quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Ainda sobre as cores

Não vou falar o nome dos santos, só citar os milagres propostos!


Um disse que tem muito vermelho nas ruas, o que seria ruim, porque a vitória de Lula não será da esquerda!

O outro disse que devemos deixar para vestir vermelho na hora de comemorar a vitória, pois essa vitória será da esquerda, mas se explicitarmos isso, seremos derrotados.

O que nenhum deles explicou, ao menos que eu saiba, é como pretendem fazer para “reduzir o vermelho das ruas”.

Normal.

Quem sempre teve a fórmula certa para “tirar o vermelho das ruas” é a direita.

Agora, será mesmo verdade que tem muito vermelho nas ruas?

Foi isso o que vimos no primeiro turno?

É isso o que vemos no dia a dia?

A rigor, se nós atermos aos fatos, não aos medos, o que podemos dizer é que só nos últimos dias começou a crescer expressivamente o número de pessoas usando vermelho para sinalizar seu apoio ao Lula.

E mesmo assim, quem olhar para as manifestações, verá que as manifestações pró-Lula têm todas as cores. Se o vermelho predomina, é por uma razão simples: a maioria das pessoas que vai às ruas defender Lula usa muito vermelho porque é de esquerda. 

As alternativas para resolver este “problema” seriam:

1/dizer para a esquerda não ir às ruas; 

2/fantasiar de outra cor o povo de esquerda que vai às ruas; 

3/que outras pessoas, que preferem usar outras cores, compareçam em maior número às ruas.

A primeira alternativa entregaria as ruas para a turma do cavernícola.

A segunda alternativa, além de inexequível, só abriria espaço para o inimigo nos acusar de estar fantasiando o lobo de cordeiro.

A terceira é sem dúvida a melhor solução. 

O problema, como todos sabem, é que a falta de mobilização de alguns setores tem causas que não são cromáticas.

Que algumas pessoas não percebam isso pode gerar uma baita confusão.

Confusão que não existe do outro lado, como sabem os trabalhadores que estão sendo ameaçados pelos seus patrões.

Os patrões sabem identificar os “vermelhos”, não importa a cor da roupa.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito bom. Eles, forçadamente, se juntam a nós e querem nos ensinar. Não conseguiram bons resultados, mas se sentem no direito de ditar noas para quem não se juntou a eles

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