SEM REVISÃO
Roteiro da exposição sobre os desafios atuais do PT
O que segue abaixo é o roteiro da exposição sobre o tema “Desafios
atuais do PT”, feita na reunião do “orfanato”, dia 15 de maio de 2021.
1/Por qual motivo debater os desafios atuais do PT?
-PT segue sendo a maior força política da esquerda brasileira
-um dos sinais disso é a força eleitoral
-importante perceber que a desproporção entre força eleitoral,
força política organizada e influência cultural é um grande problema
-este problema pode não impedir vitórias de curto prazo,
mas tende a bloquear vitórias de médio e longo prazo
-de toda maneira, PSOL, PCdoB, setores esquerda abrigados
PDT e PSB, PCO, UP, PSTU, PCB somados não têm a força isolada do PT
-o que significa que (ao menos no curto prazo) as possibilidades
do Brasil seguir um curso favorável às classes trabalhadoras, à maioria do
povo, dependem em grande medida do PT
-isto vale para o curto prazo (2021/2022)
-e vale também para o médio prazo (entendendo por médio
prazo, por exemplo, o período em que durar o atual padrão do conflito China x
EUA)
-cabe lembrar que o comunismo surge no Brasil depois da
revolução russa de 1917, mas só se converte em força relevante depois de 1945 e
perde esta relevância depois da desaparição da URSS, ou seja, o “médio prazo”
da vida do PC foi a Guerra Fria
2/As variáveis envolvidas na análise
-evidente que materializar as possibilidades favoráveis à
classe trabalhadora não depende só do PT, assim como não depende só da esquerda,
nem mesmo da classe trabalhadora
-vejam o texto do convite desta reunião
-lá se aponta como componentes da situação do
país a pandemia, pobreza, desigualdades, desemprego, subemprego, redução de
direitos, ataques a democracia e desmonte do Estado (com repercussão nas “políticas
sociais, no investimento produtivo para gerar emprego e renda, na redução de
recursos e de apoio à pesquisa e ao ensino, do básico ao pós-graduado”)
-no texto se diz também que, apesar do desastre, as
oposições ainda não conseguiram organizar movimentos com força para mudar os
rumos do país, seja pela remoção do Bolsonaro, como para impor outras políticas
a favor do povo
-o que falta nesta descrição da situação do país? 1/
a classe dominante 2/ a relação com o mundo 3/ a análise das mudanças em curso
no capitalismo brasileiro
-alguém pode falar que estes três elementos transcendem
a conjuntura (os “desafios atuais”), e é verdade que transcendem, mas acontece
que parte das dificuldades que temos enfrentado para definir nossa política na
conjuntura estão relacionadas a isso (assim como parte das opções feitas pela
esquerda depois do golpe de 1964 tiveram relação com a análise -vinda não de
Marx, mas de Celso Furtado – sobre a “estagnação” da economia brasileira, análise
desmentida logo em seguida pelo milagre)
3/o que está acontecendo com o capitalismo
brasileiro?
-depois do ciclo de 50 anos (1930-1980) de
industrialização, estamos já há 40 anos em um ciclo de reprimarização (1981-2021)
-este ciclo, se for até o final, encaixará o Brasil
no molde que ele tinha em 1920
-dois problemas:
1/naquela época, 40 milhões, mais de 80% no campo
2/hoje, mais de 210 milhões, mais de 80% nas cidades
-é daí (e não de políticas deste ou daquele
governo) que surgem as bases estruturais da pobreza, desigualdades, desemprego,
subemprego
-é por coerência com este projeto de país que a
classe dominante não vê sentido em manter o Estado e os direitos sociais do tamanho
previsto na Constituição de 1988, não vê sentido em investimento produtivo para
gerar emprego e renda, em recursos de apoio à pesquisa e ao ensino, em SUS tal
como defendido por nós etc.
-evidente que fazer 210 milhões caberem no figurino
de 40 milhões gera conflitos e, na ausência de políticas públicas sociais e algum
desenvolvimento, o caminho é tratar a questão social como “caso de polícia” e daí
derivam as restrições crescentes à democracia
4/Nossos governos e a reprimarização
-os governos Lula e Dilma não conseguiram reverter
a reprimarização
-no fundo, prevaleceu a tentativa de usar a renda
da primarização para melhorar a vida do povo, fortalecer o Estado e financiar uma
tímida reindustrialização
-a classe dominante e os setores médios reagiram
como nós vimos
5/O contexto mundial onde se insere a reprimarização
do Brasil
-o ciclo de reprimarização no Brasil começou, não
por coincidência, quando a URSS entrou no modo crise e desaparição (1979-1991)
-e a maior parte destes 40 anos de reprimarização correspondem
ao que chamamos de neoliberalismo
-se estruturou no mundo uma ordem em que ao Brasil era
reservado um determinado lugar na divisão social do trabalho: o de fornecedor
de produtos primários, importador de industrializados e estufa especulativa
6/Estaria em gestação um novo contexto mundial, uma
nova ordem mundial?
-por óbvio, ganha interesse saber se esta ordem
mundial está mudando e, portanto, se esta mudança poderia favorecer um ciclo de
reindustrialização no Brasil
-o debate sobre esta possível nova ordem mundial é a,
digamos, “parte decente” do debate sobre Biden
7/As variáveis do atual contexto mundial
-1991
até 2008, hegemonia dos EUA e de um certo padrão de capitalismo, curiosamente
assentada numa relação especial entre EUA e China
-crise de 2008 desfez o arranjo EUAxChina, abrindo um período
de conflito de desfecho incerto
-há quatro cenários:
1/um hipotético, de conversão dos EUA em um país socialista
2/outro também hipotético, que seria o desmanche dos EUA
tal-como-o-conhecemos-hoje
3/outro possível, que seria uma derrota parcial dos EUA (sua
conversão em potência regional com influência mundial)
4/outro também possível, que seria a vitória dos EUA e o prolongamento
de sua hegemonia por mais tempo
-entre os “cenários possíveis” o melhor para nós seria a “derrota
parcial”
-sabendo que esta derrota teria um efeito problemático de médio
prazo: concentração na região de um poder hoje disperso pelo mundo
-mas a derrota dos EUA, mesmo que parcial, reduziria durante
algum tempo a pressão sobre nós e poderia abrir uma janela através da qual poderíamos
mudar nosso lugar no mundo e nosso padrão social interno
-entretanto, do ponto de vista do “cálculo político”, é melhor
que analisemos o pior cenário, o de vitória dos EUA
-os EUA se tornaram hegemônicos depois da longa crise
1914-1945
-se mantiveram hegemônicos no mundo capitalista durante a
Guerra Fria
-venceram a Guerra Fria
-o que há de comum nos casos citados antes: a hegemonia dos
EUA está relacionada a liderança econômica e a força militar, de onde resulta
também certa hegemonia cultural
-o que há de diferente na situação atual?
-EUA mantêm a força militar, mas está sendo derrotado na competição
econômica e perdendo a hegemonia cultural
-para vencer a atual disputa, os EUA vai ter que fazer recoesão
interna e vai ter que recuperar a vanguarda econômica
-vai conseguir fazer? Não sei
-vai ter efeito? Não sei
-o que sei é que mesmo que tudo dê certo lá, isso não
resolve o nosso problema aqui, muito antes pelo contrário
-isso porque o principal problema dos EUA é recuperar a
vanguarda econômica
-e para fazer isso é preciso manter a periferia como
exportadora de primários e consumidora de industrializados
-portanto significa manter a atual política dos EUA para a
AL em geral e para o Brasil em particular
-ou seja: para os EUA interessa que o Brasil e a AL continuem
sendo primário-exportadoras (e menos industrializados do que antes, devido ao excesso de capacidade produtiva no mundo e a divisão mundial do trabalho atual)
-é por isso que Biden tende a acentuar o imperialismo (vide
China, Rússia, Peru, Palestina etc.)
-imperialismo não é apenas um fenômeno político-militar, é
um fenômeno econômico social
-a natureza profundamente econômica do conflito entre EUA e
China tem outro desdobramento, que precisa ser apontado: há um “excesso de
capitais” e há um “excesso de capacidade produtiva” instalada no mundo
-um ciclo longo de crescimento (25 anos dourados) só é
possível se: 1/ou bem se tiver início algo da estatura de uma corrida ao fundo do
mar ou uma corrida espacial 2/ou bem se ocorrer uma destruição em grande medida
dos capitais acumulados
-a primeira alternativa é em parte bloqueada pelas relação
custo benefício para o capital financeiro (o “curtoprazismo”)
-a segunda alternativa exigiria “queimar” capital acumulado
numa escala que só uma guerra possibilitaria
-resumo da ópera: por onde quer que olhemos o problema, a
conclusão é a seguinte:
1/as políticas que os EUA estão adotando para tentar vencer
a China vão levar os EUA a reforçar a pressão imperialista sobre nós
2/portanto, vão levar os EUA a defender que o Brasil
continue seu processo de reprimarização
8/Os capitalistas “brasileiros” e a “reprimarização”
-a classe dominante brasileira dá todos os sinais de que vai
continuar se adaptando a isto: reprimarização & estufa financeira
-da classe dominante “brasileira” não virá nada de novo,
salvo:
1/ se houver uma interrupção tão significativa das
exportações brasileiras que faça a classe dominante ter que investir produtivamente
aqui (caso do período 1914-1945)
2/se houver um movimento vindo de fora que de alguma forma estimule
uma reindustrialização (como houve nos anos 1940 a 1970)
3/ se houver uma pressão popular que imponha uma reindustrialização
contra a classe dominante
-vale dizer que no período Vargas de certa forma houve uma combinação
entre estas três variáveis (estímulos externos, interrupção de exportações e uma
revolução dirigida por um pedaço da classe dominante e por uma parte dos setores
médios)
-hoje os estímulos externos poderiam vir da China
-a interrupção das exportações poderia ocorrer, por exemplo
em caso de guerra de grande escala
-não há nenhum setor da classe dominante disposto a apostar
num ciclo de reindustrialização para valer
-pior: dados recentes indicam que a classe dominante brasileira
está relativamente satisfeita com o posto Ipiranga
-a insatisfação da classe dominante com governo Bolsonaro é
principalmente política
-a pior insatisfação parece ser com o seguinte fato: Bolsonaro
está alavancando a volta do PT/Lula à presidência
-ironicamente, o PT e Lula são a maior chance que o Brasil
tem de se reindustrializar
9/PT, Lula e a presidência da República
-as chances de Lula vencer estão
indicadas no Data Folha
-a pesquisa diz que Lula teria
41% contra 23% de Bolsonaro no primeiro turno;
-a pesquisa diz que Lula
venceria por 55% contra 32% de Bolsonaro no segundo turno
-o que a pesquisa também diz?
-diz que no primeiro turno há
59% da população que não teria como primeira opção votar em Lula.
-hipoteticamente, estes 59% poderiam
levar ao segundo turno uma candidatura que em tese poderia derrotar Lula
-por outro lado, 54% não
votaria em Bolsonaro de jeito nenhum
-portanto, uma terceira via que
fosse ao segundo turno (contra Bolsonaro ou contra Lula) teria enorme chance
-mas é um “espaço” (um “papel”)
que está disponível, sem que exista até agora um “ator” capaz de desempenhar o
papel
-portanto, há entre muitas as
seguintes duas conclusões que se pode extrair desta pesquisa:
-primeira conclusão: este
resultado (pró Lula e anti Bolsonaro) tão distante da eleição significa
turbulência: se fosse no parlamentarismo, haveria um voto de desconfiança e o
governo cairia; mas como é presidencialismo, se não houver impeachment, teremos
um presidente acuado e minoritário e muito perigoso durante 1 ano e 7 meses. Ou
seja: crise, crise e crise
-segunda conclusão: paradoxalmente
Bolsonaro talvez seja hoje o maior obstáculo para a classe dominante derrotar
Lula
10/o que a classe dominante
pode fazer?
-ou bem “tirar Bolsonaro” (para
abrir espaço para uma candidatura da direita gourmet)
-ou bem “mudar Bolsonaro” (para
ele ter mais chances eleitorais)
-ou bem “inventar uma alternativa
de terceira via” (para quebrar a polarização)
-ou bem “tentar cooptar PT/Lula”
(para ganharmos as eleições, sem tocar na política econômica)
-“tirar Bolsonaro” é uma hipótese (solução Collor), mas tem
uma complicação imensa: Mourão e a tutela militar, além da presença organizada da
extrema direita
-“mudar Bolsonaro” é possível, porque há certa margem de
manobra para fazer mais investimentos e políticas, além disto a pandemia tende
a refluir e situação micro-econômica pode melhorar
-construir uma terceira via (hipoteticamente falando, seria
o melhor, mas até o momento não conseguiram achar o “artista para desempenhar o
papel”, que teria como tarefa “desfazer a polarização”
-para “desfazer a polarização” seria necessário, por
exemplo:
a/tirar um coelho da cartola
b/eliminar pelo menos um dos pólos (saúde, interdição
política etc.)
c/que o desgaste mútuo abra espaço para uma terceira via
-em relação a alternativa “tentar cooptar Lula e o PT”, a
Carta aos Brasileiros mostrou que é possível tentar isto, mas há algumas
diferenças importantes (internas e externas) em relação a 2002, a principal
diferença é que a tensão em 2022 é muito maior do que foi em 2002, portanto as
chances de “êxito” de uma cooptação são muito menores
-seja como for, é importante perceber que todas estas possibilidades
estão sendo cozinhadas, estão sendo experimentadas
-daí decorre que não devemos trabalhar com a hipótese de
que temos pela frente uma campanha eleitoral
11/o que o PT está fazendo?
-infelizmente, grande parte do PT está se preparando para uma
campanha eleitoral
-e, pior, uma parte do PT está se preparando para a campanha
eleitoral de... 2002, ou seja, fazendo movimento em direção ao centro:
-seja do ponto de vista das alianças
-seja do ponto de vista programático
-a “babação” de alguns por Biden corresponde no fundo a esta
lógica
-sendo que há um aspecto a mais envolvido na “babação”: endividamento
público como solução mágica, que nos pouparia das dificuldades envolvidas na reforma
tributária, no uso das reservas, no enfrentamento da dívida pública e do
capital financeiro
-pode dar certo?
-eleitoralmente pode
-no governo não
-estrategicamente também não
12/o que o PT deveria fazer?
a/em primeiro lugar, enfrentar a batalha de 2021
-defender a pauta do povo
-enfatizar o fora Bolsonaro
-apostar na mobilização de rua (força própria)
(casos do Chile, Paraguai, Colombia, EUA)
b/preparar para a batalha de 2022
-em nenhum cenário vai ser uma eleição normal, uma “campanha
eleitoral”
(chacina de Jacarezinho, ataques em Roraima, performance em
Maceió, ameaças contra vereadores, agressão contra deputadas, mudança do regimento
da câmara etc.)
-tem que ter polarização ideológica e programática
-tem que ter polarização social, tem que ter mobilização
social (não apenas polarização eleitoral)
-principalmente tem que recuperar base organizada na classe
trabalhadora
13/destaques finais
-o papel da personalidade na história: em 2018 também
liderávamos as pesquisas, portanto guarda alta
-ou o PT muda radicalmente (linha, funcionalmente) ou esta
história não vai terminar bem
-época histórica de grandes transformações e conflitos
-é necessário ter a disposição de oferecer uma alternativa revolucionária,
anticapitalista, socialista, até porque se não fizermos isso nesses momentos de
crise, quando mesmo faremos?
-tem que ter luta, tem que ter mobilização de rua, temos
que insistir no impeachment
PONTOS ENFATIZADOS NO DEBATE
1/para vencer a batalha cultural, entre outras coisas, é preciso
superar o economicismo e entender que o objetivo socialista é o eixo organizador
de nossa intervenção na batalha cultural
2/o que significa colocar o socialismo em termos de
programa: orientação geral, controlar o capital financeiro, desenvolvimento com
ampliação da igualdade
3/riscos do impeachment abrir espaço para a direita
gourmet: o outro risco é maior, leniência com criminoso, riscos do inimigo
principal se fortalecer, necessidade de polarizar
4/recuperar presença organizada nos locais de trabalho,
moradia, estudo, cultura/lazer, formar militantes para intervir de forma
organizada, superar dinâmica eleitoral, superar esta ideia de que “se milita no
Partido”, o Partido é uma organização para militar na sociedade; para ter organização
pela base, direções têm que estimular e funcionar de outra forma
5/não tratar o governo Bolsonaro de forma caricatural, do
ponto de vista dos interesses das elites é um governo que “está dando certo”, a
pandemia os ajudou a passar a boiada
6/levar em conta mudança “sociológica” na classe trabalhadora,
redução do peso relativo proletariado industrial/ampliação do “pobretariado”,
isso cria dificuldades, mas cria dificuldades especialmente para estratégias de
tipo socialdemocrata reformista;
7/no movimento sindical, mas também em outros movimentos, acentuamos
a dependência em relação ao Estado, reduzimos a organização de base, adotamos
um discurso que não contribuiu para nosso lado polarizar (a tese do “país de
classe média”)
8/no movimento sindical, perdemos base na indústria e
aumentou nossa base no funcionalismo
9/dificuldade de mobilização contra o golpe
10/preocupação central de parte da direção sindical é com o
financiamento, via lobby no parlamento
11/o debate no PT sobre o movimento sindical é muito
escasso
12/parte do movimento sindical não valoriza adequadamente a
relação orgânica entre movimento sindical e outros movimentos
13/trabalhar pela unificação da Frente Brasil Popular e da Frente
Povo sem Medo
14/sem debate ideológico e sem estratégia, nossa “governabilidade”
num futuro governo será mais frágil e mais problemática do que tivemos nos
governos Lula e Dilma
15/no Brasil a questão racial é também em grande medida a questão
proletária (ver opiniões de Mariátegui sobre relação entre “questão camponesa”
e “questão indígena” no Peru)
16/fatos recentes confirmam que o PSOL tem os defeitos do
PT, sem necessariamente ter as qualidades
17/”pejotização” de parte da classe trabalhadora dificulta
mas também reforça a necessidade de saídas políticas, via por exemplo políticas
públicas
18/maior parte da classe trabalhadora é composta por jovens/mulheres/negros,
devemos estimular estes setores da classe trabalhadora a se organizar e imporem
sua “pauta”
19/o poder do individualismo burguês (contra a visão feudal,
contra os limites das guildas artesanais, contra os interesses coletivos da classe),
o socialismo marxista defende a propriedade coletiva como uma possibilidade de ampliar
as chances do indivíduo ser mais livre
20/Biden enfrenta diferentes tipos de oposição (trumpismo,
esquerda, no congresso etc.), o mais provável é que a resultante seja menos do que
ele pretende e muito menos do que acreditam algumas pessoas de esquerda no
Brasil
21/para vencer guerra contra China, Biden precisa de mais coesão
interna (como em 1964-68) e de relançamento industrial-tecnológico. Para isto eles
vão lutar para garantir mercados para os produtos industriais dos EUA, garantir
acesso a matérias primas, ter mercados para especulação e impedir surgimento de
novos concorrentes. Não interessa aos EUA estimular a reindustrialização do
Brasil.
22/o quadro internacional pode resultar em guerra propriamente
dito? Pode e estamos chegando cada vez chegar mais perto. Lembramos que New
Deal não foi suficiente para superar a crise, foi necessário uma guerra
23/se formos levar a sério o que dizem alguns, é como se no
conflito com a China devêssemos ficar do lado dos EUA
24/do ponto de vista programático, enfatizar que precisamos
de sistema financeiro sob controle público & reindustrializar tendo como carro
chefe de ampliação da infraestrutura social (SUS, habitação, saneamento)
SEM REVISÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário