Primeiro Maia foi visitar Temer.
Explicitando
que o “bloco do Maia” é com golpistas.
Depois Maia informou
quem é seu candidato à presidência da Câmara.
Reafirmando quem
manda no tal bloco.
Os partidos
de oposição (PT, PSB, PDT e PCdoB) “reagiram” informando terem sido “comunicados
que o Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), num gesto de desprendimento, abriu
mão de sua pré-candidatura em favor do Deputado Baleia Rossi (MDB/SP)”.
Gesto de
desprendimento!!
Ainda
segundo a nota da oposição, “o Presidente Rodrigo Maia solicitou
aos nossos partidos uma reunião com o Deputado Baleia Rossi para 2ª-feira, 14h,
para que ele possa nos apresentar as propostas e compromissos de procedimentos
que nortearão sua candidatura à presidência da Casa”.
Propostas e
compromissos!!
Seja como for, se
Maia não fizer outra das suas e se a oposição não preservar nem mesmo as
aparências, teremos até segunda-feira para saber se a oposição também é capaz
de “desprendimento” e, portanto, se vai apoiar Baleia, um cidadão que além de
golpista, tem o hábito de votar frequentemente a favor das medidas propostas
pelo governo Bolsonaro.
Existe alternativa?
Existe:
lançar um nome do PT para disputar o primeiro turno da eleição da presidência
da Câmara.
Se não fizer isto, a bancada do PT revelará que não aprendeu absolutamente nada a respeito do que significam Maia, o DEM,
o MDB e Temer.
Para ser consequente,conclusivo, o seu texto necessitava destas últimas linhas, após o ultimo parágrafo: "No segundo turno, o PT deveria votar nulo,pois tanto faz, Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro são rigorosamente iguais". Porque, senão for essa a conclusão, o PT teria que fazer, "com muito desprendimento", a distinção entre Rodrigo Maia e Bolsonaro no segundo turno, depois de ter afirmado que eles eram iguais no primeiro turno. Teria, portanto,no primeiro turno, jogado apenas para a galera, para ficar bem na foto diante dos militantes e simpatizantes, travando uma disputa politica paralela, fora da Câmara dos Deputados, entre as correntes de esquerda, rebaixando sua análise ao nível do homem comum de esquerda (que,todos dias, revoltado, afirma nas redes sociais que Bolsonaro e Rodrigo Maia são iguais), para, no segundo turno, negar essa afirmação, recomendando o voto em um dos "iguais" entre si, sendo obrigado a diferenciá-los com o argumento de que um deles representaria a vitória de Bolsonaro, das milícias de Rio das Pedras, do fascismo e outro, não.E tudo isso terá tido na sociedade em geral, entre os trabalhadores e o povo, praticamente a mesma repercussão política que tem a eleição para o DCE da PUC do Rio de Janeiro.
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ExcluirVotar nulo não, retirar-se da sessão.
ResponderExcluirDesta vez, ñ dá p concordar
ResponderExcluirÑ se trata de apoiar o “maísmo” - q é nefasto! - mas de derrotar o Bozo.
Recomendo ler a análise de José Dirceu.
ResponderExcluirParticipar marcando uma posição. Ocupar espaço na Mesa Diretora, não pelo cargo em si, mas pela possibilidade de influir nas decisões da Casa. Lembrar que isso já foi feito na época das Diretas e do Impeachment de Collor e nem por isso o PT deixou de ser o PT das lutas dos trabalhadores.
Leiam José Dirceu.
Pois é.
ExcluirLeiam o texto do Gustavo Conde no DCM que traz um ponto de vista bem fundamentado sobre as consequências do apoio da esquerda e particularmente do PT ao bloco dos golpistas democráticos.
ResponderExcluirTudo na articulação da eleição do presidente da Câmara foi colocado de cabeça para baixo. Primeiro anunciam apoiar o bloco do Maia, depois apresentam 10 pontos prioritários para defender no parlamento. A esquerda capitaneada pelo PCdoB, PSB e PDT inverteu a discussão e se colocou numa posição sem saída. E os parlamentares do PT que compraram a narrativa das elites sobre as eleições 2020, tendo a coragem de ser covarde, aceitaram a chantagem dos aliados. E embarcaram faceiros no barco dos neoliberais se escondendo atrás do discurso de ser anti bolsonaro. Parece que toda a experiência passada não serviu para nada. Como sair dessa situação? Dependendo da reunião com o Rossi na segunda, o partido deve se retirar do blocão. E construir junto com o PSOL o lançamento de uma candidatura de oposição, que pode ser de algum deputado insatisfeito dos partidos do blocão. E não vamos esquecer o PT perdeu espaço na mesa em decorrência das manobras dos "aliados" que formaram o bloco da minoria excluindo o partido de comissões importantes e da mesa.