quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Federação ou coligação?

 A comissão executiva nacional do PT debateu, nesta segunda-feira 22 de novembro, o tema “federação”.

A proposta, segundo foi dito na CEN, veio do PSB.

Há posições diferentes dentro da executiva e também dentro do Partido.

Há os entusiastas.

Mas o entusiasmo não é pelos mesmos motivos.

Alguns sonham com uma federação que seria o embrião de uma frente de esquerda.

Outros sonham com uma federação seria a materialização da frente ampla.

E há os que se posicionam contra fazer uma federação neste momento.

Entre os contrários, há defensores da frente de esquerda e defensores da frente ampla.

Nenhum dos contrários é contra por razões de princípio.

Mas há quem lembre que...

... as regras estão para ser definidas...

... federação não é coligação, é contrato para quatro anos...

... pressupõe programa, política e direção comuns...

... os prazos são apertados...

... e uma decisão deste tipo não pode ser tomada no afogadilho, sem amplo debate nacional.

... as posições do PSB não são homogêneas, nem entre eles, nem conosco, muito antes pelo contrário...

...estado a estado, cidade a cidade, as coisas se complicam muito mais...

...e do ponto de vista prático, pensando em 2022, o resultado da federação tende a ser o mesmo de uma coligação. Os que entendem dessas contas, dizem que podemos esquecer daquele objetivo de ampliar significativamente a bancada do PT na Câmara dos Deputados.

No debate, pelo menos até agora, os defensores da federação estão devendo uma resposta à altura, seja as ponderações pragmáticas, seja as ponderações programáticas e estratégicas.


ps.neste domingo 28 de novembro a direção nacional da AE vai debater o assunto e adotar uma resolução. A preços de hoje, caminhamos para tomar uma posição contrária a proposta do PSB. Pois é bom lembrar que é disto que se trata: não um debate abstrato, em tese.

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