quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Roteiro palestra CEPPAC UnB

11/9/2013

Tema: "As esquerdas e a integração latinoamericana"

Porque falamos de esquerdas.

Porque falar de integração latino-americana hoje.

O contexto atual: deslocamento geopolítico, declínio dos EUA, crise internacional, instabilidade, formação de blocos.

Dois blocos em disputa nas Américas: Alca x Celac.

Projeto Alca: entre 1995 e 2005. Sobrevive hoje nos TLCs e no Arco do Pacífico, parte na verdade do Transpacífico.

Projeto Celac: entre 1998 e 2008. Materializado no giro dado ao Mercosul, na Alba, na Unasul, na Celac.

O vigor do projeto Celac deriva do giro que houve na correlação de forças na América Latina, especialmente na América do Sul, a partir da eleição de Chavez e Lula.

Ofensiva da esquerda, contraofensiva da direita, equilíbrio atual.

O equilíbrio pode ser rompido no ciclo eleitoral entre 2013 e 2014 (Chile-Bolívia).

O equilíbrio favorece o status quo. O tema da integração precisa dar um salto em três terrenos: cultura, política, economia.

Economia: integração da infraestrutura. Ciclo de desenvolvimento baseado no Estado, bens públicos, mercado regional.

Política: mecanismos de planejamento regional e parlamento regional.

Cultura: a necessidade um pensamento de massas latino-americanista.

As esquerdas frente a isto: diferenças táticas, estratégicas e doutrinarias.

Ponto em comum: integração.

O projeto de integração autônomo não é, em si, socialista. Mas a integração é uma condição fundamental para o sucesso econômico e político de uma transição socialista.

A integração permite limitar as ações que o imperialismo e as classes dominantes de cada país promovem, de maneira permanente, contra a esquerda latino-americana.

A integração, por outro lado, cria a “economia de escala” e a “sinergia” indispensáveis para superar as limitações materiais, produtivas, econômicas, que dificultam a transição socialista em cada país da região.

Por outro lado, diferenças sobre ritmos etc.

Influência de paradigmas oriundos do idealismo religioso, seja na versão cristã, seja na versão “pachamamica”. 

Influência do movimentismo.

Influência do paradigma revolucionário Cuba 1953-1959.

Fortíssima influência do nacional-desenvolvimentismo (base para defesa de “alianças estratégicas” com setores da burguesia).

Influência do socialismo de Estado (fonte de muitas das dificuldades para entender o papel do mercado na transição socialista).

A formação de uma cultura socialista de massas, bem como a construção de um programa e de uma estratégia adequados ao período histórico que vivemos, exigirá superar (no sentido dialético do termo, o que implica também em preservar num patamar distinto) estas influências.

Nesta tarefa de superação, será muito útil estudar duas experiências históricas e o debate travado a partir delas: o cercano Chile da Unidade Popular (1970-1973) e a lejana China das reformas (1978-2013).










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