O mundo não anda nada engraçado.
Mas a diplomacia tem seus momentos graciosos.
Que ficam ainda melhores quando a imprensa os divulga.
Por exemplo: a matéria em que o Brasil de Fato registra a presença do companheiro Celso Amorim num evento oficialmente denominado como "80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista" tem o seguinte título: É contra o fascismo", e não sobre o Japão, diz Celso Amorim ao participar de desfile militar na China.
Certamente não é "sobre" o Japão, mas também contra a agressão japonesa iniciada no início da década de 1930, anos antes dos conflitos na Europa. Lembrando que, nos dias que correm, o militarismo japonês está sendo novamente estimulado.
Outro exemplo: José Múcio, ministro supostamente da Defesa, teria dito que a "situação" envolvendo Estados Unidos e Venezuela seria como "briga de vizinho. Eu não quero que mexam no meu muro, não quero que tirem a fiação da frente da casa, que não mexam na minha casa. Torcemos para que passe”.
Da comparação conclui que Múcio seria tão bom vizinho como é ministro. Cabendo recordar que a Venezuela pode ser chamada de "vizinha". Os Estados Unidos, não.
Um terceiro exemplo momentoso foi uma recente declaração de Lula, também sobre a Venezuela. Perguntado se vai ficar do lado dos Estados Unidos ou da Venezuela, Lula diz que o Brasil vai ficar do lado da paz.
A declaração está aqui: https://youtu.be/I03swXn8qeA
De fato, queremos a paz. E com um ministro como Múcio e forças armadas como as nossas, talvez seja mesmo o mais prudente. Mas quanto custaria lembrar que são os Estados Unidos que fazem ameaças, acompanhadas de recente deslocamento de tropas em direção à Venezuela?
Aliás, por falar em ameaças, a imprensa divulgou que Trump estaria chamando o governo Lula de "esquerda radical" e ameaçando negar ou restringir vistos para a delegação brasileira que vai à Assembleia Geral da ONU.
Como se vê, quando um não quer, dois não brigam, exceto se o outro for da turma MAGA.
Por fim e para não dizer que não falamos de dores: a Veja é uma publicação mentirosa, como todos sabemos. A mais recente mentira foi essa aqui: A avaliação de um ministro de Lula sobre a ação dos EUA contra Maduro | VEJA
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