sexta-feira, 12 de abril de 2024

Pimenta e o direito das mulheres

Pimenta, do PCO, reclama que eu não refutei seus argumentos.

A reclamação está aqui: https://www.google.com/url?rct=j&sa=t&url=https://www.brasil247.com/blog/valter-pomar-a-desajeitada-arte-de-sair-pela-tangente&ct=ga&cd=CAEYASoSNjg3Njk0NjgxMjI3MTc2NTMyMhpmM2Q5MzA2Y2Y0MmI2NzM3OmNvbTpwdDpCUg&usg=AOvVaw3a85WcQwtq36DE2tSGgwu3

 A bem da verdade, eu os desconsiderei, exceto um: a “liberdade de expressão irrestrita”. 

Acerca disso, reitero: numa sociedade de classes, não existe liberdade “irrestrita”.

Pimenta não concorda. Segundo ele, seria uma “tolice” dizer que numa sociedade de classes, defender os direitos de uns implica em restringir os direitos de outros.

Segundo Pimenta, “se defendo, por exemplo, o direito de voto para as mulheres, não estou proibindo o direito de voto para homens”.

O segredo da tergiversação acima está na palavra “proibir”. Se ao iinvés de “proibir”, o termo for “restringir”, é óbvio que ampliar o direito das mulheres restringe o poder até então absoluto dos homens. 

Pimenta também diz que “se dou ao povo o direito de falar, não estou tirando nada de ninguém, a não ser dos autoritários”. 

Dar ao povo o “direito de falar” - se for para valer - significa “tirar” da classe dominante o “monopólio da fala”, exercido através do controle empresarial dos grandes meios de comunicação.

É assustador que um autoproclamado marxista, defensor da luta de classes, não se dê conta disto. 

Mas isto é um problema apenas para quem é marxista. 

Do ponto de vista da “causa operária”, o que preocupa mesmo é a defesa que Pimenta e  o PCO fazem da liberdade de Musk e de Brazão.

É isto que os torna aliados objetivos da extrema-direita. 


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