O que segue é ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Um cara dá seguidas declarações públicas que desgastam o Partido.
Nada acontece com ele.
Um segundo cara passa anos servindo aos inimigos.
Este segundo cara é refiliado, sem prestar contas do que fez. Em sua defesa, é dito que “o partido não tem o hábito de pedir autocrítica de ninguém!”
Pano rápido.
Um terceiro cara é acusado de ter cometido um crime que ele não cometeu.
Pedem que ele peça desculpas.
A pressão pela “autocrítica” não tem êxito, mas contribui para enfraquecer a defesa.
O mesmo filme está se repetindo agora. Com direito a ligações, pressões e até “chantagem”.
Por quais motivos se adotam diferentes pesos e medidas??
Por um lado, resulta da influência da “teoria” segundo a qual o ataque não seria a melhor defesa.
Também contribuem para a reprise os interesses menores, os amigos errados e os “especialistas” em marketing, que sempre aparecem nessas horas.
Além disso tem uma tara antiga, segundo a qual - dependendo do teu gênero, idade e etnia - você é culpada, mesmo sem culpa.
Portanto, deve pedir desculpas por existir.
Sabedora disto, a direita escolhe seus alvos especialmente entre aqueles cuja carne Elza Soares cantou.
Noves fora tudo isso, sempre lembrando que este texto é mera ficção, o bom senso manda cerrar fileiras na defesa da acusada da hora. Entre outros motivos porque não se ganha uma guerra fazendo aquilo que os inimigos querem que façamos.
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