Cria corvos e eles comerão seus olhos.
Ajude inimigos e eles vão te causar dano.
Este ditado vem à mente, quando se lê o texto abaixo, publicado recentemente pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Lula libera auxiliares a aumentarem tom das críticasà gestão Galípolo no BCFrustrado com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, Lula develiberar auxiliares diretos a aumentarem o tom das críticas à altataxa de juros.O petista não pretende atacar diretamente Galípolo, indicado porele, como fazia com seu antecessor no cargo, Roberto CamposNeto, que foi nomeado por Jair Bolsonaro. Mas, segundo umaliado, ele se sente surpreendido negativamente com a defesaenfática do atual BC ao patamar da Selic, de 15%.De acordo com um interlocutor, o petista pretende autorizarauxiliares como Alckmin, Haddad e Gleisi Hoffman a fazercríticas mais duras ao BC. Outro que deve ter essa prerrogativaé Guilherme Boulos, caso assuma a Secretaria Geral.Segundo esta fonte, o objetivo é não deixar a Faria Lima falandosobre o tema e oferecer um contraponto, com o argumento deque a economia já está esfriando e que a taxa pode baixar deforma segura.Para o governo, a discussão sobre política monetária não podeser apenas técnica, mas também tem um componente político.
Lembro que no recente encontro nacional do PT, realizado nos dias 1, 2 e 3 de agosto de 2025, a maioria dos delegados rejeitou uma proposta que propunha que o Partido fizesse exatamente isso.
Recomendo aos interessados assistir o debate a respeito, em especial as falas contrárias (ou seja, favoráveis a manter o silêncio obsequioso do Partido frente à alta taxa de juros).
(Tentei achar o link, sem sucesso.)
O incrível é que há alguns poucos dias, em reunião da executiva nacional do PT, importante dirigente nacional argumentou que o Partido não deveria incluir em resolução uma crítica pública aos juros. Segundo o cidadão, o papel do Partido seria fazer chegar sua opinião crítica ao presidente.
Da defesa de um partido de vanguarda à exaltação do embargo auricular: assim caminha parte da humanidade.
Oxe...O Menino de Ouro de Luiz Inácio virou Menino de Ouro dos Tolos? Por obra de um maléfico alquimista, o cobiçado metal virou pirita?
ResponderExcluirQuanta injustiça neste velho mundo Raimundo...
Vamos aos fatos.
Gabi Galípolo, ao manter a Taxa Selic nas alturas, tão somente persegue o centro da meta de inflação(3%, com tolerância de 1,5% pra cima ou pra baixo) determinado pela própria administração Lula, via Conselho Monetário Nacional.
O próprio presidente Lula já dissera que não se pode dar cavalo de pau, inda por cima em mar revolto.
Recupero o que dizia supracitado vivente faz uns nove meses:
“Ora, veja, eu quero dizer pra vocês que, uma pessoa que tenha a experiência de lidar com o Banco Central, como eu tenho, tem consciência de que num país do tamanho do Brasil, com a responsabilidade do Brasil, o presidente do banco, o presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau, num mar revolto, sabe?, de uma hora pra outra. Já estava, já estava praticamente demarcado a necessidade da subida de juros pelo outro presidente, e o Galípolo fez aquilo que ele entendeu que deveria fazer. Nós temos consciência de que é preciso ter paciência. Eu tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central. Eu tenho certeza de que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juro menor, no tempo em que a política permitir que ele faça. Nós aqui, como governo, temos que cumprir nossa parte; a sociedade cumpra a parte dela e o companheiro Galípolo cumpra a função que ele tem, que é de coordenar a política tributária brasileira...[Corrigindo o ato falho.]a política monetária brasileira e entregar pra nós, dentro do possível, a inflação mais baixa, o juro mais baixo possível. É isso que vai acontecer. Eu já esperava por isso, não é nenhuma surpresa para mim, e acho que vocês também da imprensa já esperavam por isso. O que eu posso dizer pra vocês é que agora nós temos um presidente do Banco Central da maior competência, muito competente do ponto de vista econômico, e é um companheiro que quando eu chamei ele para o Banco Central, eu disse: ‘Galípolo, você é meu amigo, mas você vai ser presidente do Banco Central, e no meu governo o presidente do Banco Central vai ter autonomia de verdade, porque o Meirelles já teve durante oito anos. Não foi um dia; foram oitos anos do Meirelles, quando o Meirelles tinha total autonomia. E você vai ter autonomia. Faça o que for necessário fazer. Agora, o que quero que você saiba e que o povo e o Brasil espera, sabe?, é que a taxa de juro seja dentro possível controlada, para que a gente possa ter mais investimento e mais desenvolvimento sustentável, gerar mais empregos e gerar mais distribuição de renda nesse país. É isso. Eu não esperava milagre. Eu esperava que as coisas acontecessem da maneira que ele entendeu que deva acontecer.”
Lula sabe o que faz.
Tenho certeza de que essa matéria da coluna Painel da Folha de São Paulo é intriga do PIG...
(Jucemir Rodrigues da Silva)
Não lembro mais o enredo do filme espanhol que assisti faz uma cara.
ResponderExcluirMas aquela música da trilha sonora grudou no cérebro: por que te vas?
O Sr. Baumann nos falou depois de relações líquidas em seus livros.
Acho que é do que se trata, mas é assim que é a medida de Lula e seu governo.
Boa sorte...