sexta-feira, 21 de março de 2025

Tribuna Independente


Segue a íntegra das perguntas e respostas citadas na matéria acima e disponível no endereço https://www.google.com/url?rct=j&sa=t&url=https://tribunahoje.com/noticias/politica/2025/03/21/153906-candidatura-de-medeiros-recebe-apoio&ct=ga&cd=CAEYACoTNjI1NjkxODYxNzY4OTA5ODI3MTIaZjNkOTMwNmNmNDJiNjczNzpjb206cHQ6QlI&usg=AOvVaw3UZOXms4Kp-zaKFhpJL3RS


 1. Candidatura à Presidência do PT: Quais são as principais mudanças que você pretende implementar no PT caso seja eleito presidente, especialmente em relação à atual condução do partido? 

A primeira mudança é acabar com essa distorção presidencialista. O PT é um projeto coletivo, abraçado por dezenas de milhões de pessoas, eleitores, filiados, militantes e dirigentes. Precisamos ter direções que funcionem com espírito de equipe. Obviamente isso exige muita democracia interna, muita formação política, muita comunicação, diretórios que se reúnam com regularidade. E reforçar nosso vínculo com a classe trabalhadora, a juventude, as mulheres, os negros e negras. O papel do PT é ser um instrumento da classe trabalhadora, na luta imediata por melhorar de vida e na luta histórica por uma sociedade socialista.

2. Articulação de Esquerda: Como a tendência Articulação de Esquerda pode contribuir para a revitalização do PT e a construção de uma agenda que atenda às demandas da população? 

O PT possui o direito de tendência. Em 2019, quando elegemos o atual Diretório Nacional do PT, havia 14 tendências! Mas a maioria dos filiados ao PT não pertence a tendência alguma. E uma das preocupações da tendência de que eu faço parte - a Articulação de Esquerda - reside exatamente em garantir que tendência seja um direito, não uma obrigação. O petista sem tendência precisa ter seus direitos garantidos. Isso certamente vai ajudar a revitalizar o PT. Ao mesmo tempo, é preciso organizar nossa atuação. Os petistas estão na base, onde moram, onde trabalham, onde estudam, onde se divertem. Mas as direções muitas vezes não estão onde os petistas estão. É preciso que nossos diretórios cuidam de participar e organizar as lutas cotidianas do povo. É preciso dar mais atenção para as lutas do que para as eleições. Até porque, estando presente na luta pelas demandas da população, vamos também manter e ampliar nossa votação.

3. Lançamento de Candidaturas Locais: Qual a importância do lançamento da candidatura de Ronaldo Medeiros para a presidência do PT em Alagoas e de Ale para a presidência do PT em Maceió no contexto nacional do partido? 

Nos dois casos, são candidaturas que tem afinidade com o que nós da AE pensamos. O PT não tem dono. 

4. Educação e Política: Como sua experiência como professor de História e membro da Fundação Perseu Abramo influencia sua visão sobre a política atual e as estratégias que o PT deve adotar?

Eu valorizo muito nossas tradições. A esquerda brasileira não começou com o PT. Nossa história de luta começa lá atrás, com o indígena que combateu o invasor europeu; com o escravizado que se rebelou e aquilombou; com o camponês que enfrentou o latifundiário; com as greves operárias que antecederam a criação do Partido Comunista; com os que lutaram contra a ditadura militar; e assim por diante. E a história do PT também não começou ontem. Essas lutas todas foram possíveis porque existia gente animada por uma causa. Hoje a gente chama isso de “militância”. E nossa causa é uma sociedade sem exploração nem opressão. Há no PT diferentes visões acerca de como deve ser o socialismo e sobre qual estratégia devemos adotar para conquistar o socialismo. Eu defendo o que está na resolução do sexto congresso do PT, realizado em 2017. Daquele congresso eu destaco duas questões: ser governo não basta, precisamos de poder; e poder só teremos quando a maior parte das nossas classes trabalhadoras estiver consciente, organizada e mobilizada.

 5. Construindo um Fato Político: Qual a sua expectativa em relação à repercussão desta visita a Maceió e como você acredita que isso pode impactar o cenário político local e nacional?

Minha expectativa é primeiro escutar a opinião do Partido em Alagoas e Maceió, pelo menos a opinião de quem se dispuser a conversar conosco. E espero contribuir para que nossas candidaturas e chapas sejam bem votadas no Ped de 6 de julho. Eleger uma nova direção para o Partido vai nos ajudar muito na eleição de 2026, mas principalmente vai nos ajudar a transformar o Brasil.

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