
Silvina M. Romano
Cómo se ve el panorama del futuro próximo
Oscar Ugarteche
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Segue meu texto, neste caso em português.
Desafios e perspectivas da esquerda
latino-americana
Valter Pomar
A situação
brasileira, o resultado da recente eleição presidencial argentina e os
prognósticos sobre a eleição parlamentar venezuelana intensificaram o debate
sobre se estaríamos ou não diante do “fim do ciclo” aberto, entre 1998 e 2003,
pelas eleições de Hugo Chávez, Luis
Inácio Lula da Silva e Nestor Kirchner.
As posições em
debate são variadas, pois não há consenso sobre a existência de tal ciclo nem
sobre sua natureza. Além disso, há tanto os que afirmam seu término, quanto os
que defendem a possibilidade de uma continuidade com aprofundamento das
mudanças etc. Debate que se combina com a análise da situação mundial e com a
discussão acerca da estratégia da esquerda.
Debate
similar foi travado no âmbito do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo, quando
analisamos os impactos da eleição de Obama e da crise de 2007-2008 sobre
América Latina e Caribe. Vários dos integrantes do Foro apontaram existir, já
naquela época, sinais evidentes de uma contraofensiva da direita
latino-americana e de seus sócios externos.
Entretanto,
por motivos variados e às vezes opostos, diversos setores discordavam desta
caracterização.
Alguns, em
geral não participantes do Foro, consideravam que os governos “progressistas e
de esquerda” faziam parte da arquitetura neoliberal e imperialista, motivo pelo
qual não fazia sentido falar em “contraofensiva” dos que nunca teriam sido
efetivamente derrotados.
Outros
consideravam como característica fundamental do momento a crise do capitalismo
e a desmoralização do neoliberalismo, superestimando as possibilidades e
minimizando as ameaças, tanto estratégicas quanto táticas, que a situação
oferecia para as esquerdas.
Havia ainda os
que pareciam trabalhar com o pressuposto de que a “fórmula” econômica e
política adotada pelos governos “progressistas e de esquerda” era no
fundamental imune a retrocessos e não deveria sofrer alterações. Curiosamente,
esta tese da imunidade a retrocessos vinha tanto de setores ultrarradicais,
quanto de setores radicalmente moderados.
Um argumento
usado no debate, para contraditar os que falavam em contraofensiva, era o de
que, pelo menos até então, nenhum governo “eleito pela esquerda” havia sido
derrotado eleitoralmente pela direita.
O caso de
Piñera e as eleições na Guatemala, os golpes no Paraguay e em Honduras eram
utilizados em favor do argumento acima, no primeiro caso por não serem considerados
como governos integrantes do ciclo de 1998, no segundo caso pela via não
eleitoral adotada pela direita.
Independente
de como este debate foi equacionado, na época e posteriormente, seja nos
documentos do Foro, seja na ação dos partidos, movimentos e governos
“progressistas e de esquerda” existentes na região, o fato é que a
contraofensiva das direitas prosseguiu.
No âmbito
econômico-social, pressionando, sabotando e revertendo processos e conquistas.
No terreno ideológico, contendo, desmoralizando e dividindo os oponentes. E no
que diz respeito ao desempenho político-eleitoral, parte da direita regional aprendeu
as lições das derrotas sofridas a partir de 1998 e, sempre “combinando formas
de luta” (inclusive o paramilitarismo), quase ganhou as eleições presidenciais no
Brasil em 2014 e agora ganhou as eleições presidenciais na Argentina.
A vitória de
Macri – independente do que ocorra nas eleições parlamentares de 6 de dezembro
de 2015 na Venezuela—colocou a contraofensiva da direita noutro patamar.
Argentina,
junto com Brasil e Venezuela, cumpriram até agora um papel decisivo no processo
de integração regional, que constitui a retaguarda estratégica de cada uma das
esquerdas que atua nos países da região. É evidente que a situação se tornará mais
difícil a partir de agora, seja pelo efeito demonstração-emulação que a vitória
de Macri terá sobre as direitas em outros países, seja pelos efeitos práticos
em todos os terrenos da integração regional.
Isto, claro,
se desconsiderarmos o otimismo de
Poliana segundo o qual um governo Macri causará danos tão intensos e tão
rapidamente, além de provocar tamanha reação popular, que se transformará numa
vitória de Pirro para a direita. Certamente os danos serão intensos, certamente
haverá reação, mas é preciso levar em consideração que estamos diante de uma onda, não de um episódio isolado.
Independente
dos motivos específicos, táticos, conjunturais, episódios e as vezes
“pessoais”, envolvidos em cada situação nacional, há um processo regional e
mundial que devemos levar em consideração. É isto, aliás, que nos possibilita
entender melhor a aparente contradição entre o que acontece com a esquerda
europeia e latino-americana.
Em escala
mundial, as grandes variáveis são: a defensiva estratégica da classe
trabalhadora, desde o fim da URSS; a decorrente hegemonia capitalista, numa
intensidade superior a de outras épocas da história; a profundidade da crise
capitalista, consequência combinada das outras duas variáveis; o declínio da
hegemonia dos Estados Unidos e o esforço brutal que eles estão fazendo para
interromper e reverter este declínio; a disputa entre diferentes formas de
capitalismos, e não entre capitalismo e socialismo, como sendo o fio condutor
das grandes disputas mundiais; a formação de blocos regionais, principalmente
como reação defensiva aos processos citados; e, por fim, mas não menos
importante, uma tendência a instabilidade, a crises e a conflitos cada vez mais
profundos.
Sendo este o
ambiente mundial, é evidente que a esquerda latino-americana corre contra o tempo, como foi dito em
2012 num artigo denominado “Ensaio sobre uma janela aberta”, publicado na coletânea
La izquierda latinoamericana a 20 años
del derrumbe, da editora Ocean Sul. A seguir a parte final deste artigo.
Há que se considerar, em primeiro
lugar, o impacto sobre a região de macro-variáveis sobre as quais não temos
incidência direta: a velocidade e profundidade da crise internacional, os
conflitos entre as grandes potências, a extensão e impacto das guerras.
Destacamos, entre as macro-variáveis, aquelas vinculadas ao futuro dos Estados
Unidos: recuperará sua hegemonia global? Concentrará energias na sua hegemonia
regional? Esgotará suas energias no conflito interno ao próprio país?
Há que se considerar, em segundo
lugar, o comportamento da burguesia latinoamericana, em especial dos setores
transnacionalizados. Qual sua conduta frente aos governos progressistas e de
esquerda? Qual sua disposição frente aos processos regionais de integração?
Qual sua capacidade de competir com as burguesias metropolitanas e aspirar a um
papel mais sólido no cenário mundial? Do “humor” da burguesia dependerá a estabilidade
da via eleitoral e a solidez dos governos pluriclassistas. Ou, invertendo o
raciocínio, sua falta de humor radicalizará as condições da luta de classe na
região e em cada país.
Em terceiro lugar, qual a capacidade
e disposição dos setores hegemônicos da esquerda regional --partidos políticos,
movimentos sociais, intelectualidades e governos. A questão posta é: até onde
estes setores hegemônicos estão dispostos e conseguirão ir, e com qual
velocidade, nos marcos do atual período. Dito de outra maneira, o quanto
conseguirão aproveitar desta conjuntura política inédita na história regional,
para aprofundar as condições de integração regional, soberania nacional,
democratização política, ampliação do bem-estar social e do desenvolvimento
econômico. E, principalmente, se vão conseguir ou não alterar os padrões
estruturais de dependência externa e concentração de propriedade vigentes na
região há séculos.
Considerando estas três grandes
dimensões do problema, podemos resumir assim as perspectivas: potencialidades
objetivas, dificuldades subjetivas e tempo escasso.
Potencialidades objetivas: o cenário
internacional e as condições existentes hoje na América Latina, especialmente
na América do Sul, tornam factíveis duas grandes alternativas, a saber, um
ciclo de desenvolvimento capitalista com traços social-democratas e/ou um novo
ciclo de construção do socialismo. Quanto a esta segunda alternativa, estamos,
do ponto de vista material, relativamente melhor do que a Rússia de 1917, do
que a China de 1959, do que Cuba de 1959, do que Nicarágua de 1979.
Dificuldades subjetivas: por
enquanto, os que têm vontade não têm força, os que têm força não têm
demonstrado vontade para adotar, na velocidade e na intensidade adequadas, as
medidas necessárias para aproveitar as possibilidades abertas pela situação
internacional e pela correlação de forças regional. Detalhe importante: não há
tempo nem matéria-prima para formar outra esquerda. Ou bem a que está aí
aproveita a janela aberta, ou teremos uma oportunidade perdida.
Tempo escasseando: a evolução da
crise internacional tende a produzir cada vez mais instabilidade, o que sabota
as condições de atuação da esquerda regional. A possibilidade de utilizar
governos eleitos, para fazer transformações significativas nas sociedades latinoamericanas,
não vai durar para sempre. A janela aberta no final dos anos 90 ainda não
fechou. Mas a tempestade que se aproxima pode fazer isto.
Concluo dizendo que o jogo ainda não
foi jogado. Motivo pelo qual devemos trabalhar para que a esquerda latinoamericana,
especialmente aquela que está governando, especialmente a brasileira, faça o
que deve e pode ser feito. Se isto acontecer, poderemos superar exitosamente o
atual período de defensiva estratégica da luta pelo socialismo. Em resumo, a
janela segue aberta.
Ate aqui
citei literalmente o texto de 2012. Concluo dizendo que a janela segue aberta,
mas está se fechando. O que vai acontecer com o “ciclo” aberto em 1998 depende,
em grande medida, de saber se o Partido dos Trabalhadores e o governo Dilma Rousseff
vão manter ou alterar sua estratégia.
Valter Pomar
é professor de economia política internacional na Universidade Federal do ABC.
É militante do Partido dos Trabalhadores (Brasil). Entre 1997 e 2013 foi
dirigente nacional do PT, assumindo entre outras tarefas a de secretário de
relações internacionais e a de secretário executivo do Foro de São Paulo.
Contato: pomar.valter@gmail.com
Caso não tivessem roubado pra caralho e pegos, ainda estariam no poder. O problema é que justificam o roubo alegando o roubo dos outros. O PT PERDEU UM MOMENTO HISTÓRICO QUE NUNCA MAIS VAI VOLTAR. SACANEARAM O POVÃO MAIS HUMILDE, CARNE A 20, GASOL A 4, GAS A 70, ENERGIA SUBIU 70%, TUDO QUE AUMENTOU ACIMA FOI PARA COMPENSAR O ROUBO DO PRÓPRIO PT, QUE ROUBOOU DIRETAMENTE E INDIRETAMENTE, APOIANDO LADRÕES HISTÓRICOS. OU O PT DEU A BR DISTRIBUIDORA PARA O COLLOR PARA MORALIZA-LA? VÃO TOMAR NO ÂNUS. RSRSR
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