sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Texto de Wladimir Pomar

Divulgo abaixo texto do Wladimir Pomar, com os 13 motivos pelos quais ele votará em Dilma Rousseff presidenta da República



Wladimir Pomar vota em Dilma
 
1- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai estabelecer uma política industrial que, como diz a prof. Maria da Conceição Tavares, precisa ser mais ampla, intensificando os investimentos em infraestrutura e remendando e dando mais caráter nacional às cadeias produtivas industriais;

2- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma, realizando uma verdadeira política industrial, vai mudar a presente escassez de oferta de bens não duráveis e de equipamentos de transportes de massa, e aumentar essa oferta, reduzindo preços e evitando surtos inflacionários;

3- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma, para realizar a atual situação industrial, vai mudar a política de isenções fiscais e a política cambial, administrando ambas no sentido de elevar a oferta de bens e a capacidade dos manufaturados nacionais competirem com os produtos estrangeiros;

4- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai mudar a política de tributação sobre a remessa de lucros das empresas multinacionais, de modo a forçar tais empresas a reinvestirem na indústria local e a adensarem as cadeias produtivas nacionais;

5- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai mudar a política de elevação de juros do Banco Central, redirecionando os investimentos externos para áreas produtivas e não para o cassino financeiro;

5- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai mudar a política de privilegiamento das grandes corporações empresariais e vai dar prioridade ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas industriais e agrícolas e às empresas estatais;

7- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai mudar a atual situação agrária, realizando uma reforma que assente e dê condições de trabalho aos milhões de trabalhadores sem-terra e priorize o financiamento e o apoio aos agricultores familiares;

8- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma, ao mudar a atual situação agrária, vai proporcionar o aumento da produção de alimentos para o mercado interno e, com  isso, reduzir os preços e evitar surtos inflacionários;

9- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai enfrentar a discussão sobre a construção das novas usinas hidrelétricas, aumentando o volume de água represada, de modo a evitar cheias destruidoras, na época das chuvas, e a redução perigosa do suprimento de energia, na época de estiagem;

10- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma, com as mudanças listadas acima e outras no mesmo sentido, vai ampliar ainda mais o número de empregos, os aumentos salariais, e os programas destinados a erradicar a miséria que ainda assola grande parte da população brasileira;

11- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai ampliar ainda mais os programas Mais Médicos, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e outros que poderíamos chamar de Mais Equipamentos de Saúde e Mais Remédios, Mais Professores Qualificados e com Salários Dignos, Mais Infraestrutura Educacional e Mais Estudantes nas Escolas e Universidades;

12- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma, ao se empenhar nas mudanças acima, também vai se empenhar nas reformas políticas que reduzam substancialmente a interferência do poder econômico e da corrupção no sistema eleitoral, aumentem a participação popular nos destinos do país, e democratizem a propriedade dos meios de comunicação;

13- Porque tenho confiança que o próximo governo Dilma vai continuar se empenhando na manutenção da paz mundial e regional, na Integração Sul Americana, no fortalecimento dos Brics, no respeito a todos os países, independentemente de seu tamanho e sistema político, e na não interferência nos seus assuntos internos.

Wladimir Pomar

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É sério esse texto??? Wladimir Pomar é pessoa que respeito, inclusive o citei em um trabalho acadêmico no qual diz: "Não há forma de universalizar e melhorar os serviços públicos se eles continuarem serviços privados". Logo, espero ter compreendido a vital mensagem do texto, a confiança não está na Dilma ou no PT, nem mesmo no socialismo, mas sim na solução em prol do coletivo no enfrentamento dos problemas de ordem social, já que soluções sectárias, oriundas de grupos de pressão ou de interesses, são opções individualistas e que, assim sendo, anunciam a morte da própria política. Portanto, o controle do Estado tem se tornado peça fundamental de disputa - apesar da aparente monotonia de mais um processo eleitoral.

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    1. Resposta do Wladimir para a Gisele Andrade Figueira.

      Reitero que "Não há forma de universalizar e melhorar os serviços públicos se eles continuarem serviços privados".

      Este poderia ser mais um item além dos 13 listados como razões para votar em Dilma.

      De um modo ou de outro, para universalizar e melhorar os serviços públicos (isto é, torná-los acessíveis a toda a população) é preciso ter força ou poder econômico, social e político.

      Força ou poder econômico porque a universalização e melhoria dos serviços públicos exige da sociedade uma alta capacidade de geração de riqueza. Riqueza que só pode ser criada por uma indústria desenvolvida.

      Força ou poder social porque o direcionamento de parte considerável daquela riqueza para a universalização e melhoria dos serviços públicos só conseguirá efetivar-se se as classes populares forem organizativa e conscientemente mais fortes do que as classes proprietárias privadas.

      Força ou poder político porque a força ou poder social só conseguirá materializar-se em medidas concretas de universalização e melhoria dos serviços públicos se contar com os mecanismos ou os aparatos do Estado para substituir a propriedade privada pela propriedade social.

      Portanto, o esforço pela universalização e melhoraria dos serviços públicos, ou pela desprivatização desses serviços, terá que ser continuo, desde agora.

      Isto, tanto no contexto de governos conservadores, quanto de governos progressistas e/ou socialistas.

      Portanto, também no contexto de governos dirigidos pela PT, como espero que seja o próximo, com Dilma à frente.

      O Estado só será peça fundamental de disputa pela universalização e melhoria dos serviços públicos se as classes populares não proprietárias o pressionarem para desprivatizar tais serviços. Por um lado, governos progressistas e/ou socialistas apenas são (em tese) mais receptivos às demandas sociais das classes populares. Mas só a pressão destas classes é que pode transformar tal receptividade em medidas concretas, que confrontam o privatismo.

      Portanto, é preciso combinar a confiança em Dilma, no PT, e no no socialismo, com a mobilização de grandes camadas populares em prol do enfrentamento dos problemas de ordem social. Grupos de pressão ou de interesses só são efetivos se tiverem como perspectiva a mobilização de grandes massas. Ou seja, a participação política dessas massas sociais na solução de seus problemas. Grupos de pressão que acham bastar-se a si mesmos por defenderem interesses que pensam coletivos anunciam a morte da própria política por não terem capacodade de mobilização de massas sociais. A direção do Estado, mesmo sendo fundamental na disputa política, também pode tornar-se sectária se não contribuir para a mobilização social.

      É na perspectiva de discutir política que não podemos nos abster de travar a luta eleitoral, mesmo que ela se apresente como monotonial.

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