sábado, 28 de outubro de 2023

Gaza: abaixo a indignação póstuma



O que pensar de quem manifesta indignação acerca do ocorrido em Guernica, em Lidice, no Gueto de Varsóvia, nos campos de concentração do Holocausto...

... mas  mantém silêncio ou tergiversa acerca do que está ocorrendo precisamente agora, em Gaza, na Palestina ocupada?

Não duvido que, em algum momento do futuro, vários dos que hoje calam, inscreverão em suas memórias sua indignação - póstuma - com o ocorrido nos dias de hoje.

Vale dizer que não se trata apenas de uma questão política e moral.

Trata-se, também, de uma questão científica: os defensores do genocídio em Gaza falsificam e distorcem a história. 

Me fazem recordar o que vi na África do Sul, num memorial dedicado aos que colonizaram as "terras virgens e desabitadas" da região onde hoje está aquele país.

Tudo isso para dizer que é muito importante que, em todas as universidades brasileiras, façam o mesmo que fizemos na Universidade Federal do ABC: quebrar o silêncio e tomar posição.

Abaixo, o texto assinado, em português, inglês, espanhol e árabe. Aproveito para pedir, caso haja alguma imperfeição na tradução, que nos avisem.

E quem quiser divulgar, pode utilizar o link abaixo: 

Professoras e professores da UFABC lançam carta de apoio à Palestina - ADUFABC


PORTUGUÊS

Carta em solidariedade à Palestina, de 100 professoras e professores da UFABC

Um genocídio está sendo perpetrado na Palestina, neste exato momento, diante dos nossos olhos.

Em pleno século 21, um povo sob jugo colonial, expulso das suas terras, segregado, encurralado em bantustões, privado de água, luz, alimento e remédios.

O povo palestino está sendo bombardeado em seus bairros e abrigos, hospitais e templos religiosos.

Estes crimes de guerra são praticados pelo governo de extrema direita que comanda Israel, com o apoio do imperialismo estadunidense.

Exigimos que os bombardeios parem imediatamente, que se garanta a ajuda humanitária.

O governo brasileiro e as Nações Unidas devem contribuir para construir uma solução para este conflito, solução que garanta a autodeterminação do povo palestino.

É inaceitável que em pleno século 21 continue a existir um regime colonial.

Nos solidarizamos com o povo palestino e reafirmamos o que é dito pela Carta das Nações Unidas: povos oprimidos têm o direito de resistir e lutar por sua libertação.

Para acabar com a inaceitável violência é preciso acabar com a inaceitável ocupação.

PALESTINA LIVRE!



INGLÊS

Letter in solidarity with Palestine, from 100 faculty members of the Federal University of ABC, Brazil

A genocide is being perpetrated in Palestine, right now, before our eyes.

In the 21st century, a people under colonial yoke, being expelled from their lands, segregated, trapped in bantustans, deprived of water, electricity, food and medicine.

The Palestinian people are being bombed in their neighborhoods and shelters, hospitals and places of worship.

These war crimes are carried out by the far-right government that commands Israel, with the support of US imperialism.

We demand that the bombings stop immediately and that humanitarian aid be guaranteed.

The Brazilian government and the United Nations must contribute to building a solution to this conflict, a solution that guarantees the self-determination of the Palestinian people.

It is unacceptable that a colonial regime continues to exist in the 21st century.

We stand in solidarity with the Palestinian people and reaffirm what the United Nations Charter says: oppressed peoples have the right to resist and fight for their liberation.

In order to end the unacceptable violence, it is necessary to end the unacceptable occupation.


FREE PALESTINE!


ESPANHOL

Carta de solidaridad con Palestina, de 100 profesores de la UFABC, Brasil

Se está perpetrando un genocidio en Palestina, ahora mismo, ante nuestros ojos.

En el siglo XXI, un pueblo bajo yugo colonial, expulsado de sus tierras, segregado, atrapado en bantustanes, privado de agua, electricidad, alimentos y medicinas.

El pueblo palestino está siendo bombardeado en sus barrios y en sus refugios, hospitales y lugares de culto.

Estos crímenes de guerra son llevados a cabo por el gobierno de extrema derecha que dirige Israel, con el apoyo del imperialismo estadounidense.

Exigimos que cesen inmediatamente los bombardeos y que se garantice la ayuda humanitaria.

El gobierno brasileño y las Naciones Unidas deben contribuir a construir una solución a este conflicto, una solución que garantice la autodeterminación del pueblo palestino.

Es inaceptable que siga existiendo un régimen colonial en el siglo XXI.

Nos solidarizamos con el pueblo palestino y reafirmamos lo que dice la Carta de las Naciones Unidas: los pueblos oprimidos tienen derecho a resistir y luchar por su liberación.

Para poner fin a la violencia inaceptable, es necesario poner fin a la ocupación inaceptable.


¡PALESTINA LIBRE!


ÁRABE

رسالة تضامن مع فلسطين، من 100 أستاذ من الجامعة الفيدرالية ABC، البرازيل

إن الإبادة الجماعية ترتكب الآن في فلسطين أمام أعيننا.

في القرن الحادي والعشرين، يتم طرد شعب تحت نير الاستعمار من أراضيه، وعزله، وحصاره في البانتوستانات، وحرمانه من الماء والكهرباء والغذاء والدواء.

ويتعرض الشعب الفلسطيني للقصف في أحيائه وملاجئه ومستشفياته ودور عبادته.

وتنفذ جرائم الحرب هذه من قبل الحكومة اليمينية المتطرفة التي تقود إسرائيل، بدعم من الإمبريالية الأمريكية.

ونطالب بوقف القصف فوراً وضمان المساعدات الإنسانية.

ويجب على الحكومة البرازيلية والأمم المتحدة المساهمة في بناء حل لهذا الصراع، حل يضمن تقرير المصير للشعب الفلسطيني.

ومن غير المقبول أن يستمر النظام الاستعماري في الوجود في القرن الحادي والعشرين.

إننا نتضامن مع الشعب الفلسطيني ونؤكد من جديد ما يقوله ميثاق الأمم المتحدة: إن للشعوب المضطهدة الحق في المقاومة والنضال من أجل تحريرها.

ومن أجل إنهاء العنف غير المقبول، من الضروري إنهاء الاحتلال غير المقبول.

فلسطين حرة!

وقعت:


Assinam

  • Acacio Almeida Santos
  • Alberto Canseco
  • Alessandra Teixeira
  • Aline Neves
  • Aline Neves Panazio
  • Ana Tereza Marra
  • Anastasia Guidi Itokazu
  • André Pasti
  • Andrea Fernandes
  • Andrea Paula S. O. Kamensky
  • Andrea Santos Baca
  • Antonio Marcos Roseira
  • Armando Caputi
  • Arturo Guillén
  • Bruna M. de Vasconcelos
  • Carolina B. Machado
  • Carolina Maris Pozzi de Castro
  • Carolina Pinho
  • Charles Morphy D. Santos
  • Chee Sheng Fong
  • Cintia Lima
  • Claudia Regina Vieira
  • Cristiane Ayoub
  • Daniel Pansarelli
  • Daniel Zanetti de Florio
  • Demétrio de Toledo
  • Diego Azzi
  • Eleonora Menicucci de Oliveira
  • Everaldo Carlos Venancio
  • Fernando Rocha Nogueira
  • Flávio Francisco
  • Flávio Rocha
  • Francisco Comaru
  • Gabriel Rossini
  • Gabriela Farias Asmus
  • Gilberto Maringoni
  • Gilberto Rodrigues
  • Giorgio Romano
  • Gisele Ducati
  • Giselle Cerchiaro
  • Graça Marietto
  • Guadalupe Abib de Almeida
  • Harlen Batagelo
  • Helena França
  • Igor Fuser
  • Joana Salem
  • Jorge Marconi
  • José Gonzalez
  • José Guedes
  • Júlia Bertino Moreira
  • Júlia Glaciela Silva Oliveira
  • Leonardo Mello
  • Leonardo Steil
  • Luci Praun
  • Luciana Palharini
  • Luciana Travassos
  • Luis Riascos
  • Luiz Martins
  • Manuel Ramon Souza Luz
  • Marcelo Matsudo
  • Maria Caramez Carlotto
  • Maria Gabriela S.M.C Marinho
  • Maria L. P. Fonseca
  • Maria Luiza Levi
  • Mariana Sombrio
  • Mario Gazziro
  • Miguel Said Vieira
  • Miriam Madureira
  • Muryatan Barbosa
  • Nasser A. Daghastanli
  • Neusa Serra
  • Nilo Muñoz
  • Olympio Barbanti Jr.
  • Paris Yeros
  • Patrícia Cezario Silva
  • Patrícia Maria de Jesus
  • Paulo Neves
  • Priscila Benitez
  • Rafael Cava Mori
  • Ramatis Jacino
  • Ramón García Fernández
  • Regimeire Maciel
  • Reinaldo Cavasso Filho
  • Rena Orofino
  • Ricardo de Sousa Moretti
  • Roberta Peres
  • Rodrigo L.O.R. Cunha
  • Rogério Perino de O. Neves
  • Salomão Barros Ximenes
  • Sergio Amadeu da Silveira
  • Silene Claro
  • Silvana Zioni
  • Silvia Helena Passarelli
  • Silvio Carneiro
  • Simone Rodrigues de Freitas
  • Suze Piza
  • Tatiana Lima Ferreira
  • Valéria Lopes Ribeiro
  • Valter Pomar









terça-feira, 10 de outubro de 2023

O PT e o Hamas

A jornalista Monica Waldvogel associou o PT ao Hamas.

Detalhes da associação estão aqui:

https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/monica-waldvogel-associa-pt-ao-hamas-na-palestina-e-cria-crise-na-globo

Como o Partido dos Trabalhadores nunca manteve relações com o Hamas, o jeito foi sustentar a tese com base nas assinaturas de alguns petistas em um manifesto de 2021:

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/petistas-se-manifestaram-contra-classificar-hamas-como-terroristas-em-2021/

Ato contínuo começou a pressão contra os que assinaram aquele manifesto, como se pode ver no texto disponível no endereço a seguir:

https://www.gazetadopovo.com.br/republica/ministros-lula-pt-psol-movimentos-sociais-assinaram-manifesto-pro-hamas-2021/

Se for verdade o que está dito nos endereços abaixo, tem gente que não está suportando a pressão:

https://www.gazetadopovo.com.br/republica/ministros-lula-pt-psol-movimentos-sociais-assinaram-manifesto-pro-hamas-2021/

https://www.gazetadopovo.com.br/sao-paulo/boulos-perde-coordenador-de-pre-campanha-por-nao-repudiar-os-ataques-do-hamas/

O incrível é que no exato momento em que tais pessoas estão sendo cobradas a se explicar sobre o Hamas, Israel está promovendo um genocídio em Gaza.

Ou seja: enquanto algumas pessoas discutem se uma determinada organização é terrorista ou não, existe um Estado terrorista bombardeando e assassinando milhares e milhares de civis.

Fato destacado pela presidenta nacional do PT, na mensagem postada por ela no X:

"A resposta do governo de Israel aos ataques do último sábado anuncia-se como uma brutalidade ainda mais abrangente contra a população civil da Faixa de Gaza. Dois milhões de palestinos, confinados há mais de uma década em um verdadeiro campo de concentração, sem direitos e sem perspectivas, são tratados agora como sub-humanos, sem acesso a água, comida e energia. O que se anuncia, sob pretexto de retaliação militar e segurança do estado, é um massacre com as dimensões de um genocídio. Repudiamos a violência e esta é a posição do PT, solidário com as vítimas de todas as partes desde a retomada do conflito armado. Por isso estimulamos o governo brasileiro a atuar com firmeza por um cessar-fogo imediato e pela construção da única saída pacífica possível: o reconhecimento de dois Estados, Israel e Palestina, com pleno direito à soberania, ao desenvolvimento econômico e às tradições históricas de cada um. A ofensiva militar anunciada pelo governo de extrema-direita de Netanyahu só vai resultar em mais ódio e destruição. É hora de todos no mundo, governos e sociedade civil, ajudarem a construir uma solução pacífica e duradoura para essa região, o que necessariamente passa pela desocupação dos territórios palestinos"

Ao contrário do que diz certa mídia, não foi o Hamas que começou a guerra contra Israel.

Aliás, para sermos corretos com a história, no passado não muito distante foi Israel que investiu no Hamas, para enfraquecer a OLP, mais ou menos como os Estados Unidos investiram nos talibãs e na Al Qaeda.

Voltando ao ponto: não foi o Hamas que começou a guerra.

Quem começou a guerra foi Israel.

Há 75 anos.

Guerra contra o povo palestino.

E o atual governo de Israel quer terminar a guerra.

E para isso está, neste exato momento, tentando levar a cabo a "Solução final da questão palestina".

Para o atual governo de Israel, os palestinos não são humanos.

E Gaza está sendo tratada como foi o Gueto de Varsóvia.

Apesar da desproporção de forças, Israel vai fracassar, como fracassaram no passado distante e recente outras potências coloniais.

E algum dia os dirigentes de Israel terão seu "Tribunal de Nuremberg".

Quando Israel vai fracassar e a que custo vai fracassar, depende de muitas variáveis.

Uma destas variáveis é saber qual percentual da esquerda vai continuar se explicando sobre o Hamas, talvez na esperança de não ser alvo da campanha de difamação do sionismo e do longo braço do Mossad.

Sem falar daqueles que são representantes de fato do Estado de Israel.

Convenhamos: se Israel quisesse mesmo derrotar o Hamas, acabaria com a ocupação.

Mas não o fará. E por isso Israel terá que ser derrotado. 

E enquanto isso não acontece, o povo palestino tem todo o direito de lutar contra os ocupantes.

Palestina livre!

 

 

 


 


sábado, 7 de outubro de 2023

Israel e Palestina: pesos e medidas

Israel desrespeita as resoluções da ONU.

Israel ocupa a Palestina.

Israel massacra o povo palestino.

Algumas pessoas mantém silêncio de rádio.

Palestinos reagem.

As mesmas pessoas rompem o silêncio de rádio e divulgam notas condenando o terrorismo e se solidarizando com as vítimas.

Justo: ataques contra civis não combatentes devem ser condenados, sempre, venham de onde vier.

Mas as referidas pessoas podiam manter o equilíbrio e condenar todo e qualquer terrorismo, inclusive o terrorismo de Estado, cometido por uma nação que pratica uma ocupação colonial.

Mas isso conduziria, mais cedo ou mais tarde, à incômoda conclusão de que os palestinos são vítimas continuadas de crimes que lembram o nazismo.

Compreende-se a opção pelo vergonhoso silêncio de rádio, alternado com a indignação seletiva.












E a pena de morte?

Acompanho com muita atenção as postagens do companheiro Alberto Cantalice, diretor de comunicação da Fundação Perseu Abramo.

Faço o mesmo com as declarações de Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT.

Por falar em Quaquá, aqui está uma de suas mais recentes:


Acompanho com atenção as postagens de Cantalice e de Quaquá, não por concordar com suas opiniões, mas por reconhecer que ambos são os principais porta-vozes de pontos de vista muito influentes dentro de certa esquerda.

Um dos temas preferidos de Cantalice é a segurança pública.

Sua abordagem do tema costeia o alambrado policial.

Em uma de suas postagens mais recentes, Cantalice defende a prisão perpétua.



A timidez talvez o impeça de seguir adiante neste linha de raciocinio.

Mas o viés punitivista o empurra, de maneira inapelável, para as mesmas conclusões da direita.

Como mais gente pensa como Cantalice, não admira que, em vários governos encabeçados por partidos de esquerda, a segurança pública não se diferencie dos governos de direita.

Cantalice tem razão, quando insiste que a segurança pública é um tema central.

Mas se o abordarmos com o mesmo viés adotado pela direita, será a direita quem vencerá.




 

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Padilha, Nisia e Cassandra

Primeiro li uma declaração da ministra Nísia Trindade.

Segundo consta: "Ao JOTA, a ministra afirmou que a pasta não pleiteia este ano o aporte de recursos de R$ 18 bilhões – quantia que teria de ser acrescida ao orçamento caso houvesse o entendimento de aplicação imediata que vincula o piso de saúde a 15% da Receita Corrente Líquida (RCL)."

A declaração está aqui: https://www.jota.info/tributos-e-empresas/saude/nisia-defende-proposta-de-zeca-dirceu-para-o-impasse-sobre-o-minimo-da-s".aude-05102023

Considero absolutamente fantástico ver alguém, à frente de um ministério de onde golpistas & bolsonaristas tungaram, desde 2016, dezenas de bilhões de reais, abrir mão de 18 bilhões. 

Depois vi & ouvi um áudio do ministro Alexandre Padilha.

O vídeo está circulando nas redes sociais.

Transcrevo o que é dito, no vídeo, pelo Padilha: "eu fico impressionado com muita fake news, muita interpretação incorreta, sobre o piso constitucional da Saúde. Vamos começar lembrando que o piso constitucional da Saúde está na Constituição e ele foi alterado pelo famigerado teto de gastos que congelou os recursos durante vinte anos. O governo Lula acabou com o chamado teto de gastos, com a aprovação do novo marco fiscal, que aprovamos esse ano e foi sancionado agora nesse segundo semestre. Com a sanção do novo marco fiscal, volta a funcionar o chamado piso constitucional, que significa mais recurso para a saúde já esse ano. Aliás, é isso que garantiu exatamente o PLP (136/2023), que é um PL abaixo da Constituição, aprovado essa semana no Congresso nacional. Eu acho inclusive absurdo como é que alguém pode falar que muda o piso constitucional através de um PL, que tá abaixo da Constituição? Isso é negacionismo legislativo gente. Nós garantimos aquilo que era compromisso nosso, de acabar com o famigerado teto de gastos, aprovar o novo marco fiscal e com a aprovação do novo marco fiscal volta a valer o piso constitucional. O que significa neste ano ter mais recursos para a saúde, aliás o presidente Lula já colocou no começo do ano mais de 20 bi adicionais pra saúde do governo federal acima do que tava no teto de gastos com a PEC da transição e com os recursos adicionais desse ano e mais os recursos do ano que vem já no novo orçamento com piso constitucional valendo também pro ano que vem serão mais de 70 bilhões de reais adicionais além do orçamento. Ou seja, o presidente Lula já passa nesses dois anos como o presidente que mais investiu na saúde."

Considero absolutamente fantástica a frase final do vídeo, segundo a qual, em outubro de 2023, Padilha já comemora como fato totalmente realizado o que Lula, esperamos, conseguirá em dezembro de 2024, caso tudo corra como ele Padilha diz que vai ocorrer. 

Isto posto, reconheço ser muito complexa a situação do ministro e da ministra.

Que o piso constitucional voltou a valer, é um fato que ninguém nega. E que houve recomposição de recursos, em relação ao desastre anterior, também ninguém nega. 

A esse respeito, Padilha está arrombando porta aberta.

Mas também é um fato que existe um movimento no sentido de "flexibilizar" o cumprimento do piso constitucional da saúde. Movimento que tem apoiadores no ministério da Fazenda, fato demonstrado por documentos do próprio ministério.


Que a emenda de Zeca Dirceu seja parte deste movimento que visa flexibilizar o piso, uma espécie de cabeça de praia, um movimento antecipatório, é algo sobre o qual há polêmicas.

Polêmica ao menos em parte resultantes do fato que Zeca Dirceu não combinou nem avisou muita gente acerca do que faria.

Diante do referido movimento, Nisia e Padilha poderiam adotar várias posturas. 

Escolheram a clássica: culpar Cassandra.

Gostaria de acreditar que eles têm razão. Mas, infelizmente, o conjunto da obra aponta noutro sentido. Sendo assim, melhor continuar denunciando as intenções e brigando para que não se materializem.

Afinal de contas, negacionismo mesmo é acreditar que no nosso governo não há social-liberais e neoliberais à solta.






quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Textos sobre junho de 2013

SITE DO PT 2013:

https://pt.org.br/dilma-propoe-plebiscito-para-reforma-politica/

https://pt.org.br/ministro-mercadante-fala-sobre-plebiscito-para-reforma-politica/

https://pt.org.br/tse-recebe-consulta-do-governo-e-decide-convocar-reuniao-para-discutir-plebiscito/

https://pt.org.br/governo-envia-ao-congresso-nesta-terca-sugestoes-para-plebiscito-da-reforma-politica/

https://pt.org.br/em-mensagem-ao-congresso-dilma-sugere-plebiscito-para-reforma-politica/

https://pt.org.br/plenaria-nacional-de-militantes-petistas-dos-movimentos-sociais/

https://pt.org.br/juventude-do-pt-de-ceara-mirim-vai-debater-o-tema-da-reforma-politica/

https://pt.org.br/tvpt-petistas-comentam-pesquisa-que-aponta-85-da-populacao-como-favoravel-a-reforma-politica/

https://pt.org.br/rui-falcao-visita-presidente-da-oab/

https://pt.org.br/exclusivo-lula-diz-que-reforma-politica-feita-pelo-congresso-sera-capenga/


SITE DA FPA 2013

https://fpabramo.org.br/2013/06/20/nota-do-pt-sobre-o-transporte-publico/

https://fpabramo.org.br/2013/06/26/as-manifestacoes-tambem-nos-dizem-e-preciso-democratizar-a-comunicacao/

https://fpabramo.org.br/2013/06/28/reforma-politica-a-voz-das-ruas-quer-o-plebiscito/

https://fpabramo.org.br/2013/08/05/fundacoes-realizam-seminario-sobre-manifestacoes-de-junho/

https://fpabramo.org.br/2013/08/06/vitima-da-acao-policial-fotografo-organiza-abaixo-assinado-contra-o-uso-de-bala-de-borracha/


TEORIA E DEBATE:

https://teoriaedebate.org.br/colunas/%ef%bb%bfgoverno-adota-ortodoxia-e-transporte-e-estopim-de-manifestacoes/

https://teoriaedebate.org.br/colunas/as-manifestacoes-de-junho-e-a-midia/

https://teoriaedebate.org.br/2013/06/21/%ef%bb%bfo-manifesto-que-nao-veio/

https://teoriaedebate.org.br/2013/06/21/%ef%bb%bfum-certo-mal-estar/

https://teoriaedebate.org.br/2013/06/27/%ef%bb%bfpelo-otimismo-da-vontade-uma-nova-oportunidade-historica/

https://teoriaedebate.org.br/2013/07/10/%ef%bb%bfdemocracia-sem-partidos-sonho-ou-pesadelo/

https://teoriaedebate.org.br/2013/07/10/a-reinvencao-da-politica/

https://teoriaedebate.org.br/2013/08/14/as-marchas-de-junho-de-2013-1/

https://teoriaedebate.org.br/2013/08/20/tentando-decifrar-o-enigma/

https://teoriaedebate.org.br/2013/08/23/%ef%bb%bfdemocracia-e-estado-de-bem-estar-social/

https://teoriaedebate.org.br/2013/08/27/%ef%bb%bfparalelos-entre-1988-e-2013/

https://teoriaedebate.org.br/2013/09/02/o-que-ocorreu-entre-1988-e-2013/

https://teoriaedebate.org.br/2013/10/21/valter-pomar/

https://teoriaedebate.org.br/colunas/%ef%bb%bfos-reflexos-dos-protestos-de-junho-sobre-as-eleicoes-de-2014/


2014

https://fpabramo.org.br/2014/06/10/fotografo-ferido-pela-pm-em-2013-lanca-exposicao-tematica-em-sp/

https://fpabramo.org.br/2014/06/30/fpa-nota-de-conjuntura-junho-2014/ - conjuntura de jun/2014 que considera impactos de jun/2013.

https://fpabramo.org.br/2013/07/11/a-novissima-consciencia-individual-foi-as-ruas/


Textos 2023

https://fpabramo.org.br/2023/07/25/observatorio-da-democracia-realiza-mesa-de-debate-sobre-junho-de-2013/

https://pt.org.br/focus-brasil-99-dez-anos-das-jornadas/

https://fpabramo.org.br/focusbrasil/2023/06/09/o-comeco-da-guerra-contra-os-brasileiros/

https://fpabramo.org.br/focusbrasil/2023/06/09/a-jornada-do-abismo/

https://fpabramo.org.br/focusbrasil/2023/06/09/jornadas-de-junho-o-canto-da-sereia/