VIL Fichamento 10
V.I.Lenin
Obras completas
Tomo VIII (oito)
Tomo VIII (oito)
Janeiro - Julho 1905
Editorial Cartago
Buenos Aires, 1959
Editorial Cartago
Buenos Aires, 1959
A autocracia e o proletariado
Publicado em 4 de janeiro de 1905, no primeiro número do Vperiod.
Trata de uma nova onda do "movimento constitucional", no qual o proletariado participa "relativamente pouco".
É um texto estranho, se comparado ao que virá depois, pois seu foco ainda é combater o populismo e não o menchevismo. Exemplos:
1-uma das ilusões mais estendidas e arraigadas entre nós, em Rússia, é a de que nosso movimento liberal não é um movimento burguês, de que a revolução que Rússia tem pela frente não é uma revolução burguesa;
2-[critica os socialistas-revolucionários porque acham que] temos pela frente não uma revolução burguesa, mas sim uma revolução democrática.
Acerca das boas manifestações dos proletários e dos más argumentações de alguns intelectuais
Também no Vperiod. Sobre o direito de ação própria da classe operária.
Es hora ya de terminar
Artigo em Vperiod, sobre como a atitude dos mencheviques prejudica a participação da classe operária nas manifestações.
Conferencias de los comites
Noticia em Vperiod de 4 de janeiro, sobre reuniões de comitês ligados a maioria.
Um nuevo emprestito ruso
Comentário feito em Vperiod, acerca de notícia publicada na Gaceta de Frankfurt, sobre novo empréstimo contraído por Rússia.
Carta a A.A.Bogdanov
Escrita em 10 de janeiro de 1905. Muito interessante, por diversos motivos. Primeiro, pelo papel de Bogdanov neste momento. Segundo, pelo detalhamento com que trata problemas financeiros e editoriais. Necessidade de 400 francos por edição, quando tinham apenas 1200 francos. Terceiro, sua crítica a lentidão (endiablada, imperdonable e increíble) dos russos na produção de textos para publicação. Quarto, pela questão da distribuição via correio (envio bajo sobre).
Este trecho é ótimo: "Hay que proponerse directamente el objetivo de que el mayor numero posible de obreros se abonen a Vperiod y se acostumbren a enviar directamente al extranjero el dinero (un rublo no es una cosa de otro mundo!) y las señas. Si se sabe abordar con habilidad, se llegará a revolucionar verdaderamente la difusión de literatura clandestina en Rusia. No olvide usted que los envios de literatura tardan, en el mejor de los casos, cuatro meses. Hay que imaginarse lo que eso representa, tratandose de una publicacion semanal! En cambio, por medio del correo, llegarán seguramente con la misma rapidez que las cartas ordinarias del 50 a 75% de los ejemplares que se envien."
O quarto motivo: sua opinião de que a cisão estava consumada e que o terceiro congresso ia ocorrer sem e contra o CC e o Conselho.
La caida de Port Arthur
Além do registro histórico, vale pelas opiniões dele sobre a relação entre a guerra, o conjunto da sociedade e as possibilidades da revolução.
"El proletariado tiene toda la razón para alegrarse. La catástrofe de nuestro peor enemigo no anuncia solamente que la libertad rusa se acerca. Anuncia tambien el nuevo auge revolucionario del proletariado europeo".
"El Asia progresiva y desarrollaa ha asestado un golpe irreparable a la Europa atrasada y reaccionaria."
"Jamas ha sido tan estrecha como ahora la relacion existente entre la organizacion militar de un pais y toda su estructura econômica y cultural. Por eso la catástrofe militar tenia necesariamente que convertirse en el comienzo de una profunda crise politica."
Guesde y Hyndmann "no han tomado partido por la burguesia japonesa ni por el imperialismo japones, sino que, en el conflicto entre dos países burgueses han senalado con razon el papel historicamente progresivo de uno de ellos". [sobre isto, ele mudaria um pouco de ângulo durante o conflito de 1914-1918]
"La capitulacion de Port-Arthur es el preludio de la capitulacion del czarismo (...) nos acerca a la iniciación de una nueva gran guerra, de la guerra popular contra la autocracia, de la guerra del proletariado por la libertad".
"(...) cuando la creencia en la revolucion se hace general, la revolucion ya ha comenzado" (50)
El ruiseñor no se alimenta con bellas palabras
Texto publicado en Vperiod, de 1 de janeiro de 1905. Análise crítica de um folheto publicado pelos neoiskristas, intitulado Un obrero, prologado por Axelrod.
Carta al grupo bolchevique de Zurich
Polêmica dentro dos próprios bolcheviques, acerca da tática na luta interna. O texto da carta foi publicado pela primeira vez em 1926.
Carta a ED Stasova y a los camaradas que se hallan en la carcel de Moscu
De 19 de janeiro de 1905. Orienta os presos sobre como proceder em juízo. Notem bem: "La cuestion del abogado. A los abogados hay que atarles corto y decretar sobre ellos el estado de guerra, pues esta canalla intelectual comete con mucha frecuencia porquerias"... "Los juristas son las gentes más reaccionarias, como creo que ha dicho Bebel" ... "De todos modos, es mejor hacerse respetar de los abogados y no fiarse de ellos, sobre todo cuando aseguran que son socialdemoócratas y miembros del partido". (p.64)
Revolucion en Rusia
Texto publicado en Vperiod de 10 (23) de janeiro de 1905. Primeiro registro da revolução.
Democracia obrera y democracia burguesa
Neste texto, em que ele trata das várias dimensões e relações existentes entre a democracia burguesa e a democracia proletária (ou social-democrata), é desenvolvido creio que pela primeira vez o tema da hegemonia. E isto é vinculado a atitude de quem luta com mais decisão.
Del populismo al marxismo. Primero artículo.
"La teoria del socialismo descansa sobre el desarollo objetivo de la economia y sobre la division en clases".
Critica o uso [por parte dos socialistas-revolucionários, ou seja, populistas, sem distinção adequada,
de termos como trabalhadores, explorados, classe operária, massa trabalhadora, a classe dos explorados, classes exploradas.]
"Y toda la mision del proletariado con conciencia de clase consiste, sin renunciar por ello a apoyar las tendencias progresivas y revolucionarias de los campesinos trrabajadores burgueses, en hacer ver al proletariado agrícola como manana tendrá inevitablemente que luchar conra esos campesinos, en hacerle compreener las metas realmente socialistas, en vez de dejarlo girar en torno a las quimeras democrático-burguesas del disfrute igualitário de la tierra".
La huelga de Petersburgo
Texto sobre a greve na fábrica Putilov, greve iniciada no dia 3 de janeiro.
Nuestros tartufos
Texto de 11 de janeiro sobre a luta interna, comentando artigo publicado no número 83 de Iskra.
El comienzo de la revolucion en rusia
Texto de 25 (12) de janeiro, comentando a repressão no domingo sangrento (9 ou 22).
Jornadas revolucionárias
São nove textos curtos, publicados en Vperiod de 18 de janeiro.
La paz del zar
Escrito em 19 de janeiro (1 de fevereiro) de 1905 e publicado apenas em 1931. Comenta as negociações de paz com o Japão e critica a postura do CC, com sua palavra de ordem "paz a todo custo".
Breve esbozo de la escision en el seno del POSDR
Prefácio + carta para Hermann Greulich, que recebeu do PSODR alemão que emitisse un "fallo" sobre o problema da cisão. Na carta de Lenin, assinada pela redação do Vperiod, está a frase: de hecho, existen, por consiguinte, dos partidos obreros socialdemócratas de Rusia".
Trepov, amo y señor
Artigo jornalístico sobre a repressão praticada pelo governo czarista. Publicado em 7 de fevereiro (25/1) de 1905.
Petersburgo despues del 9 de enero
(O mesmo que o anterior).
Las primeras enseñanzas
Este texto foi escrito em fevereiro de 1905 e publicado somente em 1926. Discute o problema da insurreição armada do proletariado.
Carta a A.A.Bogdanov y S.I. Gusiev
A carta é de 11 de fevereiro de 1905. Absolutamente genial, pois mostra o "bolchevismo realmente existente", totalmente diferente da lenda; e mostra o desespero de Lenin, empurrando, cobrando, exigindo, insistindo.
-que se pare de falar do Congresso e que se anuncie a data
-que ele enviou "hace dos meses" um projeto ao buro organizador e "ninguno se interesa por él, nadie considera necesario dar su opinión!"
-"La verdad es que muchas veces tento la impresion de que nueve décimas partes de los bolcheviques son unos verdaderos formalistas" (141)
-"al convertirse la escision en un hecho, se ha visto que éramos, en lo material, mucho más débiles. Necesitamos, antes que nada, convertir nuestra fuerza moral en material" (141)
-"necesitamos capacidades jóvenes. Yo recomendaria que se pusiera sencillamente contra la pared a quien se atreviera a afirmar que no hay hombres. En Rusia hay una cantidad inmensa de hombres, lo que hace falta es reclutar más amplia y audazmente, más audaz y ampliamente, todavía más amplia y más audazmente, entre la juventud, sin tenerle miedo. Estamos en guerra. La juventud decidirá el resultado de toda la lucha, tanto la juventud estudiantil como --en medida mucho mayor todavía-- la juventud obrera" (142)
Dos tácticas
Texto publicado em Vperiod número 6, de 14 (1) de fevereiro de 1905. Em alguma medida começa a antecipar os temas que serão tratados no livro Duas táticas da social-democracia na revolução democrática.
Destacaria dois pontos:
-ele assume, habilmente, a "forma" do discurso "obreirista" anti-intelectual
-ele corretamente acusa a Rosa Luxemburgo de adepta da "organização-processo", o similar a tática-processo. O que acontecerá em 1918-1919 confirma totalmente isto. A crítica de Rosa a burocratização do PSDA não foi acompanhada de um trabalho de organização independente da minoria. E quando foi necessário fazê-lo, o novo Partido foi formado as pressas, desengonçado, controlado pelo esquerdismo;
-tem um debate interessante sobre o elemento espontâneo e o elemento consciente na insurreição
Sobre un acuerdo de combate para la insurreccion
Marchar separados e golpear juntos. Transcreve carta do cura Gapon e o critica por sua posição frente aos partidos.
Debemos organizar la revolucion?
Neste texto, Lenin comenta o giro de Parvus, de crítico aos bolcheviques (em 1903) a defensor da idéia de que é preciso "organizar a revolução", tese expressa num artigo publicado pela nova Iskra menchevique, mas acompanhada de uma nota da redação tomando distância de algumas das idéias de Parvus.
De certa forma, o giro de Parvus antecipa o giro de Trotsky.
Lenin ridiculariza Parvus, a Iskra e também Rosa Luxemburgo (com sua teoria da organização processo).
Na página 170 ele antecipa a tese central de Duas táticas: quando maior for o nosso afinco para tomar em nossas mãos a realização da insurreição, maior será a parte da obra (revolucionária) que estará sob nossas mãos etc.
Sobre la convocatória del III Congresso del Partido
Notícia comemorando a convocatória do III Congresso e questões ligadas a isto.
Del campo neoiskrista
Texto publicado em Vperiod, 28 (15) de fevereiro de 1905. Goza o início dos conflitos entre Plekhanov e Martov, Trotsky e outros.
Carta a las organizaciones de Rusia
Carta de Lenin, de 28 de fevereiro, foi publicada apenas em 1926, contém estímulo e orientação para ampliar a participação no III Congresso do POSDR.
Plan general de acuerdos del III Congreso del Partido
É um esquema para resoluções etc. Fica clara a disposição de chegar a um acordo com Plekhanov, que ele chama de "único representante honrado da tendência conciliadora".
Proyectos de resoluciones para el III Congresso del POSDR
São quatro resoluções, escritas em 1905 e publicadas em 1926.
Reforma del artículo de los estatutos sobre los organismos centrales
Texto debatendo se deve existir CC e OC ou apenas CC. O texto é de 1905, foi publicado em 1926,
Encuesta para el III Congreso del Partido
Texto também de 1905, publicado apenas em 1926. Trata-se de um questionário com o objetivo de montar um diagnóstico que seria apresentado ao congresso, acerca da situação organizativa do POSDR.
Prologo ao folleto Memoria del director del departamento de policia, Lopujin
O título diz do que se trata. O essencial do texto de Lenin está aqui: "Contra la revolución popular y contra la lucha de clases de nada sirve apoyarse en la policia, sino que hay que apoyarse tambien en el pueblo y en las clases. Tal es la moraleja de la memoria del senor Lopujin. Y tal es tambien la moraleja a que llega, en la práctica, el gobierno autocrático". Dai os progroms etc.
Plan de una conferencia sobre la Comuna
De curioso, apenas a referência a "imperialismo" para referir-se ao bonapartismo. (203
Ver também História do movimento social em França 1852-1902, de G. Weill, página 229, acerca de uma crítica feita por Blanqui à "teoría de la lucha de clases y el divorcio entre los intereses del proletariado y los intereses de la nación".
Nuevas tarefas y nuevas fuerzas
Texto publicado em Vperiod, 23 de fevereiro (ou 8 de março) de 1905, sobre o que ocorre num processo revolucionário: a ascensão política de novas camadas do proletariado. E as diversas consequências que isto traz.
"el despertar de nuevas y nuevas capas del la clase obrera"
"se planteron prácticamente nuevas tareas para cuya solución surgieron, como si brotasen de la tierra, nuevas fuerzas, que poco antes del viraje nadie habria sospechado"
"al comienzo del movimiento, los socialdemócratas no tuvieron más remedio que hacerse cargo de una cantidad enorme de trabajo casi equivaliente a la labor de las reformas culturales o huberon de ocuparse casi exclusivamente de la agitación de tipo econômico"
"al principio teniamos que ensinar a los obreros, en sentido directo y en sentido figurado a leer y escribir. Ahora, el nivel cultural político se ha elevado en proporciones tan enormes, que podemos y debemos concentrar ya todas nuestras fuerzas en las metas socialdemocraticas directas del encauzamiento organizativo de la corriente revolucionaria"
"hay tanto de cizaña como de trigo y de que los socialdemocratas tendrán de preocuparse ahora cada vez más de combatir la influencia de la democracia burguesa sobre los obreros"
"para la socialdemocracia, una época revolucionaria el lo que para un ejército el tiempo de guerra. Es necesario engrosar los cuadros de nuestro ejército, sacarlos del régimen de paz y ponerles en pie de guerra, movilizar a los reservistas, llamar de nuevo bajo las armas a los que se hallan disfrutando de licencia, formar nuevos cuerpos auxiliares, nuevos destacamentos y nuevos servicios. No hay que olvidar que en la guerra es necesario e inevitable reforzar los contingentes con reclutas poco instruidos, sustituir sobre la marcha a los oficiales por soldados rasos, acelerar y simplificar el ascenso de soldados a oficiales".
"Tened en cuenta que todo paso práctico del movimiento revolucionario instruirá inevitable e indefectiblemente a los jóvenes reclutas precisamente en la ciencia social-democrática, pues esta ciencia descansa sobre la apreciacion objetivamente certera de las fuerzas y tendencias de las distintas clases y la revolucion no es otra cosa que la destrucción de la vieja superestrutura y la actuacion independiente de diferentes clases que tratan de erigir a su modo una superestructura nueva. No degradeis nuestra ciencia revolucionaria convertiéndola en un simple dogma libresco, no la trivialicéis con lamentables frases acerca de la táctica-proceso y la organizacion-proceso, frases con las que se trata de justificar el desconcierto, la indecisión y la falta de iniciativa! Dad mayor campo de acción a las diversas actividades de los más diferente grupos y círculos y estad seguro de que, aun prescindiendo de nuestros consejos e indepientemente de ellos, serán encauzados hacia el camino justo por los dictados inexorables de la marcha de los acontecimientos revolucionarios" (216)
Osvobozhdenistas y neoiskristas, monarquicos y girondinos
Comenta texto de Osvobozhdenie, que por sua vez comenta elogiosamente folheto de Martinov (Dos dictaduras); noutra feita, Struve já havia elogiado o folheto Nossas tarefas políticas, de Trotski.
Está no Vperiod 9, de 8 de março (ou 23 de fevereiro) de 1905.
Evasivas intermináveis
Critica a postura de Iskra e do Conselho do Partido frente ao III Congresso. Este foi escrito em 1905 e só publicado em 1930.
A quem tratam de enganar?
Também critica a postura de Iskra 89 e do Conselho do Partido frente ao III Congresso. Este foi escrito e publicado em março de 1905.
Proletariado e democracia burguesa
Também publicado em Vperiod. Critica a tese neoiskrista que considera que o liberalismo russo moderado estaria ferido de morte.
O proletariado e os camponeses
Publicado em Vperiod, março de 1905. Explica a dupla tarefa da socialdemocracia frente ao movimento camponês: apoiar o conjunto do campesinato na luta revolucionário-democrática e organizar-se para o conflito com as camadas burguesas do campesinato.
Uma passagem divertida: ele cita Kautsky, para quem, como marxista, "a revolução russa não tem diante de si, atualmente, a tarefa de levar a cabo a transformação socialista, mas sim a tarefa de eliminar os obstáculos políticos que se opõem ao desenvolvimento do modo de produção existente, quer dizer, o modo de produção capitalista".
Só que a citação propriamente de Kaustky diz com todas as letras que "o movimento revolucionário urbano deve permanecer neutro no conflito entre o campesinato e o grande latifundiário". Lenin se esforça para salvar as coisas, dizendo que alguma "obscuridade e inexatitudes que se deslizam no modo de expressar-se de Kautsky tem sua explicação, seguramente, no caráter conciso de suas observações".
Óbvio que não se trata apenas disto. E, embora em textos posteriores, analisando 1905, Kautsky vá adotar uma posição distinta e melhor, o fato é que a tática frente ao campesinato era um problema mal resolvido pela social-democracia alemã.
Já Lenin deixa claro que toda a dificuldade do programa agrário da social democracia russa reside "en determinar com la mayor claridad y precisión posibles en qué condiciones puede el proletariado mantenerse neutral o ejercer la política de apoyar e 'incitar'."
Sobre la lucha de calles
(Consejos de un general de la comuna)
Introdução (Advertência da redação) a um artigo baseado nas memórias de Gustave-Paul Cluseret. Dele, ler El ejército y la democracia (1869) e os dois volumes de Memórias (1887) sobre a Comuna.
El primer paso
Artigo publicado no Vperiod, sobre o acordo tomado no Conselho em 10 de março de 1905, acerca do III Congresso, propondo aceitar a mediação de Bebel e propondo mandar dois representantes do Conselho para acompanhar o Congresso etc.
Tem uma passagem curiosa, em que ele compara dois métodos (a cisão aberta e franca e reconhecida versus a cisão de fato mas envergonhada e não reconhecida) com "(desde el punto de vista de su significación político-moral y de sus consecuencias político-morales) algo así como el adulterio secreto a las relaciones amorosas libres y sin recato". (238)
Para la historia del programa del partido
Pequena nota, publicada em Vperiod, polemizando com Plekhanov acerca de quem fez o quê, quando e como.
Sobre nuestro programa agrario
(Carta al III Congreso)
Texto publicado em Vperiod, março de 1905.
"El partido del proletariado debe apoyar el movimiento campesino."
"Actualmente e incluso en la marcha ulterior de las cosas, hasta llegar a la victoria total de la insurreción campesina, la consigna revolucionaria deberá tener en cuenta necesariamente el antagonismo entre campesinos y terratenientes" (247).
Artilugios de los bonapartistas
Texto publicado em Vperiod sobre a convocatória do III Congresso e a disputa em torno disto.
Uma revolução do tipo 1789 ou do tipo 1848?
Este texto foi escrito em 1905 e publicado pela primeira vez em 1926. É um texto genial, que antecipa não apenas Duas táticas, mas os dilemas de 1917.
Um importante problema que se coloca em relação com a revolução russa é o seguinte:
I Chegará a revolução até a derrubada total do governo czarista, até a república ou
II se limitará a coartar, a restringir o poder czarista, a implantar uma constituição monárquica?
Em outras palavras, será uma revolução do tipo 1789 ou do tipo 1848?
Neste ponto tem uma nota de rodapé, que transcrevo: Alguém poderia querer agregar: "ou de 1871?" Haveria que entrar nesta questão, já que muitos não-socialdemocratas nos oporão isto provavelmente como uma objeção.
Continua o texto: (e dizemos do tipo para que ninguém pense, neciamente, que existe a possibilidade de repetir as situações sociais, políticas e internacionais de 1789 e 1848, irrevogavelmente desaparecidas).
Seguramente, não cabe a menor dúvida de que um socialdemocrata tem que desejar o primeiro e trabalhar por isto.
Entretanto, o modo como o problema é posto por Martinov não representa outra coisa que o desejo, nascido de uma ideologia seguidista, de que a revolução seja o mais modesta possível. No tipo II desaparece totalmente o "perigo" que tanto medo infunde a Martinov, o perigo da tomada do poder pelo proletariado e pelos camponeses. No segundo caso, a socialdemocracia teria que manter-se inevitavelmente "na oposição" inclusive frente a revolução e o manter-se na oposição inclusive frente a revolução é precisamente o que Martinov quer.
Agora bem, cabe perguntar: qual dos dois tipos é o mais provável?
Em favor do I falam:
1) o fato de que a raiva e o espírito revolucionário acumulados nas classes baixas da Rússia são incomparavelmente maiores do que eram na Alemanha de 1848. Em nosso país, a viraje é mais brusca; entre a autocracia e a liberdade política não houve nem há nenhuma fase intermediária (em zemstvo não conta); em Rússia, o despotismo asiático está virgem.
2) A desastrosa guerra faz que seja mais provável, na Rússia, uma hecatombe repentina, ao colocar o governo czarista no atoleiro;
3) A constelação internacional é mais favorável em nosso caso, já que a Europa proletaria se encarregará de cerrar o caminho a uma ação dos monarcas europeus em favor da monarquia russa;
4) Os partidos conscientemente revolucionários, sua literatura e sua organização, se acham em Rússia incomparavelmente mais desenvolvidos do que em 1789, 1848 ou em 1871;
5) Toda uma série de povos oprimidos pelo czarismo, Polonia. Finlandia etc. infundem ao assalto contra a autocrcia, em Rússia uma energia muito grande;
6) Em Rússia, os camponeses se encontram numa situação extraordinariamente má, sua miséria é incrível e não tem absolutamente nada que perder.
Todas estas considerações não são, naturalmente, nem muito menos, absolutas. A elas pode-se contrapor:
1) entre nós, há muitas sobrevivências do feudalismo;
2) se acha no poder um governo experimentado, que dispõe de numerosos meios para auscultar o perigo revolucionário;
3) a guerra vem a complicar o caráter imediato da explosão revolucionária com tarefas que nada tem que ver com a revolução. A guerra é uma prova da debilidade das classes revolucionárias russas, as quais não seriam capazes de levantar-se sem a guerra (veja-se Karl Kautsky, La revolucion social);
4) Nos falta o impulso hacia la revolução procedente de outros países;
5) os movimentos nacionais que tendem a desmembração de Rússia se prestam para apartar de nossa revolução uma parte considerável da grande e da pequena burguesia;
6) O antagonismo entre o proletariado e burguesia é em Rússia muito mais profundo que em 1789, 1848 e 1871, razão pela qual a burguesia temerá mais a revolução proletária e se apressará mais a jogar-se nos braços da reação.
Como é natural, só a história se encarregará de sopesar entre si estos + e -.
Nossa missão, a missão da social-democracia, consiste em impulsionar o mais possível a revolução burguesa, porém sem esquecer por um só momento nossa tarefa mais importante, que é a organização independente do proletariado.
É aqui precisamente onde está a confusão de Martinov. A revolução total é a tomada do poder pelo proletariado e pelos camponeses pobres. E estas classes, uma vez que se achem no poder, no podrán por menos de pugnar por la revolução socialista. Ergo, a tomada do poder --que começa sendo um passo da revolução democrática-- derivará pela lógica das coisas, contra a vontade dos que participam (e, as vezes, inclusive sem que tenham consciência disto) em direção a revolução socialista. E, ao chegar aqui, será inevitável a hecatombe. E como as tentativas de uma revolução socialista estarão inevitavelmente condenadas ao fracasso, devemos aconselhar ao proletariado (como fez Marx em 1871, prevendo o inevitável fracasso da insurreição em Paris) que não se lance a nenhuma insurreição, senão que espere estar organizado, reculer pour mieux sauter.
Tal é, na realidade, o pensamento de Martinóv (e da nova Iskra) levado consequentemente até o final.
Al partido
Texto escrito em abril de 1905 e publicado só em 1931, argumentando que a maioria dos comitês que elegeram delegados ao II Congresso apoiam a convocatória do III Congresso.
El segundo paso
Texto publicado em Vperiod, comemorando que o CC passou a apoiar a convocatória do III Congresso. O texto pega pesado: "Rusia ha triunfado sobre los extranjeros".
El capital europeo y la autocracia
Texto interessante sobre a situação internacionais. Publicado em abril de 1905 no Vperiod.
La socialdemocracia y el gobierno provisional revolucionario
Trata-se de um texto também muito interessante, cujas ideias serão desenvolvidas posteriormente no Duas táticas.
Como em outros textos da época, Lenin debate as idéias "ortodoxas" dos mencheviques, neste caso o livro Duas ditaduras, de Martinov, que começa citando Engels (a famosa citação da Guerra Campesina em Alemanha, sobre o pior que pode acontecer a um chefe revolucionário: tomar o poder antes das condições terem amadurecido).
Lenin responde a citação, alegando que Engels fala do poder que assegura a dominação de sua classe. Portanto, no caso do proletariado, da ditadura do proletariado. E que Martinov confunde a ditadura socialista do proletariado (para a qual a situação não está madura) com a ditadura democrática do proletariado + camponeses. A primeira contra a burguesia, a segunda contra a autocracia.
Formalmente, está correto. Mas o problema que se coloca é aquele que o próprio Lenin indicou, quando levou "à consequência lógica" o raciocínio de Martinov: A revolução total é a tomada do poder pelo proletariado e pelos camponeses pobres. E estas classes, uma vez que se achem no poder, no podrán por menos de pugnar por la revolução socialista. Ergo, a tomada do poder --que começa sendo um passo da revolução democrática-- derivará pela lógica das coisas, contra a vontade dos que participam (e, as vezes, inclusive sem que tenham consciência disto) em direção a revolução socialista.
Todo o texto de Lenin é convincente quando se trata de defender a necessidade da ditadura campesino-proletário, seja para acabar com a autocracia, seja para acelerar o passo rumo ao socialismo. Mas obviamente minimiza os problemas que poderiam decorrer deste "acelerar o passo".
Para os leitores de hoje, é importante lembrar que parte das posições mencheviques eram escritas "pela esquerda". Exemplo: "O proletariado não pode obter todo o poder dentro do Estado nem uma parte dele enquanto não faça a revolução socialista. Tal é o princípio irrefutável que nos separa do oportunismo jauresista..." (Martinov, texto citado).
Outra parte, óbvio, não eram. É o caso das advertências segundo a qual uma radicalização de tipo socialista poderia provocar uma reação burguesia, que levaria a perda das liberdades democráticas, logo o ponto de chegada acabaria sendo o mesmo ou até mesmo inferior ao ponto de partida: a autocracia.
Na página 285 ele desenvolve a tese de somos "obrigados a sonhar" com o "melhor dos casos", a saber, que a revolução russa não dure apenas meses, mas sim anos, que não conduza apenas a algumas concessões, mas sim a total derrubada da autocracia. "E se isto se consegue... a fogueira revolucionária envolverá a toda Europa; o operário europeu hoje esmagado pela reação burguesa se rebelará, por sua vez, e nos ensinará 'como hay que hacerlo' e o auge revolucionário de Europa repercutirá sobre Rússia e a época de uns quantos anos de revolução se converterá em uma época de várias décadas revolucionárias".
Na página 287 ele registra que Parvus se afastou das posições menchevique e se lançou ("por desgraça, um união com Trotsky) a defender "as idéias da ditadura revolucionário-democrática e o dever da socialdemocracia de participar do governo provisório revolucionário".
E neste ponto ele faz a crítica de "algumas notas falsas que ressoam em Parvus". Entre estas, há uma crítica super-importante, que mostra como o Lenin audacioso na tática não se tornava cego quanto aos limites estratégicos:
São falsas as seguintes frases de Parvus: "O governo provisório revolucionário será, em Rússia, um governo da democracia operária"; "se a social-democracia se acha a cabeça do movimento revolucionário do proletariado russo, este governo será um governo social-democrático"; o governo provisório social-democrático "será um governo harmônico com uma maioria socialdemocrática". Isto não pode ser, se é que não se está falando de episódios fortuitos e passageiros, mas sim de uma ditadura revolucionária relativamente larga e que possa, mais ou menos, deixar sua marca na história. Não pode ser, porque cabe que se mantenha mais ou menos tempo (não em absoluto, naturalmente, mas sim em termos relativos) uma ditadura revolucionária que se apoie sobre a imensa maioria do povo. E o proletariado russo só forma, atualmente, a minoria da população do país. A única maneira que tem de chegar a converter-se na maioria imensa e dominante é aliar-se a massa de semi-proletários, dos pequenos proprietários, quer dizer, a massa das camadas pequeno-burguesas da população pobre da cidade e do campo. E esta composição da base social de uma possível e desejável ditadura revolucionário-democrática tem que refletir-se também, naturalmente, na composição do próprio governo revolucionário e fará inevitável a participação neste governo dos mais diversos representantes da democracia revolucionária, e inclusive o predominío deles no governo.
Aí ele chama o Trotsky de charlatão porque diz que "não haverá lugar para um segundo Gapon". E completa: se em Rússia não houver lugar para um segundo Gapón, não haverá lugar tampouco para uma revolução democrática verdadeiramente "grande", capaz de levar suas tarefas até o fim.
Do que se trata, portanto, é fazer a revolução democrático(burguesa) para criar uma palestra verdadeira ampla e digna do século XX, na qual se possa travar a luta pelo socialismo.
A ditadura revolucionário-democrática do proletariado e dos camponeses
Novamente um texto importante, que antecipa o debate do Duas táticas e o debate de 1917. Igualmente publicado em Vperiod.
Logo no início ele afirma que "a socialdemocracia só conseguiria desacreditar-se se traçasse como objetivo imediato a revolução socialista", que isto é um ideário dos socialistas-revolucionários (populistas), que a revolução Russa tem um "caráter burguês", e que se "prosternam ante la espontaneidad" os que acreditan que "la marcha de las cosas obligará a la socialdemocracia, en semejante situación, a poner en práctica la revolucion socialista en contra de su voluntad".
Ele diz que a "marcha das coisas" nos imporá, no curso da revolução, atender as demandas da pequena burgesia e dos camponeses, cujas necessidades reais reclamarão de tal forma "a realização do programa mínimo, que os temores de que se passe demasiado rapidamente ao programa máximo resultam simplesmente ridículos".
Outro aspecto importante: ele não diz que sem a revolução burguesa, não haverá desenvolvimento capitalista. Pelo contrário, ele afirma que há duas vias possíveis, a junker e a estadounidense. E que, portanto, pode haver desenvolvimento capitalista (junker) sem revolução. O que ele insiste é que sem revolução, tudo fica mais difícil. Por exemplo: "sin este revolución, es inconcebible un desarrollo más o menos importante de una organizacion independiente de clase con vistas a la revolucion socialista" (296)
Aqui também ele define claramente: o conteúdo global da revolução democrático-burguesa é designado concisamente pela palavra república. E por república "entendemos no sólo ni siquiera tanto la forma de gobierno como el conjunto de las transformaciones democráticas previstas en nuestro programa mínimo" (297).
Ele admite que participação num governo provisório revolucionário contém perigos para a socialdemocracia (298).
Ele também esclarece que a relação entra o termo "ditadura revolucionário-democrática do proletariado e dos camponeses" e o termo "governo provisório revolucionário" é mais ou menos a mesma que existe entre a forma jurídica e o conteúdo de classe. Falar do governo provisório revolucionário é acentuar o lado jurídico estatal do assunto, um governo nascido não da lei, mas da revolução, o caráter provisório do governo vinculado as decisões da futura assembléia constituinte. (300)
Ao final ele prevê que uns meses de DRPC permitirá tal mobilização que fará da revolução política russa o prólogo da revolução socialista europeia. (301)
Subornos franco-rusos
Texto publicado no Vperiod, 12 de abril (30 de março) de 1905. Tema: corrupção nos empréstimos internacionais.
O inocente tem a culpa
Texto publicado em Vperiod, sobre a polêmica entre maioria e minoria.
O programa agrário dos liberais
Este texto (314...) é interessante na medida em que demarca a diferença entre a posição capitalista e socialista no tema agrário, fala dos trabalhadores assalariados agrícolas. Vale a pena ser lido junto com os demais textos sobre a questão agrária.
"O caráter democrático-burguês do liberalismo e do populismo russos se manifestaram e seguem manifestando-se, entre outras coisas, precisamente no fato de que os interesses da pequena exploração camponesa relegam totalmente a sombra os do trabalho agrícola assalariado" (317).
Marx acerca do "reparto negro" americano
Neste texto, Lenin analisa as posições de Marx frente a Kriege, quanto a reforma agrária, mais exatamente nos Estados Unidos.
O Conselho do Partido, desmascarado
Texto publicado no Vperiod, continua a polêmica sobre o III Congresso.
Carta aberta ao presidente do Conselho do POSDR, camarada Plejanov
Este texto está assinado pelo Comitê Central e foi publicado em Vperiod de abril de 1905. O mesmo do texto anterior.
Acerca del problema del III Congreso
Texto publicado no Vperiod, respondendo a Iskra acerca da adesão do CC à convocatória do III Congresso.
Plan (roteiro) para um manifiesto de Primero de Mayo
Escrito em 1905, publicado em 1931, vale pelo esquema.
El Primeiro de Mayo
No cabeçalho está o POSDR e o proletários de todos os países...
Quem assina é o Buro de Comitês da Maioria e a redação do Vperiod.
Feria constitucional
Texto publicado no Vperiod, analisa uma proposta de reforma constitucional especulada pela autocracia.
Sobre os informes quinzenas das organizações do Partido
Divertido: proposta de que só será considerada organização partidária com plenos direitos aquela que mandar informes quinzenais de suas atividades. Este era o lado utópico do Lenin.... O texto com esta proposta foi escrito em 1905 e publicado em 1926.
III Congreso del POSDR
12 (25) de abril - 17 de abril (10 de maio) de 1905
São discursos, informes, resoluções e projetos de resolução, publicados já em 1905, nas Atas do III Congresso. Novamente o mais interessante é o debate sobre o governo provisório. Diz Lenin num informe: "poderiam pensar que a social-democracia se acha numa situação brilhante e que é muito grande a probabilidade de que chegue a participar num governo provisório revolucionário. Na realidade, as coisas não estão assim" (381).
Vale a pena estudar pausamente este informe, pois ele é muito rico em detalhes.
1.sua análise das posições de Engels (Guerra Camponesa) e Marx (Mensagem do CC da Liga dos Comunistas);
2.a gozação que ele faz com os socialistas-revolucionários, para quem a revolução seria "democrática" e não "burguesa"
3.a percepção de que a luta não cessará, senão que recrusdecerá depois da derrocada da autocracia
O mais interessante, contudo, é a "inversão de papéis". Num texto de Plekhanov, publicado em Iskra, este diz que Marx e Engels, não considerando iminente a revolução social, partido do pressuposto de que a ordem democrática iria predominar durante muito tempo, condenavam por isso a participação dos socialistas num governo pequeno-burguês.
Lenin o acusa de confundir ditadura democrática e ditadura socialista, de não analisar a realidade concreta.
Onde está a inversão de papéis?
Martov e Plekhanov temiam que o proletariado ficasse subordinado aos interesses do campesinato. Lenin não temia isto, ao mesmo tempo que reafirmava sua crítica ao populismo (socialismo já). Mas ninguém ali parecia defender uma "ditadura de minoria".
Na medida que a ditadura de minoria se impõe, Lenin passa a se preocupar com a subordinação (expressa pela burocratização etc.). Já Martov torna-se um crítico do socialismo já.
O divertido é ler, em Iskra 95, um parágrafo afirmando o seguinte: "Se, independente de nossa vontade, a dialética interna da revolução nos levasse por último ao poder antes de que tivessem amadurecido as condições nacionais para a realização do socialismo, não recuaríamos. Nos proporiamos como objetivo romper os estreitos marcos nacionais da revolução e empurrar o Oeste na direção da revolução, da maneira como França, há cem anos, empurrou por este mesmo caminho o Leste".
Note-se que esta foi exatamente a posição que prevalecerá entre 1917 e 1921: "empurrar" o Oeste na direção da revolução. Aliás, diz Lenin após ler este trecho: A Iskra reconhece, portanto, que se ocorresse isto, teriam que agir tal e como assinala Vperiod".
A disputa dos anos 20, que inicia com a NEP e conclui com a coletivização, se estabeleceu exatamente nos marcos da derrota desta posição, ou seja, da derrota da tentativa de "empurrar o Oeste".
Sofismas políticos
Texto publicado no Vperiod, acerca dos sofismas do liberalismo. O essencial: "enquanto os de baixo combatem, os de cima se aproveitam"; "é perfeitamente natural que a social-democracia, como o partido do proletariado revolucionário, se preocupe tanto com seu programa, que assinale com tanto zelo e muito a longo prazo sua meta final"; o medo que os liberais tem do jacobinismo popular.
Manifesto sobre o III Congresso do Partido Operário Socialdemocrata da Rússia
Manifesto dirigido aos operários, informando a celebração do III Congresso: "sabemos que a liberdade nos permitirá desenvolver ampla e abertamente a luta de massas em favor do socialismo". Assinado pelo CC do POSDR.
A disputa dos anos 20, que inicia com a NEP e conclui com a coletivização, se estabeleceu exatamente nos marcos da derrota desta posição, ou seja, da derrota da tentativa de "empurrar o Oeste".
Sofismas políticos
Texto publicado no Vperiod, acerca dos sofismas do liberalismo. O essencial: "enquanto os de baixo combatem, os de cima se aproveitam"; "é perfeitamente natural que a social-democracia, como o partido do proletariado revolucionário, se preocupe tanto com seu programa, que assinale com tanto zelo e muito a longo prazo sua meta final"; o medo que os liberais tem do jacobinismo popular.
Manifesto sobre o III Congresso do Partido Operário Socialdemocrata da Rússia
Manifesto dirigido aos operários, informando a celebração do III Congresso: "sabemos que a liberdade nos permitirá desenvolver ampla e abertamente a luta de massas em favor do socialismo". Assinado pelo CC do POSDR.
Sobre a composição do Congresso
Publicado em Proletari número 1, informa que o III Congresso foi composto 46 delegados, sendo 4 do CC e 42 eleitos por 21 organizações. Se os mencheviques tivessem participado, seriam 71 votos, provenientes 62 de 31 organizações e 9 dos organismos centrais. O Congresso propriamente dito consumiu 26 sessões.
O terceiro congresso
Atribui a cisão à minoria. Aprovou um único centro dirigente. E os tais informes bisemanais (!!!!). Apresenta a "vitória total da democracia, com a classe operária a cabeça", como o cenário mais provável da revolução. Mas reconhece que outro desenlace é possível, ainda que pouco provável: o da derrota.
Defende separação total entre Igreja e Estado.
Publicado em Proletari número 1.
Uma revolução vitoriosa
Pequeno roteiro escrito em 1905 e publicado em 1926: "no hay que tener ninguna clase de ilusiones ni crear mitos". Fala contra o mythenbildung. Qual o "conteúdo da revolução"? A criação de uma ordem política democrática, que por seu significa econômico equivalerá a 1) o livre desenvolvimento do capitalismo; 2)destruição dos restos da servidão; 3) elevação do nível de vida e de cultura da massa da população, especialmente de suas camadas mais baixas [Norteamérica e Rússia, pauperismo e capitalismo]".
Sobre a confusão entre política e pedagogia
Texto escrito em 1905 e publicado em 1926, texto incompleto. Se manifesta contrário a separar, como tendência a parte, aqueles que desejam "ir as massas".
Carta ao Buro Socialista Internacional
Assinada por Lenin, informando que Proletari substituiu Iskra como órgão central do Partido.
Conselhos da burguesia conservadora
Analisa o resultado do segundo congresso de delegados dos zemstvos e o comentário a respeito feito pela revista Times. O divertido é a citação feita por Times: a doutrina da igualdade e a equiparação de direitos de todos os cidadãos, da soberania do povo etc. é, como demonstraram os acontecimentos, "uma das invenções mais funestas da daninha sofistica deixada à humanidade por JJRousseau".
Sobre o governo provisório revolucionário
Artigo publicado nos números 2 e 3 de Proletari. Fundamental para a posterior redação de Duas táticas. Contrapõe as posições de Plekhanov (Sobre o problema da tomada do poder) e de Martinov (Duas ditaduras). Diz que "não preconizamos uma 'tática encaminhada' a saltar obrigatóriamente uma etapa, sem tomar em conta a correlação das forças sociais". Insiste que o erro dos mencheviques é não distinguir entre a ditadura democrática e a ditadura socialista.
Uma curiosidade, que ajuda a entender o esforço que ele faz posteriormente no Materialismo e empirocritismo: Plekhanov acusa a posição bolchevique de sustentar o ponto de vista de Mach e Avenarius.
Novamente fica claro que Plejanov considera que participar de um governo junto da pequena-burguesia é trair o proletariado. Plekhanov em 1905 teme a traição. Prefere a oposição extrema. Já em 1917 o temor se volta contra o "assalto aos céus" (pois em 1917 os mencheviques apoiam o governo provisório revolucionário, adotam aparentemente a mesma tática dos bolcheviques em 1905). Já Lenin em 1905 diz que não quer assaltar os céus, não quer uma ditadura socialista, quer participar de uma ditadura democrática para se posicionar melhor na luta pelo socialismo. Mas em 1917, se recusa a participar do governo provisório revolucionário e defende tomar o poder e logo depois inicia o "assalto aos céus". O fio de coerência não está na consigna formal, mas no conteúdo.
La hecatombe
Texto sobre a derrota russa na batalha naval no estreito da Coréia. Proletari número 3.
Luta revolucionária e corretagem liberal
Texto publicado em Proletari 3. Interessante por demonstrar, em 1905, que a palavra de ordem da Assembléia Constituinte era a "política do convênio, do chalaneo y del corretaje", enquanto a palavra de ordem do governo provisório revolucionário era a "consigna da luta revolucionária".
A los obreros judios
Explica por qual motivo chamava-se Partido Operário Social Democrata de Rússia e não Russo. Publicado como prólogo do Manifesto do III Congresso em idishe (yiddish).
Uma nova agrupação operária revolucionária
Um texto acerca da União de emancipação de Rússia. Curioso por mostrar como ele se posiciona frente aos grupúsculos de esquerda ou aparentados que surgem no momento da revolução. Diferencia o significado destes grupos para a revolução vis a vis seu significado para o movimento proletário: "quem serve a causa da liberdade em geral, sem servir a causa específica da utilização proletária desta liberdade, a utilização desta liberdade para a luta proletária pelo socialismo, luta, em última análise, pelos interesses da burguesia e nada mais (...) Quem se acha a margem dos partidos serve, ainda que não o queira nem o saiba, aos interesses do partido dominante (...) La posição sem partido, que garante uma aparente independência é, em realidade, a dependência mais total, a maior das dependências com respeito ao partido dominante"
"Os operários devem lutar pela liberdade sem deixar de pensar nem um só instante no socialismo, sem deixar de trabalhar pela realização do socialismo, sem deixar de preparar suas forças e sua organização para a conquista do socialismo."
Artigo publicado nos números 2 e 3 de Proletari. Fundamental para a posterior redação de Duas táticas. Contrapõe as posições de Plekhanov (Sobre o problema da tomada do poder) e de Martinov (Duas ditaduras). Diz que "não preconizamos uma 'tática encaminhada' a saltar obrigatóriamente uma etapa, sem tomar em conta a correlação das forças sociais". Insiste que o erro dos mencheviques é não distinguir entre a ditadura democrática e a ditadura socialista.
Uma curiosidade, que ajuda a entender o esforço que ele faz posteriormente no Materialismo e empirocritismo: Plekhanov acusa a posição bolchevique de sustentar o ponto de vista de Mach e Avenarius.
Novamente fica claro que Plejanov considera que participar de um governo junto da pequena-burguesia é trair o proletariado. Plekhanov em 1905 teme a traição. Prefere a oposição extrema. Já em 1917 o temor se volta contra o "assalto aos céus" (pois em 1917 os mencheviques apoiam o governo provisório revolucionário, adotam aparentemente a mesma tática dos bolcheviques em 1905). Já Lenin em 1905 diz que não quer assaltar os céus, não quer uma ditadura socialista, quer participar de uma ditadura democrática para se posicionar melhor na luta pelo socialismo. Mas em 1917, se recusa a participar do governo provisório revolucionário e defende tomar o poder e logo depois inicia o "assalto aos céus". O fio de coerência não está na consigna formal, mas no conteúdo.
La hecatombe
Texto sobre a derrota russa na batalha naval no estreito da Coréia. Proletari número 3.
Luta revolucionária e corretagem liberal
Texto publicado em Proletari 3. Interessante por demonstrar, em 1905, que a palavra de ordem da Assembléia Constituinte era a "política do convênio, do chalaneo y del corretaje", enquanto a palavra de ordem do governo provisório revolucionário era a "consigna da luta revolucionária".
A los obreros judios
Explica por qual motivo chamava-se Partido Operário Social Democrata de Rússia e não Russo. Publicado como prólogo do Manifesto do III Congresso em idishe (yiddish).
Uma nova agrupação operária revolucionária
Um texto acerca da União de emancipação de Rússia. Curioso por mostrar como ele se posiciona frente aos grupúsculos de esquerda ou aparentados que surgem no momento da revolução. Diferencia o significado destes grupos para a revolução vis a vis seu significado para o movimento proletário: "quem serve a causa da liberdade em geral, sem servir a causa específica da utilização proletária desta liberdade, a utilização desta liberdade para a luta proletária pelo socialismo, luta, em última análise, pelos interesses da burguesia e nada mais (...) Quem se acha a margem dos partidos serve, ainda que não o queira nem o saiba, aos interesses do partido dominante (...) La posição sem partido, que garante uma aparente independência é, em realidade, a dependência mais total, a maior das dependências com respeito ao partido dominante"
"Os operários devem lutar pela liberdade sem deixar de pensar nem um só instante no socialismo, sem deixar de trabalhar pela realização do socialismo, sem deixar de preparar suas forças e sua organização para a conquista do socialismo."
"Toda tendência política que guarda silêncio acerca d socialismo se acha em uma irredutível contradição de princípios com o programa da socialdemocracia".
"Seria um caso de doutrinarismo imperdoável caso os socialdemocratas adotassem, frente aos operários 'apartidistas" pertencentes a estes grupos uma atitude de altivez ou de desprezo".
"trabalho tenaz e paciência infinita" (510)
As tarefas democráticas do proletariado revolucionário
Texto publicado em Proletari. É interessante por mostrar como ele coloca sempre duas condições para o socialismo: um alto nível de desenvolvimento das forças produtivas capitalistas e um alto grau de organização da classe operária.
Lamente que as organizações do partido não param para pensar com a frequência devida e que citam e difundem pouco o programa do partido.
Primeiros passos da traição da burguesia
Texto escrito em Genebra, 21 (8) de junho. Dá conta de um reunião entre Nicolás II e uma delegação dos zemstvos.
"Revolucionários" de guante blanco
Mesmo teor do texto anterior. "Querem disfrutar desde agora mesmo a fama de ex revolucionarios, sem ter chegado a ser revolucionários antes".
"Seria um caso de doutrinarismo imperdoável caso os socialdemocratas adotassem, frente aos operários 'apartidistas" pertencentes a estes grupos uma atitude de altivez ou de desprezo".
"trabalho tenaz e paciência infinita" (510)
As tarefas democráticas do proletariado revolucionário
Texto publicado em Proletari. É interessante por mostrar como ele coloca sempre duas condições para o socialismo: um alto nível de desenvolvimento das forças produtivas capitalistas e um alto grau de organização da classe operária.
Lamente que as organizações do partido não param para pensar com a frequência devida e que citam e difundem pouco o programa do partido.
Primeiros passos da traição da burguesia
Texto escrito em Genebra, 21 (8) de junho. Dá conta de um reunião entre Nicolás II e uma delegação dos zemstvos.
"Revolucionários" de guante blanco
Mesmo teor do texto anterior. "Querem disfrutar desde agora mesmo a fama de ex revolucionarios, sem ter chegado a ser revolucionários antes".
Carta aberta a redação de Leipziger Volkszeitung
Pede que publiquem a resposta aos ataques do Kautsky, publicados no número 135 do LV.
Um quadro do governo provisório revolucionário
Roteiro escrito em 1905 e publicado em 1926. O grande nó está na idéia de que um "formidável desenvolvimento das forças produtivas" vá coincidir com um "gigantesco desenvolvimento do capitalismo" nos marcos de uma ditadura democrática revolucionária do campesinato e do proletariado".
Pede que publiquem a resposta aos ataques do Kautsky, publicados no número 135 do LV.
Um quadro do governo provisório revolucionário
Roteiro escrito em 1905 e publicado em 1926. O grande nó está na idéia de que um "formidável desenvolvimento das forças produtivas" vá coincidir com um "gigantesco desenvolvimento do capitalismo" nos marcos de uma ditadura democrática revolucionária do campesinato e do proletariado".
Luta do proletariado e servilismo da burguesia
Texto publicado em Proletari. "O caráter burguês da revolução democrática não significa que esta só possa favorecer a burguesia". Depois fala da "conquista da liberdade total, que só o povo armado, apoiado no poder revolucionário, pode defender vitoriosamente". Como isto pode conduzir ao desenvolvimento gigantesco do capitalismo", só Deus saberia responder...
Algo importante: é após o 9 de janeiro que "o partido obrero colocou na ordem do dia a palavra de ordem da insurreição".
Terceiro passo atrás
Texto sobre a luta interna, reclamando que os responsáveis pelo "aparato técnico" do Partido recusam a submeter-se às decisões do Congresso. E critica detalhadamente as resoluções da conferência dos mencheviques, feita com delegados que foram eleitos ao III Congresso e foram "desviados".
A conferência menchevique insiste na "extrema oposição revolucionária", para não trair o proletariado, para não cair no millerandismo.
Publicado em Proletari.
Al buro socialista internacional
Pede ajuda, contra a possibilidade do governo russo pedir apoio militar às potências ocidentais contra a revolução.
Tres constituições ou três formas de organização do Estado
Um quadro comparativo, publicado na forma de folheto, sobre a diferença entre monarquia absoluta, monarquia constitucional e república.
Exército revolucionário e governo revolucionário
Comemora a insurreição de Odessa e o episódio do Potemkim. "Revoltas - manifestações - combates de rua - unidades de um exército revolucionário: tais são as etapas de desenvolvimento da insurreição popular".."os grandes problemas históricos só podem ser resolvidos pela força e a organização da forma é, na luta moderna, a organização militar".
O czar de Rússia implora, contra seu povo, o apoio do Sultão da Turquia
Comentário jornalístico sobre a insurreição da frota do Mar Negro e sobre o pedido feito pelo cizar a Romênia e a Turquia.
A burguesia negocia com a autocracia, a autocracia negocia com a burguesia
Texto em Proletari.
Texto publicado em Proletari. "O caráter burguês da revolução democrática não significa que esta só possa favorecer a burguesia". Depois fala da "conquista da liberdade total, que só o povo armado, apoiado no poder revolucionário, pode defender vitoriosamente". Como isto pode conduzir ao desenvolvimento gigantesco do capitalismo", só Deus saberia responder...
Algo importante: é após o 9 de janeiro que "o partido obrero colocou na ordem do dia a palavra de ordem da insurreição".
Terceiro passo atrás
Texto sobre a luta interna, reclamando que os responsáveis pelo "aparato técnico" do Partido recusam a submeter-se às decisões do Congresso. E critica detalhadamente as resoluções da conferência dos mencheviques, feita com delegados que foram eleitos ao III Congresso e foram "desviados".
A conferência menchevique insiste na "extrema oposição revolucionária", para não trair o proletariado, para não cair no millerandismo.
Publicado em Proletari.
Al buro socialista internacional
Pede ajuda, contra a possibilidade do governo russo pedir apoio militar às potências ocidentais contra a revolução.
Tres constituições ou três formas de organização do Estado
Um quadro comparativo, publicado na forma de folheto, sobre a diferença entre monarquia absoluta, monarquia constitucional e república.
Exército revolucionário e governo revolucionário
Comemora a insurreição de Odessa e o episódio do Potemkim. "Revoltas - manifestações - combates de rua - unidades de um exército revolucionário: tais são as etapas de desenvolvimento da insurreição popular".."os grandes problemas históricos só podem ser resolvidos pela força e a organização da forma é, na luta moderna, a organização militar".
O czar de Rússia implora, contra seu povo, o apoio do Sultão da Turquia
Comentário jornalístico sobre a insurreição da frota do Mar Negro e sobre o pedido feito pelo cizar a Romênia e a Turquia.
A burguesia negocia com a autocracia, a autocracia negocia com a burguesia
Texto em Proletari.
Nenhum comentário:
Postar um comentário