A semana de 19 a 25 de março de 2018 começa com um crescendo de notícias,
publicadas na grande imprensa e também em alguns “blogues” alternativos, dando
conta de que o Supremo Tribunal Federal poderia adotar alguma medida favorável
ao presidente Lula.
Um exemplo deste noticiário está aqui:
https://blogdacidadania.com.br/2018/03/defesa-de-lula-marca-gol-no-stf-e-prisao-ja-era/
Há textos que falam na possibilidade do STF impedir a prisão
para condenados em segunda instância; outros falam em aprovação imediata de um habeas corpus, impedindo a prisão; e há
quem fale em prisão, mas por curto período.
Em perspectiva, este tipo de especulação não é muito diferente
daquela que previa resultados positivos na primeira instância, na segunda
instância, no julgamento dos embargos etc. Lembra, também, aquela que previa
outros resultados na Câmara dos Deputados e no Senado, na época do impeachment.
Para não falar da crença de que o Supremo Tribunal Federal reestabeleceria o tal
“Estado de Direito”.
Claro que sempre pode acontecer uma novidade.
Mas o resultado
prático de todas as crenças no senso de justiça do lado de lá foi e continua sendo desestimular a única coisa que pode efetivamente produzir a tal novidade, um resultado a nosso favor e impedir a prisão: a pressão popular.
Trocando em miúdos: só não vão prender, se tiverem muito
medo da repercussão. E só vão ter medo da repercussão, se ela começar já e for muito
mais dura e muito mais barulhenta do que tudo que houve até agora.
Neste ponto alguém sempre diz: este tipo de postura, inclusive apenas
falar disto, pode prejudicar o trabalho da defesa.
Acusação previsível vinda de
quem (ainda) acredita na imparcialidade da justiça, ou pelo menos confia nos poderes
dos embargos auriculares. Mas para quem está convicto de que as regras do jogo
mudaram totalmente, a única postura eficiente contra a prisão é aumentar a
pressão.
Correta está, portanto, a orientação aprovada
pela Comissão Executiva Nacional do PT, que pode ser lida ao final deste texto
ou no endereço a seguir:
Mas e se nada disto for suficiente? E se apesar disso tudo que
propõe a Executiva do Partido, ainda assim tentarem prender Lula?
Neste caso será
necessário aumentar muito, mas muito mais a pressão.
Como?
Bom, quem quiser
respostas mais detalhadas, pode se inspirar aqui:
Há quem acredite que não somos capazes de aumentar muito, mas
muito a pressão, simplesmente porque passamos as últimas décadas priorizando
formas de luta supostamente mais civilizadas.
Quem acredita nisto, deve
responder duas perguntas simples: Que perderemos se pelo menos tentarmos reagir? No que
nos tornaremos se não fizemos nada além de lamentar?
Agir como se estivesse tudo certo, como se
não estivesse em curso um arbítrio imenso, como se não estivessem roubando
antecipadamente o resultado das eleições, como se não estivessem nos condenando
antecipadamente a uma longa jornada de volta ao neoliberalismo duro e puro, teria
efeitos desastrosos e de longo prazo sobre a capacidade de luta da classe
trabalhadora.
Claro que nesta hora sempre vai aparecer algum porta-voz do bom
senso para dizer que, por mais pressão que façamos, ainda assim não seria
suficiente.
Pode ser que não seja.
Mas em geral a derrota de quem luta é menor
e dura menos do que a derrota de quem capitula. E mesmo que não seja assim, a
tarefa de nos derrotar é do nosso inimigo.
A nossa é de lutar até vencer.
Resolução: Lula Livre é a esperança do povo brasileiro!
Consciente da tarefa histórica que temos
diante de nós, a Comissão Executiva Nacional do PT, reunida em Salvador, adota
a seguinte Resolução
Defender a liberdade do companheiro Luiz InácioLula da
Silva e o direito do povo brasileiro de votar naquele que melhor
o representa é, neste momento, a principal e mais urgente tarefa do Partido dos
Trabalhadores.
Sabemos que Lula é inocente e sempre atuou dentro da
lei, antes, durante e depois de exercer o governo. A grande maioria da
população tem consciência de que Lula foi vítima de dois julgamentos parciais,
fraudulentos, e de que ele tem o direito de disputar as eleições. Esse é o
sentimento das ruas, cada vez mais claro nas pesquisas.
Por isso mesmo, nunca foi tão forte a pressão dos golpistas, com
a Rede Globo à frente, para que seja
consumada uma violência judicial contra o ex-presidente.
Não querem apenas tirar Lula da eleição: querem humilhá-lo com a prisão, e
pressionam descaradamente o Supremo Tribunal Federal a permitir, por omissão,
que se cometa mais esta injustiça.
Está na responsabilidade do STF julgar
as ações e os pedidos de habeas corpus que restabelecem o direito
constitucional à presunção de inocência; o direito de cada cidadão, não apenas
Lula, de recorrer em liberdade até a última instância. Prender Lula antes que
essas ações e habeas corpus sejam julgados será um escândalo nacional e
internacional.
O cerco ao companheiro Lula ocorre em meio a uma escalada de
autoritarismo no país, em que os movimentos sociais são reprimidos,
professores são espancados, a universidade é atacada, artistas são censurados,
setores politizados do Judiciário atuam casuisticamente e o governo golpista apela, de forma
demagógica e irresponsável, para a militarização de esferas de competência do
poder civil.
A cada violação de direitos
individuais e coletivos vai se impondo um estado de exceção no país, acobertado
pelo discurso do ódio e da intolerância.
A mais recente e trágica consequência dessa escalada foi o
assassinato, na noite de ontem, da companheira Marielle Franco, vereadora do PSOL do
Rio de Janeiro. A cruel execução de Marielle choca a Nação e põe a nu a
violência e a criminalização da pobreza, do povo negro, das mulheres,
jovens e LGBTs, dos militantes dos movimentos sociais e da esquerda. Marielle
vive em nossa luta.
É nesse ambiente opressivo que o governo golpista vai impondo
sua agenda de retrocessos e desmontes de direitos históricos dos trabalhadores
e das políticas sociais conquistadas pelo povo nos governos do PT, voltando-se
até mesmo contra uma das mais simbólicas dessas conquistas, o Bolsa Família.
Ao mesmo tempo, aumenta a escalada da privatização e da entrega do patrimônio
nacional, que já abalaram fortemente a Petrobras,
venderam aos norte-americanos o controle da Embraer e de nossa tecnologia
aeroespacial e, agora, ameaçam entregar a Eletrobrás. Querem vender o país
rapidamente, antes que o povo, por meio de eleições livres, retome o que sempre
foi seu.
Assim como resistimos ao desmonte da Previdência,
junto das centrais sindicais, dos movimentos sociais e da maioria da população,
vamos resistir com todas as forças à entrega da Eletrobrás.
O PT tem trabalhado junto a
outras forças de centro esquerda e com os movimentos sociais para construir um
programa mínimo de retomada da democracia, da soberania e de um projeto
nacional inclusivo. Um programa que prevê a revogação, referendada pela
sociedade, de todas as medidas do governo golpista que prejudicaram o país e
retiraram direitos do povo.
A implantação desse programa
só pode ser feita por um governo legítimo, fruto de eleições verdadeiramente
democráticas e livres, com a participação de todas as forças políticas, sem
vetos autoritários e artificiais ao companheiro Lula. Por isso não abrimos mão
de defender a inocência de Lula e seu direito de disputar as eleições.
Não existe Plano B para o PT
nem para a maioria do povo brasileiro. Eleição sem Lula é fraude.
LULA LIVRE é hoje o grito de resistência em defesa da democracia
e da Justiça.
LULA LIVRE é a esperança do
povo brasileiro de voltarmos a construir um país melhor e mais justo.
LULA LIVRE é a palavra de
ordem que unifica partidos, movimentos sociais, democratas, patriotas, que
defendem o estado de direito e a ampla maioria da população.
Consciente da tarefa histórica que temos diante de nós, a Comissão Executiva Nacional do Partido dos
Trabalhadores, reunida em Salvador, adota a seguinte Resolução
1. Denunciar por todos os
meios e com força total nas ações junto à população a tentativa de prender Lula
em um processo viciado, sem provas e totalmente fora da lei;
2. Manifestar-se em todos os fóruns pelo
cumprimento da Constituição Federal, garantindo a presunção da inocência e o
direito de Lula e de todo cidadão se defender em liberdade até o completo
trânsito do julgado;
3. Criar o Comitê Nacional de
Mobilização, coordenado pela Secretaria Nacional de Organização e reunindo a
Secretaria Nacional de Movimentos Populares e os diversos setoriais, para
organizar Jornadas de Lutas em defesa de “Lula Livre”;
4. Organizar marchas em defesa de “Lula
Livre” nas principais cidades do país;
5. Reproduzir o conteúdo do panfleto “Lula Livre” e distribuir à
população nos locais de trabalho, porta de fábrica, escolas, Universidades,
metrô, pontos de ônibus, nos bairros, casa a casa;
6. Realizar atividades de panfletagem em
todas as cidades onde o PT está organizado, nos próximos dias 22, 23 e 24 de
março (quinta-feira, sexta e sábado);
7. Recomendar aos Comitês em defesa da
democracia e do direito de Lula ser candidato que organizem suas agendas de
acordo com o tamanho do desafio e ocupar as ruas;
8. Realizar vigílias por Lula Livre em
frente aos fóruns da Justiça em todas as cidades onde tenhamos organização
partidária, defendendo sua inocência e o seu direito de ser candidato;
9. Incentivar as manifestações e
atividades de juristas e advogados em defesa da democracia e do estado
de direito violados pelas sentenças contra Lula;
10. Recomendar aos nossos parlamentares,
em todos os níveis, que produzam vídeos e denunciem a perseguição e a
discriminação a Lula, postando esse conteúdo com destaque em suas páginas;
11. As páginas na internet (redes sociais e sites) de nossos
parlamentares devem autorizar a ferramenta utilizada pela Agência PT de transmissão
simultânea em todas as páginas, para que possamos entrar em rede a qualquer
momento;
12. Articular os meios de comunicação do
PT e dos parceiros nesta luta — blogs, sites, redes sociais, rádios, etc
– numa grande Rede da Legalidade;
13. Conclamar cidadãos, dirigentes
políticos, intelectuais, artistas a gravarem vídeos, com suas palavras dizendo
porque Lula deve ficar Livre, e encaminhar para a Agência PT;
14. Articular movimentos em defesa de Lula Livre com a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, de forma a alcançar unidade
de ação entre as forças populares e de esquerda;
15. Convocar para o dia 26/3, data
provável do julgamento do recurso de Lula no TRF-4,
a Vigília pelo Direito à Liberdade de Lula em todas as capitais brasileiras em
frente à Justiça Federal e ao Tribunal de Justiça.
16. Convocar para dia 27/3 –
Panfletagens em todas as Praças centrais de todas as Capitais, às 17h.
17. Convocar para dia 28/3 –
Atos pela Democracia e Justiça nas Universidades.
LULA LIVRE É A ESPERANÇA DO BRASIL!
Salvador, 15 de março de 2018
Comissão Executiva Nacional do Partido
dos Trabalhadores
O Supremo Tribunal Federal Não Pode Se "APEQUENAR" Diante Da Pressão Do Juiz Moro E Da Rede Globo! #MoroDitador
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