Editorial
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A Copa, as eleições e depois
Vai ter Copa e a oposição torce pela derrota do
Brasil, o que reforçaria o ambiente negativo do qual se nutrem as candidaturas
de Aécio Neves e de Eduardo Campos.
Acontece que existe uma contradição antagônica
entre a mudança desejada pelo povo e a mudança desejada pelas elites.
Por isto, a oposição não pode assumir
abertamente seu programa: seria a derrota antecipada.
Sem poder falar do futuro nem do
passado neoliberal, o que lhes resta é criticar “tudo isto que está aí”,
combinando a denúncia de problemas reais, a manipulação midiática e a sabotagem
ativa, para criar um ambiente de crise, deterioração e caos.
A oposição, o grande empresariado e (não
esqueçamos dele) o imperialismo tentam pegar carona no desejo de mudanças
manifesto por amplos setores da população.
A mudança que eles desejam se traduz
na adoção de outro programa de governo, na derrota do PT e de Dilma: uma mudança
para pior.
Já as mudanças desejadas pelo povo se
traduzem em mais Estado, mais desenvolvimento, mais políticas
públicas, mais emprego, mais salário, mais democracia.
A oposição
de direita conta com duas candidaturas presidenciais: a candidatura Aécio Neves
e a candidatura Eduardo Campos.
Claro que haverá empresários apoiando e votando em Dilma. Mas enquanto classe, o grande capital estará financiando, apoiando, votando e torcendo pela oposição.
O grande capital não faz isto por ser “ingrato”, nem por ser “desinformado”, mas por interesse de classe.
Cada vez
que Dilma reitera que não foi eleita para reduzir salários nem para gerar
desemprego, ela manifesta opções incompatíveis com a genética do grande empresariado
brasileiro, secularmente acostumado ao crescimento com ampliação da
desigualdade, com dependência externa e com democracia restrita.
Para enfrentar o consórcio entre a
oposição de direita, o grande empresariado, o oligopólio da mídia e a quinta
coluna que atua dentro do governo, precisamos de uma política de alianças, de
uma estratégia e de um programa organizados em torno de uma ideia muito
simples: fazer um segundo mandato Dilma superior ao atual, um segundo mandato
orientado pelo espírito das reformas de base.
Falando em termos muito simples,
trata-se de impugnar tudo aquilo que Vaccarezza representa. E recuperar tudo
aquilo que Olívio Dutra expressa.
Estes são alguns dos assuntos
tratados nesta edição de Página 13.
Os editores
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