terça-feira, 16 de setembro de 2014

Safatle em fase Bee Gees

Pena Pena
Curioso este texto do Safatle: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2014/09/1516545-esquerda-sazonal.shtml

Efetivamente, na democracia eleitoral burguesa muitas eleições são temporada de cerejas vermelhas.

Isso acontece especialmente naqueles países onde há mais títulos eleitorais do que carteiras de trabalho.

Efetivamente, há setores que radicalizam o discurso apenas quando estão sob pressão, sob ameaça.

Nos demais 44 meses do ano, a direita tem licença para matar, para mentir, para caluniar. 

Efetivamente, uma das dificuldades de Marina está em tentar embalar "os sonhos das manifestações de junho vestindo o figurino de uma Margaret Thatcher da Floresta".

Pode ser que ela leia esta crítica e siga o conselho.

Mas o que efetivamente chama minha atenção neste texto do Safatle não é o humor, nem a lembrança dos Bee Gees (https://www.youtube.com/watch?v=ihhHQEpPrAI).

O que chama minha atenção é o perfume. 

Um perfume parecido ao que sinto nos textos da Dora Kramer e da Miriam Leitão, quando leio neles a acusação de que o PT está mentindo e enganando parcelas desinformadas do povo.

Afinal, como não perceber que a estação das cerejas vermelhas vai só até 27 de outubro?

Afinal, como não perceber que, a partir daí, as árvores governistas voltarão a dar os cinzentos "frutos amargos da austeridade"?

Ou será que isto é licença poética de Safatle?

Ou será que as tais "árvores governistas" são muitas, os frutos são muitos e nem tudo é cinza nos quatro anos que separam uma eleição da outra?

Neste caso, a situação política e eleitoral não tem nada de "cômica". 

Há um combate sendo travado, que vai afetar os níveis de bem estar, democracia e soberania existentes no Brasil, com impactos regionais e mundiais.

Neste combate, numa final contra a turma da Margareth Thatcher da Floresta, espero que Safatle apoie a turma das cerejas vermelhas.




































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