Texto divulgado em 29 de julho de 2005.
Ao tornar-se candidato do auto-intitulado "Campo majoritário", Tarso Genro torna-se advogado político e dependente eleitoral do mesmo grupo que tantos problemas trouxe ao nosso Partido.
Ao aceitar o "convite" feito pelo auto-intitulado "campo majoritário" e tornar-se candidato à presidência nacional do PT, o ainda ministro Tarso Genro tomou uma decisão profundamente negativa para o Partido dos Trabalhadores.
Num momento tão delicado da vida partidária, em que um ex-presidente foi demitido do ministério e outro ex-presidente renunciou ao cargo, esperava-se do ainda ministro Tarso Genro que assumisse a condição de magistrado do processo de eleição da direção partidária (PED).
Ao tornar-se candidato, Tarso Genro perde a condição de magistrado, a quem caberia conduzir com imparcialidade o PED.
Agora, sua meta é dar posse a si mesmo como futuro presidente do Partido.
Ao tornar-se candidato do auto-intitulado "Campo majoritário", Tarso Genro torna-se advogado político e dependente eleitoral do mesmo grupo que tantos problemas trouxe ao nosso Partido.
Apesar de péssima para o Partido, a decisão de Tarso Genro é um desdobramento lógico de sua convicções e de sua trajetória recente no Partido.
Afinal, o ainda Ministro e agora candidato é ideológica, programática e politicamente um legítimo representante das posições do auto-intitulado "campo majoritário".
Sua identidade com o "campo majoritário", infelizmente, inclui uma desnecessária e cada vez mais insustentável arrogância com as demais tendências do Partido, como ficou evidente nas suas declarações iniciais como candidato, em que se arvora o direito de emitir "conselhos" aos seus oponentes.
Esperamos sinceramente que o primeiro ato do ainda ministro, presidente interino e agora candidato não seja anunciar o adiamento do processo de eleição da direção partidária.
Feito este registro, com a clareza e a dureza necessárias, damos boas vindas ao novo candidato, que terá a difícil missão de defender - no plano das idéias e dos votos - as posições de um grupo que está colocando em risco a sobrevivência do Partido dos Trabalhadores.
De nossa parte, seguiremos trabalhando para que - no dia 18 de setembro e no dia 2 de outubro - se constitua a única "nova maioria" capaz de tirar o PT da crise atual: uma nova maioria comprometida com um partido militante e com democracia interna, defensor do socialismo e de uma política econômica democrática e popular, capaz de reatar nossos laços com os partidos de esquerda e com os movimentos sociais.
Uma nova maioria orientada por estas idéias, em que nenhuma tendência terá sozinha o poder de decidir os rumos do Partido, é essencial para defender o PT, concluir com êxito este primeiro mandato presidencial, construir as condições para uma vitória nas eleições de 2006, realizar um segundo mandato presidencial superior ao atual e manter nosso Partido como o principal partido dos que lutam por soberania nacional, por reformas democráticas e populares e pelo socialismo no Brasil.
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