sábado, 18 de maio de 2013

Roteiro de discussão de conjuntura

Centro da tática: eleições 2014.

Nosso objetivos: 
1) reeleger Dilma em condições dela fazer um segundo mandato superior ao primeiro;
2) reeleger governadores onde somos governo e eleger novos;
3) ampliar bancadas parlamentares.

Problemas:
1) como enfrentar a contradição entre reeleger Dilma e reelegê-la em condições de fazer um segundo mandato superior;
2) como enfrentar a contradição que pode existir entre por um lado ganhar nacionalmente e por outro lado ganhar estados/ampliar bancadas.

Os dois problemas têm relação com a política de alianças. Ter PMDB e PSD como aliados é/pode ser um obstáculo para um segundo mandato melhor e para a ampliação de nossas bancadas e governos estaduais.

Cenários da disputa presidencial:
1) cenário de 4 candidaturas fundamentais (Dilma, Aécio, Eduardo, Marina);
2) haverá segundo turno;
3) segundo turno pode ser mais complicado (situação econômica pior e ex-aliado no segundo turno) ou pode ser mais fácil (situação econômica atual e PSDB no segundo turno).

Para ganhar 2014, é preciso enfrentar a batalha econômica (manter níveis atuais de emprego e salário) e política (manter PT e governo sintonizados com projeto de futuro para a maioria do povo brasileiro).

Tende a crescer a contradição entre governo/PT, no que diz respeito a ganhar 2014/ganhar 2014 em condições de fazer um segundo mandato melhor. Ou, posto de outra maneira: quem decide quais as concessões que o Partido está disposto a fazer? As instâncias partidárias ou os poderes fáticos?

Para nós, o centro do problema é que estamos num novo período, que existe uma nova estratégia, que implica em mais luta social, mais reformas estruturais, mais conflito com grande capital. Ou, dito de outra forma, estamos numa situação que exige um novo funcionamento do PT.

Como isto se reflete no PED?

A busca de uma "maioria absoluta" antes do PED, ou seja, montar uma chapa que entre no processo eleitoral (aparentemente) com maioria absoluta tem dois objetivos: 
1) evitar debate sobre as contradições apontadas acima, sobre as quais os "aliados da maioria absoluta" não tem acordo;
2) conseguir grande autonomia para impor posições dos poderes fáticos sobre as instâncias.

Qual o risco desta tática de "maioria absoluta antecipada"?
1) o risco 2005: a arrogância da maioria presumida;
2) o risco Recife: a realidade se impõe e as divergências explodem dentro da maioria.

Frente a isto, que fazer para preservar os interesses do Partgido.

Não aceitar falso consenso. É preciso debater as questões de fundo, os temas estratégicos.
Não aceitar falsa polarização. Algumas chapas/candidaturas expressam as mesmas posições, as mesmas ambiguidades.
Defender a necessidade de uma nova estratégia, tanto no PED quanto no V Congresso.
Não transformar as diferenças táticas em diferenças estratégicas. A questão é saber como sair da atual estratégia para outra, mesmo que adotando táticas intermediárias que não são de nossa preferência.







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