quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Cenas de um partido imaginário (1)

Cidade imaginária.

Reunião da direção municipal de um partido também imaginário.

Sala lotada.

Na mesa diretora, presidente e secretário geral do diretório municipal.

Em debate a participação de filiados do referido partido no governo municipal de outro partido.

Falas e mais falas.

Clima tenso.

Talvez por isto, ao lado da mesa há uma pessoa parada em posição de alerta.

Provavelmente um segurança contratado para proteger a integridade física da mesa diretora.

A mesa vai encaminhar a votação.

De repente, o hipotético segurança ataca os integrantes da mesa.

Não era um segurança.

Era um bate-pau.

Um não, vários.

Caos na reunião.

Debate interrompido.

Ao final, um cidadão conhecedor dos meandros crava uma certeza: a agressão fora encomendada por uma até então liderança importante do partido imaginário.

Pouco depois o suposto encomendador sai do partido, em direção a outro mais firme ideologicamente.

Anos depois, em recentíssima reunião do partido imaginário, o suposto encomendador é convidado de honra.

E, pasme, ninguém perguntou se o ocorrido era verdade.

Minha curiosidade: o nome do bate-pau.

O cara levantou o braço para mim mas não bateu. 

Achei muito simpático da parte dele.

Em tempo: é tudo ficção. 

Se há alguma semelhança com a realidade, é mera coincidência. 

E se eu sumir, podem ter certeza: não estou na Ucrânia.


Um comentário:

  1. Eu levei e dei porrada nessa ficção...Eu gostaria de estar do lado russo...

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