Primeiramente, dois convites.
Nesta quarta-feira 8 de setembro teremos
dois momentos para debater o ocorrido neste dia 7 de setembro e suas implicações.
Seguem os cards que divulgam ambas
atividades.
Antecipo algumas opiniões,
preliminares.
1/A guerra continua. Bolsonaro não está derrotado, tem capacidade de mobilização e disposição de luta. E se movimenta em vários terrenos simultaneamente, vide a "convocatória" do tal "conselho da República".
2/Erram os que minimizam a
demonstração de força do bolsonarismo. Aliás, chega a ser engraçado: ontem
havia gente recomendando que não devíamos sair de casa, hoje tem gente falando
que o cavernícola é um tigre de papel.
3/Bolsonaro não deve ser subestimado, nem como golpista, nem como adversário eleitoral. Quem cometeu este erro em 2018 não deveria reincidir nele agora, por exemplo subestimando a importância de lutar pelo seu impeachment imediato.
4/A defesa do impeachment não pode estar condicionada a cálculos eleitorais. O afastamento imediato de Bolsonaro é uma questão de "saúde" pública, em todos os terrenos: sanitário, social, econômico, político, cultural e de soberania.
5/A extrema-direita bolsonarista é uma
força política relevante, tem base social, força militar e construiu um
“discurso” que precisa ser compreendido, sob pena de fracassarmos no seu
enfrentamento, não apenas agora, mas no futuro imediato.
6/O alvo imediato de Bolsonaro é o
STF, mais exatamente o ministro Alexandre de Moraes. Mas o que está em jogo vai
além disso: Bolsonaro quer impedir que façam com ele algo parecido ao que
fizeram com Collor, abrindo assim espaço para uma terceira candidatura – da
direita gourmet – que supostamente seria capaz de derrotar Lula.
7/O que farão a direita gourmet e o
centrão? Se continuar prevalecendo a linha do “diálogo” e do “apaziguamento”,
Bolsonaro seguirá na operação “golpe em prestações”, que tem como objetivo
continuar presidente depois de 2022, custe o que custar.
8/A oposição de esquerda precisa lembrar
que 2022 não está garantido – sob nenhum aspecto - e tudo depende do que está
ocorrendo agora, em 2021.
9/Não devemos nos iludir acerca da
combatividade da direita gourmet e muito menos acerca do “centrão”: se depender
deles, quase tudo pode acontecer, inclusive nada.
10/Aliás, devemos estimular que a oposição
de direita faça seu próprio ato, convocando sua tropa com seu discurso próprio,
demonstrando qual sua força efetiva. Há diversos motivos pelos quais as vezes é
melhor marchar separados. Isto, é claro, se estiverem mesmo dispostos a
marchar...
11/Por estes e por outros motivos, é
preciso ampliar a mobilização autônoma da oposição de esquerda, por exemplo
convocando nova mobilização pelo Fora Bolsonaro para as próximas semanas. Sempre lembrando que nosso objetivo não é apenas derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, mas também queremos derrotar o neoliberalismo que a direita gourmet apoia enfaticamente.
12/Os fatos demonstraram que
foi absolutamente correto ter mantido o Grito dos Excluídos pelo Fora Bolsonaro. Claro que há gente
que acredita que “contra argumentos não há fatos”. Mas os fatos demonstraram que estavam corretos todas e todos que foram às ruas e também quem – não podendo ir às ruas – apoiou política
e moralmente os que escolheram se mobilizar.
13/Se o bolsonarismo tivesse ido
sozinho às ruas, o balanço de hoje seria muito diferente do que estamos podendo
fazer. Lutar sempre vale a pena. E não se luta apenas quando tudo está a nosso favor. Aliás, correlação de forças favorável e vitórias não caem do céu, tem que ser construídas. Felizmente, como dizia o David Capistrano, a esquerda brasileira possui uma militância de base vietnamita.
Pois bem o que se concluí é que o BOLSONARO está por baixo mas continua dando porrada. O que ele precisa é explicar com que dinheiro isso foi custeado?.
ResponderExcluirE como as instituições vão se comportar ao analisar vídeo e fotos dos atos antidemocrático.
Um presidente em pleno mandato realizando campanha eleitoral com dinheiro do contribuinte e cometendo atos antidemocraticos. Pode isso?
ResponderExcluirConcordo com a análise. Várias pessoas nas redes sociais que ontem diziam que era loucura querer ir nas manifestações e medir forças com o fascista, agora estão menosprezando a capacidade de mobilização do canalha! Acho que foi correto a esquerda ir pra rua hoje, e com certeza as divergências no nosso campo, esvaziaram nossas manifestações! Mas ainda sim foi importante
ResponderExcluirSugiro que a direção nacional convoque os presidentes de diretórios para um treinamento para que estes não fiquem esperando ações da militância que na sua maioria está acéfala.
ResponderExcluirAlguém que foi nessas manifestações pró energúmeno não havia votado nele já no primeiro turno? Foi festinha de conscritos. O rato pariu um rato.
ResponderExcluirTua avaliação do 7 de Set. Bolsonarsta, "em cima dos acontecimentos" merece ser compartilhada por ser uma crítica lúcida, substantiva e não adejetivada.
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