Hoje, dia 5 de março, a imprensa está divulgando que o ex-presidente Lula não vai comparecer ao ato do dia 13 de março.
Nem sempre a imprensa fala a verdade.
Mas pelo menos hoje, dia 5 de março, parece que está falando a verdade.
"Ontem", digamos dia 4 de março, não seria verdade.
Mas "anteontem", digamos dia 3 de março, seria verdade.
Para quem perdeu o fio da meada: "anteontem", a linha defendida por Lula era (ou parecia ser) a de adiar o ato.
"Ontem", a linha defendida por Lula era (ou parecia ser) a de comparecer ao ato.
Hoje, a linha defendida por Lula é (ou parece ser) a de não comparecer ao ato.
E amanhã?
E depois de amanhã?
Seja lá qual for, este zig-zag não ajuda nem um pouco.
Mas qual o motivo do zig-zag?
Qual seria o motivo para a (suposta) ausência de Lula no ato do dia 13 de março?
Ao que parece, seriam as Medidas Provisórias.
Aquelas Medidas que na reunião do Diretório Nacional do PT, dia 6 de fevereiro, Lula teria criticado.
Aquelas Medidas que no ato de comemoração dos 35 anos do PT, também no dia 6 de fevereiro, Lula apoiou (envergonhadamente, é bom que se diga).
Aquelas mesmas Medidas que o Diretório Nacional do PT, em sua resolução de 6 de fevereiro, criticou.
Aquelas mesmíssimas Medidas que a Comissão Executiva Nacional do PT, em sua reunião de 26 de fevereiro, apoiou (também envergonhadamente, é bom que se diga).
Realmente, o ato do dia 13 de março é contra as Medidas Provisórias. Por isto, não é um ato "a favor" do governo.
Mas tampouco é um ato "contra" o governo. O ato do dia 13 de março é essencialmente um ato em defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Dois dias depois, no dia 15 de março, haverá um ato contra o governo. E também contra os interesses da classe trabalhadora.
A existência do ato anti-popular no dia 15 de março é um motivo a mais para fortalecermos o ato do dia 13 de março.
Por isto, continua sendo importante a presença de Lula. Por isto, devemos insistir para que ele compareça.
Claro, alguém pode raciocinar assim: "preservemos Lula. Se o ato do dia 13 de março for pequeno e o ato do dia 15 de março for maior, convocaremos novos atos. E Lula ajudará a mobilizar".
Pode ser.
Mas dada a conjuntura, é mais prudente raciocinar assim: estamos num momento de imensa gravidade. Nossos inimigos estão atacando por todos os lados. Parte de nós e de nossos amigos está desanimada e desorientada. Afinal, ganhamos as eleições mas sob vários aspectos agimos como se tivéssemos perdido. Numa hora como essas, é preciso traçar uma linha no chão e dizer: acabou o recuo, é hora de parar. Parar de recuar, agrupar, resistir e contra-atacar.
Dia 13 de março converteu-se nisto: na hora de parar.
Hora de parar de recuar.
(E, quem sabe, no final das contas a imprensa pode estar errada.)
Nem sempre a imprensa fala a verdade.
Mas pelo menos hoje, dia 5 de março, parece que está falando a verdade.
"Ontem", digamos dia 4 de março, não seria verdade.
Mas "anteontem", digamos dia 3 de março, seria verdade.
Para quem perdeu o fio da meada: "anteontem", a linha defendida por Lula era (ou parecia ser) a de adiar o ato.
"Ontem", a linha defendida por Lula era (ou parecia ser) a de comparecer ao ato.
Hoje, a linha defendida por Lula é (ou parece ser) a de não comparecer ao ato.
E amanhã?
E depois de amanhã?
Seja lá qual for, este zig-zag não ajuda nem um pouco.
Mas qual o motivo do zig-zag?
Qual seria o motivo para a (suposta) ausência de Lula no ato do dia 13 de março?
Ao que parece, seriam as Medidas Provisórias.
Aquelas Medidas que na reunião do Diretório Nacional do PT, dia 6 de fevereiro, Lula teria criticado.
Aquelas Medidas que no ato de comemoração dos 35 anos do PT, também no dia 6 de fevereiro, Lula apoiou (envergonhadamente, é bom que se diga).
Aquelas mesmas Medidas que o Diretório Nacional do PT, em sua resolução de 6 de fevereiro, criticou.
Aquelas mesmíssimas Medidas que a Comissão Executiva Nacional do PT, em sua reunião de 26 de fevereiro, apoiou (também envergonhadamente, é bom que se diga).
Realmente, o ato do dia 13 de março é contra as Medidas Provisórias. Por isto, não é um ato "a favor" do governo.
Mas tampouco é um ato "contra" o governo. O ato do dia 13 de março é essencialmente um ato em defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Dois dias depois, no dia 15 de março, haverá um ato contra o governo. E também contra os interesses da classe trabalhadora.
A existência do ato anti-popular no dia 15 de março é um motivo a mais para fortalecermos o ato do dia 13 de março.
Por isto, continua sendo importante a presença de Lula. Por isto, devemos insistir para que ele compareça.
Claro, alguém pode raciocinar assim: "preservemos Lula. Se o ato do dia 13 de março for pequeno e o ato do dia 15 de março for maior, convocaremos novos atos. E Lula ajudará a mobilizar".
Pode ser.
Mas dada a conjuntura, é mais prudente raciocinar assim: estamos num momento de imensa gravidade. Nossos inimigos estão atacando por todos os lados. Parte de nós e de nossos amigos está desanimada e desorientada. Afinal, ganhamos as eleições mas sob vários aspectos agimos como se tivéssemos perdido. Numa hora como essas, é preciso traçar uma linha no chão e dizer: acabou o recuo, é hora de parar. Parar de recuar, agrupar, resistir e contra-atacar.
Dia 13 de março converteu-se nisto: na hora de parar.
Hora de parar de recuar.
(E, quem sabe, no final das contas a imprensa pode estar errada.)
muito bem, Valter, é isto aí. Contra-atacar, foi isto que aprendi durante meus 52 anos de luta indigena, uma causa que nos anos 60 e 70 todos consideravam uma "causa perdida". E hoje os índios estão aí cada vez mais firmes e fortes, demonstrando que o socialismo radical é possivel neste país.
ResponderExcluirmuito bem, Valter, é isto aí. Contra-atacar, foi isto que aprendi durante meus 52 anos de luta indigena, uma causa que nos anos 60 e 70 todos consideravam uma "causa perdida". E hoje os índios estão aí cada vez mais firmes e fortes, demonstrando que o socialismo radical é possivel neste país.
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