Pena Pena
Curioso este texto do Safatle: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2014/09/1516545-esquerda-sazonal.shtmlEfetivamente, na democracia eleitoral burguesa muitas eleições são temporada de cerejas vermelhas.
Isso acontece especialmente naqueles países onde há mais títulos eleitorais do que carteiras de trabalho.
Efetivamente, há setores que radicalizam o discurso apenas quando estão sob pressão, sob ameaça.
Nos demais 44 meses do ano, a direita tem licença para matar, para mentir, para caluniar.
Efetivamente, uma das dificuldades de Marina está em tentar embalar "os sonhos das manifestações de junho vestindo o figurino de uma Margaret Thatcher da Floresta".
Pode ser que ela leia esta crítica e siga o conselho.
Mas o que efetivamente chama minha atenção neste texto do Safatle não é o humor, nem a lembrança dos Bee Gees (https://www.youtube.com/watch?v=ihhHQEpPrAI).
O que chama minha atenção é o perfume.
Um perfume parecido ao que sinto nos textos da Dora Kramer e da Miriam Leitão, quando leio neles a acusação de que o PT está mentindo e enganando parcelas desinformadas do povo.
Afinal, como não perceber que a estação das cerejas vermelhas vai só até 27 de outubro?
Afinal, como não perceber que, a partir daí, as árvores governistas voltarão a dar os cinzentos "frutos amargos da austeridade"?
Ou será que isto é licença poética de Safatle?
Ou será que as tais "árvores governistas" são muitas, os frutos são muitos e nem tudo é cinza nos quatro anos que separam uma eleição da outra?
Neste caso, a situação política e eleitoral não tem nada de "cômica".
Há um combate sendo travado, que vai afetar os níveis de bem estar, democracia e soberania existentes no Brasil, com impactos regionais e mundiais.
Neste combate, numa final contra a turma da Margareth Thatcher da Floresta, espero que Safatle apoie a turma das cerejas vermelhas.
Ai é querer demais do inimigo!...
ResponderExcluirEu sinto nos seus textos é um fedor de governismo infantil.
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