A referida posição está aqui: Sobre o retorno de Marta ao PT - O Trabalho
Entre várias críticas acertadas, aparece o seguinte: "Não somos adeptos do “pecado mortal”. Todo mundo pode errar e reconhecer seus erros. Mas a refiliação de Marta Suplicy, sem qualquer balanço de seu passado pregresso, é um elemento de desmoralização não dela, mas do partido. Nesse quadro, perguntamos: não cabe ao Partido discutir esse “retorno”? Não cabe discutir se um dirigente, depois de se passar com armas e bagagens para o lado dos patrões, não teria que discutir aberta e publicamente como pretende rever suas posições e erros?".
Falando em tese, estou totalmente de acordo, embora tema que as reflexões de O Trabalho contribuam para que alguém encomende no Mercado Livre um "balanço do passado pregresso", não no correto espírito de fazer uma revisão de "posições e erros", mas apenas como homenagem do vício à virtude (lembrando: Santorini é uma ilha, Hipocrisia não é uma ilha).
Mas, provando que o buraco é mais embaixo, um importante dirigente do Partido reagiu ao texto de O Trabalho dizendo concordar "no mérito e na forma", mas acrescentando o seguinte: "A volta [de Marta] é na prática uma autocrítica!"
Então pronto: a pessoa sai do Partido quando estamos na baixa, estando do lado de fora contribui para aprofundar a desgraça (nossa e do povo), passando anos e anos aliada com o inimigo.
Quando, depois de muito esforço, conseguimos superar o pior e saímos da baixa, a pessoa volta, sendo recebida com pompa, circunstância e um lugar na janelinha.
O nome disto não é "autocrítica na prática", é oportunismo.
Infelizmente, quanto mais "argumentos" são tirados da cartola, mais fica claro que misturar a discussão sobre "Marta vice" com a discussão sobre "Marta de volta no PT" é criar corvos.
Para quem não recorda: "Cría cuervos e te sacarán los ojos!"
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