A imprensa vem noticiando que Gleisi Hoffmann vai compor o ministério de Lula.
Se for verdade, pode ser uma mudança muito positiva para o governo.
Aliás, no universo paralelo onde as coisas acontecem na hora mais adequada, Gleisi teria assumido um ministério já no início de 2023.
Neste mesmo universo paralelo, a renovação da direção partidária (o famoso PED) teria ocorrido no prazo estatutário - ou seja, também em 2023 - e, em decorrência, não haveria porque o DN eleger um presidente tampão.
Voltando ao ministério: desde a ida de Dino para o STF, falta um ministro combatente.
Inclusive por isso, repetimos, a ida de Gleisi para o ministério pode ser uma mudança muito positiva.
Dizemos pode, porque há circunstâncias que vão operar no sentido contrário. E, evidente, muito dependerá das instruções que o presidente Lula dê.
Entretanto, a ida de Gleisi para o ministério gera uma dificuldade para o PT.
O tamanho desta dificuldade depende, em parte, da pessoa que será escolhida para exercer o mandato tampão.
A escolha caberá ao Diretório Nacional, cuja reunião ainda não foi convocada. E precisa ser, pois até agora não temos regulamento do PED 2025!
Voltando à presidência: esperamos que não se repita o que ocorreu em 2005, quando o autodenominado "campo majoritário" escolheu para ser "tampão" o então ministro Tarso Genro, que uma vez no cargo virou candidato à presidência, de onde foi ejetado por suas próprias palavras.
Aliás, em vários pontos - política fiscal e monetária conservadora, adiamento do PED, presidente tampão - estamos fazendo entre 2023 e 2025 algumas coisas parecidas com o que fizemos entre 2003 e 2005.
Motivo pelo qual é essencial organizar e aprofundar o debate político, principalmente estratégico, sem o qual o Partido e o governo não conseguirão fazer a mudança de rumo indispensável para nossa vitória em 2025, 2026 e além.
Urge reorganizar o partido, a militância, agregar e consolidar o projeto político pra 2026 a custo de entregarmos as eleições de 2026. Precisamos de comitês físicos do PT por todos os municípios do país, gerar movimento, animação, confiança e credibilidade. O fundo partidária deveria financiar em.parte esses espaços físicos da luta política e semiótica, a hegemonia cultural do campo progressista.
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