No domingo, dia 28 de janeiro de 2024, centenas de pessoas compareceram ao velório da Mena, registrada como Maria Filomena Gouveia Vilela.
Das presentes, a grande maioria é militante do SUS. Gente que, por profissão, sabe como a vida é frágil.
Ainda assim, ou por isso mesmo, era geral a inconformidade com a partida súbita de alguém tão querida, conhecida por seu alto astral, sorriso maroto, alegria, inteligência, seriedade temperada com bom humor, sempre do lado certo do rio.
Não sei se é pela média de idade, se é por estes tempos bicudos em que vivemos, ou se é por tudo junto e misturado, das que estiveram no velório, não foram poucas as que se encontraram recentemente em outras despedidas, de familiares, de amigos, de conhecidos, de colegas de trabalho, de camaradas de luta.
Cada uma destas partidas gera sentimentos diferentes, que são pessoais, intransferíveis e também cumulativos, a ponto de alguns não saberem se choram o singular ou o plural.
Seja como for, ao menos num caso específico, de uma pessoa crente na humanidade - em nada além, nem acima, nem abaixo disso - a perda de Mena causou imensa tristeza.
Quais os motivos de tamanho desalento? Não é a falta de um "ser superior" a quem apelar. Não é por lembrar que somos todos poeira ao vento. Provavelmente é porque a crença na humanidade tem, entre suas muitas causas, a existência de pessoas que são a prova de que as coisas podem ser muito diferentes do que são.
A falta de pessoas deste naipe faz muito mais falta.
Por isso, total apoio à ideia do Quitério, da Vigilância Sanitária de Santos: vamos lançar a hashtag pormaismenas!!!
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