1.
Pode o PT lançar um marajá a prefeitura
de São Paulo?
Alguns companheiros já afirmaram várias vezes que a
candidatura Plínio pode ser facilmente atacada. Plínio é um marajá. E isso pega
mal na massa....
Quando lançamos um operário, ele é
analfabeto! Quando lançamos um intelectual ele é inexperiente! Quando lançamos o
Plínio, ele é marajá.
Além disto ter sido uma artifício utilizado pelo governo
Quércia para encobrir os baixos salários pagos a maioria do funcionalismo
publico e os altos salários pagos a uma minoria de seus assessores.
Além do Plínio e do Kelio Bicudo já terem respondido
visto diversas vezes, inclusive na imprensa partidária.
Além disso, nós,
militantes petistas, temos que
ter em mente que a burguesia possui um profundo ódio de classe. Ela
odeia tanto os trabalhadores que passaram a lutar contra a exploração
capitalista, quanto todos aqueles que - embora
por suas condições pessoais, por sua
origem de classe, pudessem muito bem se contentar com a situação vigente na nossa sociedade - se
lançaram contra ela.
A esse ódio de classe da burguesia, os
trabalhadores conscientes, os petistas, só podem responder contra-atacando. E nunca se subordinando ou
se submetendo.
Volta e meia se faz uma onda de acusações centra vários quadros
partidários que são oriundos e/ou que
mantém até hoje uma relação íntima com a Igreja católica. O Plínio é uma
das pessoas mais visadas nestas horas. Ele
seria o homem da CNBB no partido.
Quem negar que o
Plínio - e tantos outros militantes, quadros e dirigentes
partidários - mantém íntima relação com a Igreja estará por certo mentindo.E
sem duvida, em vários momentos esta ligação criou atritoe problemas para o
partido.
Atritos que, verdade seja
dita, não são muito diferentes daqueles que se, criam entre os militantes partidários que estão profundamente envolvidos
em outros movimentos e entidades - como
a CUT, o movimento popular.
Atritos e problemas que, verdade seja dita, não se
aproxima , nem de longe, daqueles que o PT enfrenta em sua relação com os
partidos-dentro-do-partido, como o PRC, a Convergência Socialista, etc...
Partidos-dentro-do-partido que, também verdade seja dita, são os primeiros a lançar contra
o Plínio o epíteto
de “igrejeiro”.
Nós, de nosso lado, preferimos ver o problema sob a ótica
oposta.
O papel da Igreja nesse pais, a luta dos progressistas contra
á igreja conservadora do Papa,
a contribuição dos cristãos à luta transformadora de nossa sociedade - tudo
isso pode ser revertido positivamente por um partido como o PT. Assim, ao mesmo
tempo em que nao escondemos os
problemas, buscamos tirar partido deles, rumo à vitoria.
3. Pode o PT lançar alguém sem disciplina partidária?
Não há hora mais propícia para se levantar dúvidas sobre
a disciplina partidária. Nessa hora,
mesmo os mais calados saem de seu mutismo, a revirar as fichas de cada
militante que se dispõe
a candidatar-se a algo.
Nada mais legítimo em um partido como o PT, onde o
candidato tem uma delegação do Partido.
Onde ninguém e candidato de si mesmo.
Nessas horas, contudo, cometem-se injustiças. Como a de
dizer que a Luiza Erundina é "mais petista" do que
o Plínio.
O Plínio é do PT desde o início. Não o abandonou.
Combateu lado-a-lado conosco nos mais
diversos momentos. Desempenha hoje um papel de destaque na luta que
ocorre na frente parlamentar.
Consultado acerca do desempenho da bancada petista no Congresso
Constituinte, o Lula foi o primeiro a elogiar o desempenho do Plínio.
Que aliás é seu candidato a prefeitura de
São Paulo.
Erros?!
Problemas!? Claro que as, eles existem e a bancada petista como um todo tem
que ser submetida ao mais severo
processo de crítica e autocrítica - como aliás o PT como um todo
tem que fazê-lo no dia-a-dia da militância.
Processo de crítica e auto-crítica que pode demonstrar
com clareza que, na quebra de
disciplina e no zelo militante, companheiros como o Genoíno tiveram desempenho
muito mais reprovável, como mostra o episodio dos cartazes da CUT, em que nosso bravo parlamentar desrespeitou
a opinião e o voto da maioria da bancada. E quantos dos que criticam o
Plínio (na enorme maioria das vezes por falta de
informação) levantaram a voz contra a atitude do Genoíno?
4. Pode o PT lançar alguém que não tem o apoio das bases?
As bases muitas vezes são
submetidas a mesma provação
que Deus: que Deus lhe pague... Deus me perdoe...
As bases vão dar seu ponto de vista na prévia. A militância partidária está dividida na
questão Plinío x Erundina. Haja visto o fato da maioria da Articulação -
majoritária no PT - ter decidido
apoiar a candidatura Plínio (104 votos), contra a da Erundiíia (29) e com 21 abstenções.
Ademais, a ideia de que as bases não apoiam o Plínio é
fruto do desconhecimento da penetração
que o trabalho que desenvolve possui no partido.
5. Pode o PT lançar alguém apoiado pela “cúpula”?
Pode o PT lançar
alguém apoiado pelo Lula? Pelo Azevedo, presidente do sindicato dos metroviários? Pelo Zé Dirceu? Pelo Dória?
Pelo Aloísio Mercadante?
Pode o PT lançar
alguém apoiado pela Articulação?
Pode o PT lançar alguém apoiado por dirigentes, quadros,
militantes?
E porque não
poderia?!
Essa falsa.contraposição entre bases e cúpula e
oportunismo daqueles que começam a descobrir que não têm tanto apoio das bases quanto pensavam; ao mesmo tempo em que não têm apoio da direçao. Oportunismo de quem
teme perder no debate franco, aberto, leal.
6. Pode o PT lançar alguém ligado ao programa democrático
e popular?
A Convergência Socialista, a DS, o Trabalho, os grupos
que apoiam a candidatura Luiza são oportunistas. Eles na verdade não a apoiam.
Apenas usam-na
como instrumento, como cobertura para atacar a direção do Partido, a
Articulação, as resoluções do 5e
Encontro Nacionail.
Nós, de nosso lado, não apoiamos um nome. Apoiamos um programa. E esse programa é o
do 5º
Encontro Nacional. Democrático e
Popular.
7. Pode o PT lançar alguém que tenha competência para
administrar SP?
Vencer em São Paulo. Administrar
São Paulo. Fatores de acúmulo de forças na luta que travamos. O povo de Sao
Baulo, os trabalhadores paulistas querem dar seu voto ao PT. E só farão se
sentirem que nosso candidato pode administrar SP.
8. Pode o PT lançar um candidato para ganhar?
O grupo Poder Popular e Socialismo diz que não. Ele não
quer ganhar. Ele declara que o PT está
antecipadamente derrotado.
Ele diz que o próximo diretório municipal de São Paulo deve
colocar entre suas tarefas a
de fazer uma oposição consequente a prefeitura...
Nós, de outro lado,
queremos disputar para ganhar. Sabemos que para ganhar é necessário levantar
bem alto tudo o que o PT significou e significa. Independência, oposição
radical, um programa democrático e popular,
ligação com os movimentos sociais, o perfil
socialista. Sabemos disso e o faremos. Para vencer.
* * *
O PT nao lança
nomes. Dá a companheiros tarefas que devem ser bem cumpridas.
Plínio para prefeito.
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