A Folha de S. Paulo publicou uma pequena nota sobre o processo de eleição das direções do PT.
A nota está aqui:
A nota incluí um trecho revelador: "Na prática, o partido será comandado por quem for escolhido pela corrente".
Ou seja, não precisa ter PED, não precisa ter eleição interna, não precisa ter votação.
Pois, segundo a Folha, o partido será "comandado por quem for escolhido" pela tendência intitulada Construindo um novo Brasil.
Um conceito de democracia homologatória. Segundo ele, vamos fazer um semestre de debates internos, convocar 2 milhões de petistas a votar, mas o resultado já estaria definido antes mesmo do processo começar.
Como esperar algo diferente de um jornal que abre espaço para o cavernícola pontificar sobre a democracia??
Vale dizer, entretanto, que tem mais gente que pensa igual a Folha: o vencedor será quem a CNB escolher; e como Lula tem muita influência na CNB, o vencedor será quem Lula indicar.
Sobre a parte de Lula, deixo aos amigos da CNB explicar.
Mas sobre a matemática da coisa, lembro que nenhuma tendência partidária tem 50% mais 1 dos votos no atual Diretório Nacional.
Portanto, mantida a atual correlação de forças, para que alguma candidatura à presidência tenha 50% mais 1 dos votos, será preciso conseguir muito voto diretamente na base e/ou será preciso fazer alianças com outras tendências. Foi o que ocorreu em 2019. Mas pode ser que, agora, algumas tendências decidam ter candidaturas próprias no primeiro turno e deixar para fazer alianças no segundo turno.
Enfim, para felicidade do Partido e para infelicidade de alguns que adoram falar de "democracia" em abstrato, é muito cedo para cravar o resultado final.
Isso da Folha tem muito a cara da CNB pois começar a falar que quem vai comandar o PT já foi definido é muito o método CNB pois vai repetir isso exaustivamente até todos acreditarem que isso é verdade.
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