sexta-feira, 30 de maio de 2014

Palestra sobre conjuntura para direção nacional do MST

28 de maio de 2014

1.Centro da tática: eleição presidencial

2.Desde 1989, eleição presidencial cristaliza o estado da arte da luta de classes no Brasil

3.Três candidaturas principais na disputa

4.Não é a primeira vez que três candidaturas disputam

5.Foto de ontem ainda é vitória no primeiro turno; mas o filme de amanhã é disputa acirradíssima no segundo turno

6.Não é o mais provável, mas sempre devemos levar em conta a possibilidade de uma vitória da oposição de direita, com qualquer de suas candidaturas

7.Sem reforma política, não deve haver alteração qualitativa na composição do congresso nacional

8.Esquerda pode conquistar governos estaduais importantes, como MG, RJ e SP. Mas isto ainda está longe de ser a tendência principal. Em SP, por exemplo, PSDB pode perder e esquerda não levar.

9.Quais as três "novidades" desta eleição?

10.Mudou a atitude do grande capital
(greve de investimentos, atitude nas campanhas eleitorais, deixa crescer o mal humor da "classe média tradicional")
(razões do mal humor: perda de status, elevação de custos, redução da desigualdade dentro da CT, comportamento do oligopólio da mídia -sendo que isto é causa e efeita ao mesmo tempo)

11.Cresceu o setor não petista e não lulista da classe trabalhadora
(mudanças geracionais e de gênero, contradição sociológica entre ascensão pelo consumo e comportamento político, acúmulo de despolitização --via oligopólo, igrejas, educação, cultura, consumo, atitude sindicalismo e atitude partidos de esquerda)

12.Chegamos numa situação limite, do ponto de vista programático/estratégico: :não dá para continuar mudando sem impor perdas ao grande capital

13.PSDB quer mudanças com perdas para os trabalhadores, mas evidentemente não pode falar isto claro. Logo, acentua a crítica a "tudo isto que está aí". Esta crítica reforça o sentimento por mudanças na massa e pode empurrar um setor para votar na candidatura do PSB -que é expressão de um setor da burguesia e setor médio que rompeu pela direita com o PT. Isso os empurra, contraditoriamente, para choques eleitorais entre eles agora, embora precisem um do outro num segundo turno.

14.Massa do povo quer mudanças sem perdas. Precisa ser convencida de que é preciso impor perdas ao grande capital. Mas para isto PT tem que se convencer. Setores do PT não querem impor perdas, outros não percebem a necessidade e outros ainda setores temem as dificuldades para falar disto numa campanha eleitoral. Solução: tendem a acentuar as perdas do passado (causadas pelo PSDB), falando menos das mudanças no futuro. Risco: também empurrar um setor para votar na candidatura supostamente terceira via (nem as perdas do passado, nem tudo que está aí).

15.Existe uma dificuldade em falar, nas eleições, da necessidade de reformas estruturais? O debate sobre a reforma política como linha de menor resistência.

16.A importância de acoplar o debate sobre a democratização da comunicação.

17.Planos da oposição
-PSDB: casa das garças hard, acompanhado de oposição forte e por isto tendência à atitude repressiva dura
-PSB: casa das garças também, mas acompanhado de tentativa de cooptação setores do PT

18.Nosso desafio: segundo mandato superior ao atual
-polarização programática
-criar condições institucionais (congresso e governos)
-pressão social

19.Dois temas imediatos
-Copa: direita torce pela derrota
-Plebiscito popular: devemos apoiar fortemente


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