Agora
é oficial: um grupo de petistas de Minas Gerais, vinculados a chapa
“Muda para valer” impetrou recurso contra as fraudes ocorridas no
processo eleitoral organizado, naquele estado, pelo PT no dia 9 de
abril.
Já falamos a respeito em http://valterpomar.blogspot.
O
recurso apresenta uma série de considerandos, entre os quais:
-em
Minas Gerais, foram inscritos cerca de 400 municípios para realizar
a eleição apenas de delegados e delegadas estaduais, sem informar
quem registrou estes municípios e quem neles se responsabilizaria pelo processo
eleitoral. Valendo dizer que a própria comissão organizadora
eleitoral estadual reconheceu que, no caso de 93 municípios, não havia
localizado quem se dispusesse a organizar a eleição (um claro
indicador de que a iniciativa de fazer o processo partiu de fora e de
cima);
-a
média de comparecimento nesses municípios foi de 80% dos filiados e
filiadas aptos, havendo casos de incríveis 115% (sic!!!), número
que contrasta com a média do estado, que foi de 30%. Valendo
dizer que onde houve chapa municipal e não houve fiscalização, o
comparecimento também foi discrepante.
O
recurso solicita a supressão geral dos votos dados às chapas
naqueles municípios onde houve apenas eleição de delegados/as e não
houve PED municipal; também solicita a nulidade onde não houve
fiscalização; e solicita acesso às listas de votantes com as
respectivas assinaturas, dado os indícios de fraude.
Trocando
em miúdos, os recorrentes entendem que houve uma fraude, envolvendo
centenas de municípios e milhares de votos.
Uma fraude sistêmica, planejada em escala
industrial.
Em
muitos casos, trata-se de uma reprise da fraude realizada em 2013,
quando foram fabricadas atas de votação e mortos votaram.
O
primeiro passo desta fraude teria sido registrar, junto à direção
estadual do PT de Minas Gerais, o maior número possível de
municípios para neles realizar a eleição. 823 cidades
indicaram local de votação, num universo total de 853 municípios.
Quem
fez o registro? Em quase cem cidades, foi um fantasma. A própria
direção estadual do PT teve que retirar estes municípios da lista
de cidades onde ocorreria o PED. O bode saiu da sala, mas o problema
continuou.
Dentre
os 736 municípios restantes, havia um grande número em que não
ocorreria eleição para direção municipal. Ou seja, municípios
onde não havia petistas dispostos e em condições de montar uma
chapa para eleger uma nova direção municipal. Mas onde, ao menos
supostamente, havia gente disposta a organizar a eleição das chapas
estaduais.
Em outro grande número de municípios, havia chapa única
concorrendo. Traduzindo: inexistia fiscalização.
No
conjunto dos municípios citados, verificou-se um nível de
comparecimento superior a média nacional e estadual. Na maior parte
do país, caiu o número de votantes em relação a 2013. Mas
em 2017, naqueles municípios a que estamos nos referindo, o número de votantes foi similar ou
até superior ao do PED anterior.
Além
disso, em todos os municípios citados, a maior parte e às vezes a
totalidade dos votos foi para uma única chapa.
Até
o momento em que concluo este texto, já foram apurados os votos de
602 municípios. Na parcial anterior, com 578 municípios apurados, em aproximadamente 227 só tinha havido votação
para chapa estadual. E exatamente nestes, a chapa 400 conseguiu
12.391 votos contra 834 das outras três chapas que estão disputando
a eleição.
Abaixo
relacionamos os dez casos mais escandalosos. Acreditamos que a tabela
dispensa comentários, salvo o de constatar que a “unidade como
valor universal” não é um atributo coreano.
É
óbvio que estamos diante de uma fraude. A
quem serve?
Ao
PT não serve. Macula a imagem do Partido, envenena o ambiente
interno, judicializa a disputa política, tira legitimidade do
processo eleitoral e das novas direções.
A
fraude serve a quem dela se beneficia. E também a quem cala diante
dela. Inclusive aos que foram vítimas desta mesma fraude em 2013 e
de quem esperamos um mínimo de coerência com o que denunciaram à época.
Assim
como esperamos que a direção do Partido atenda as solicitações
feitas no recurso.
Aqui em Caldas (Sul de Minas) houve um golpe. Um cara tomou o PT, se aliou a um prefeito que apoiou o golpe, criou uma diretoria que se reune escondido dos filiados e não convocou eleição. Nem sei se houve. Só se reelegeram entre eles mesmos.Já pedimos ajuda aos diretórios estadual e federal, mandando atas registradas em cartório, etc, mas não houve resposta. Teria como checarmos quem eles elegeram dessa vez? Pode ter sido até alguém do PSDB, ao qual estão aliados, ou até do DEM.
ResponderExcluirA delação feita pela Odebrecht compromete o Lula. É grave.
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