sábado, 11 de setembro de 2021

Roteiro da fala no DN do PT

Bom dia companheiras e companheiros.

Nós da AE e companheiro Rui apresentamos um texto, que foi enviado pela lista de zap do DN.

Nele nós apresentamos um balanço do conjunto da situação.

Nesta intervenção eu vou me concentrar em uma única questão, na expectativa de que o Rui faça uma fala mais ampla.

Eu quero me concentrar aqui no tema da data e da composição dos atos.

Nossa proposta, para simplificar, é fazer no início de outubro o ato dos gregos.

E fazer no dia 15 novembro o ato dos gregos e troianos.

O que está em jogo, na nossa opinião, não é uma questão de datas.

O que está em jogo é como garantir algo que foi muito enfatizado nas falas iniciais da Gleisi e do Vagner.

Ou seja: como garantir que os atos tratem não apenas do impeachment mas também da pauta do povo.

A única garantia que temos de enfatizar a pauta do povo é manter a autonomia da campanha Fora Bolsonaro, não a dissolvendo numa frente com setores da direita.

Ao mesmo tempo nos interessa que a direita não bolsonarista se engaje no Fora Bolsonaro.

Não é uma equação de solução fácil.

Mas uma das maneiras de resolver esta equação é realizando em outubro os nossos atos, dos "gregos", e realizando em novembro o ato conjunto de "gregos" e "troianos".

Um ato unificado – com setores da direita que agora defendem o impeachment – não vai destacar a pauta do povo, pois a direita favorável ao impeachment é cúmplice do programa neoliberal.

Neste sentido, é um erro comparar a campanha Fora Bolsonaro com a campanha Fora Collor ou com a campanha das Diretas.

A campanha pelo Fora Bolsonaro, queiramos ou não, gostemos ou não, é conduzida por duas forças diferentes: a oposição de esquerda e a oposição de direita.

Ambas são necessárias para aprovar o impeachment.

Mas ambas defendem o Fora Bolsonaro por motivos diferentes.

Nós queremos tirar Bolsonaro para interromper o programa neoliberal.

Eles querem tirar Bolsonaro para manter o programa neoliberal.

Há outro motivo pelo qual, na nossa opinião, vale a pena separar os dois atos e deixar para novembro o ato unificado.

Não será fácil organizar este ato.

Não será fácil mobilizar para este ato.

E não está claro que a direita neoliberal queira mesmo afastar Bolsonaro.


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