quinta-feira, 11 de abril de 2024

Aventuras do PT na China (parte 3)

delegação do PT visitou a Escola Central do Partido Comunista.




Esta Escola foi criada em 1933, para formar os quadros do Partido.

Também existia, até 2018, um instituto responsável por formar os quadros 
do governo.

Desde 2018, a Escola passou a centralizar as duas atribuições: formar 
quadros do partido e do governo.

Em 2023, a Escola deu aula presencial para 50 mil alunos.

Também em 2023, a Escola deu aula online para 1.030.000 alunos.

Vale dizer que o PCCh tem 98 milhões de integrantes. A China tem 
1.410.000.000 habitantes. Portanto, mais ou menos 1 militante para cada 
14 habitantes.

(Para efeito de comparação, digamos que o PT tenha cerca de 2 milhões de 
filiados, numa população de 213 milhões. Portanto, mais ou menos 1 
filiado para cada 106 habitantes. Se consideramos apenas os dirigentes 
de instâncias, devem ser mais ou menos 100 mil, o que daria menos de 1 
militante para cada 2 mil habitantes)

Voltando à China: todo militante do PCCh tem a obrigação de - a cada 5 
anos - passar 2 meses na Escola, estudando.

Toda a atual direção nacional do PCCh passou pela Escola.

Mao Zedong e Xi Jinping foram reitores da Escola.

Aliás, em algum momento a mãe de Xi Jinping trabalhou na Escola.

O atual reitor é membro do Comitê Central do PCCh e trabalha na Escola 
há 36 anos.

Trabalham na Escola 400 professores em tempo integral.

Além de formação, a Escola tem a missão de fazer pesquisa teórica e 
funcionar como "tanque de pensamento" para a direção do Partido.

O reitor da Escola (chamado, segundo ele nos disse com satisfação, de 
"professor" por inúmeros integrantes da direção do Partido) aproveitou a 
visita da delegação do PT e deu uma aula, sintetizando diversos temas 
abordados na resolução do Congresso feito pelo PCCh em 2022.

As referidas resoluções podem ser lidas aqui: 
https://portuguese.xinhuanet.com/20221022/3dac9816b8b04d04ae1410ba5e32e51e/c.html

Ao final da visita, ficou combinado que se tentará:

1/levar ao Brasil professores da Escola, ainda este ano de 2024, para 
falar da história e funcionamento do PCCh, da experiência de governo e 
especialmente de planificação quinquenal da República Popular da China, 
assim como do projeto Cinturão e Rota;

2/enviar à China, em 2025, um grupo de alunos brasileiros, para estudar 
na Escola Central.

Por fim, mas não menos importante: a Escola ocupa um grande terreno, com 
várias edificações, inclusive alojamentos para muitas centenas de alunos 
e alunas, inclusive de fora da China.

Na continuidade, trataremos de outros aspectos da visita.

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