Exceto se ocorrer algum "fato extraordinário" --que reduza os demais votos válidos a um número menor do que a diferença entre Dilma e Marina-- a eleição presidencial será resolvida no segundo turno.
Portanto, temos pela frente cerca de 45 dias de campanha. Com pelo menos uma diferença importante: no segundo turno, o horário eleitoral gratuito será igual para ambas candidaturas.
Disto decorre o seguinte: até 5 de outubro, é preciso ampliar ao máximo a vantagem de Dilma. E o caminho para fazer isto é, em todos os terrenos, aquele que vem sendo adotado, nos últimos dias, por nossos programas de TV e rádio: politizar e polarizar.
Os resultados positivos disto já estão aparecendo, não apenas no ânimo da militância e nas pesquisas, mas também na reação irada de algumas penas de aluguel. Exemplo disto está no artigo "Desconstruindo Marina", escrito por Fernando Rodrigues e publicado na Folha de S. Paulo de 10 de setembro.
Rodrigues protesta especialmente contra um comercial de 30 segundos da campanha Dilma, onde se diz que Marina defende "entregar o comando do Banco Central aos banqueiros".
Sua crítica vai contra a presidenta Dilma, que segundo ele "parece não se importar" em vestir um figurino de "esquerda de museu".
Transcrevo as palavras do senhor Rodrigues: a propaganda petista lembra o maniqueísmo das passeatas dos anos 70 e 80, quando tudo era "culpa do FMI". Agora, o reducionismo dilmista sugere que é tudo culpa dos bancos.
Não é gozado?
Estamos em setembro de 2014. O mundo ainda está sentindo os efeitos de uma crise cujo epicentro está no sistema financeiro. E este cidadão, supostamente dedicado a informar bem as pessoas, considera que criticar uma proposta que dá mais poderes aos banqueiros seria "maniqueísmo" e "reducionismo".
O que se pode dizer disto é o seguinte: ou este cidadão Fernando Rodrigues não entende o que está acontecendo no capitalismo mundial, não acompanhou nem mesmo o noticiário publicado desde 2008 até hoje; ou está devidamente informado, mas por razões políticas e ideológicas, prefere omitir e mentir.
Mas os fatos são cabeçudos e é exatamente por isto que tem eficácia eleitoral mostrar a relação entre a proposta de Marina (independência do Banco Central) e os efeitos que isto teria na vida do povo (menos emprego, menos salário, menos políticas sociais, desenvolvimento, menos soberania, menos democracia).
Fernando Rodrigues acha que fazer isto, contar a verdade para o povo, é "exagero", "cinismo" e "marketing eleitoral". Segundo ele, não são "peças para explicar como seria um segundo governo dilmista. A missão é apenas ganhar a disputa".
Óbvio: para que haja um segundo mandato Dilma, precisamos "ganhar a disputa" contra Marina, Aécio, a direita, o grande capital e o oligopólio da mídia.
E para que tenhamos um segundo mandato melhor do que o primeiro, superior ao primeiro, à esquerda do primeiro, um bom começo é ganhar a disputa eleitoral pela esquerda. Como fizemos no segundo turno de 2006.
Claro que nada disto agrada aos Rodrigues da vida, pois para eles tudo se "reduz" a derrotar o PT. Não importa que para isto tenham que mentir & omitir: noblesse oblige!
Portanto, temos pela frente cerca de 45 dias de campanha. Com pelo menos uma diferença importante: no segundo turno, o horário eleitoral gratuito será igual para ambas candidaturas.
Disto decorre o seguinte: até 5 de outubro, é preciso ampliar ao máximo a vantagem de Dilma. E o caminho para fazer isto é, em todos os terrenos, aquele que vem sendo adotado, nos últimos dias, por nossos programas de TV e rádio: politizar e polarizar.
Os resultados positivos disto já estão aparecendo, não apenas no ânimo da militância e nas pesquisas, mas também na reação irada de algumas penas de aluguel. Exemplo disto está no artigo "Desconstruindo Marina", escrito por Fernando Rodrigues e publicado na Folha de S. Paulo de 10 de setembro.
Rodrigues protesta especialmente contra um comercial de 30 segundos da campanha Dilma, onde se diz que Marina defende "entregar o comando do Banco Central aos banqueiros".
Sua crítica vai contra a presidenta Dilma, que segundo ele "parece não se importar" em vestir um figurino de "esquerda de museu".
Transcrevo as palavras do senhor Rodrigues: a propaganda petista lembra o maniqueísmo das passeatas dos anos 70 e 80, quando tudo era "culpa do FMI". Agora, o reducionismo dilmista sugere que é tudo culpa dos bancos.
Não é gozado?
Estamos em setembro de 2014. O mundo ainda está sentindo os efeitos de uma crise cujo epicentro está no sistema financeiro. E este cidadão, supostamente dedicado a informar bem as pessoas, considera que criticar uma proposta que dá mais poderes aos banqueiros seria "maniqueísmo" e "reducionismo".
O que se pode dizer disto é o seguinte: ou este cidadão Fernando Rodrigues não entende o que está acontecendo no capitalismo mundial, não acompanhou nem mesmo o noticiário publicado desde 2008 até hoje; ou está devidamente informado, mas por razões políticas e ideológicas, prefere omitir e mentir.
Mas os fatos são cabeçudos e é exatamente por isto que tem eficácia eleitoral mostrar a relação entre a proposta de Marina (independência do Banco Central) e os efeitos que isto teria na vida do povo (menos emprego, menos salário, menos políticas sociais, desenvolvimento, menos soberania, menos democracia).
Fernando Rodrigues acha que fazer isto, contar a verdade para o povo, é "exagero", "cinismo" e "marketing eleitoral". Segundo ele, não são "peças para explicar como seria um segundo governo dilmista. A missão é apenas ganhar a disputa".
Óbvio: para que haja um segundo mandato Dilma, precisamos "ganhar a disputa" contra Marina, Aécio, a direita, o grande capital e o oligopólio da mídia.
E para que tenhamos um segundo mandato melhor do que o primeiro, superior ao primeiro, à esquerda do primeiro, um bom começo é ganhar a disputa eleitoral pela esquerda. Como fizemos no segundo turno de 2006.
Claro que nada disto agrada aos Rodrigues da vida, pois para eles tudo se "reduz" a derrotar o PT. Não importa que para isto tenham que mentir & omitir: noblesse oblige!
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