Aliás, sendo o PT um partido legal e de massas, isso não deveria surpreender ninguém.
Apesar disso, uma das coisas mais comuns dentro do PT era ouvir integrantes da “Construindo um Novo Brasil” (CNB) criticando as outras tendências por fazerem “luta pública” e “levarem para a imprensa as divergências internas do Partido”.
Ao menos em parte, sempre foi uma crítica hipócrita.
Primeiro, porque até as pedras sabem quem são os especialistas em vazamento.
Segundo e principalmente porque, na condição de tendência relativamente majoritária, é muito comum a CNB decidir as coisas fora das instâncias partidárias. Mais comum ainda é evitar até mesmo reunir as instâncias, funcionando na base da “maioria presumida”.
O que deixa parte das demais tendências na dúvida: reclamar publicamente ou silenciar obsequiosamente?
De um tempo para cá, entretanto, a CNB rasgou a fantasia e tornou-se assumidamente a maior fonte de fofocas & vazamentos. Exemplo disso é a matéria reproduzida abaixo.
(Abaixo transcrevo a íntegra do texto fotografado acima.)
A grande dúvida é: qual o fundo político da divergência? Evidentemente, nós que não somos da CNB temos uma opinião a respeito. Mas até agora não veio a público nenhum texto da própria CNB ou de alguma de suas alas explicando qual o busílis.
Isso sim seria um vazamento de utilidade pública! Pois luta interna é algo desgastante, mas luta interna que parece ser fenícia é absolutamente deprimente.
Segue abaixo o texto “foto-printado” acima:
Em meio a crise interna sobre sucessão na presidência do PT, Gleisi e Edinho fazem reunião para esfriar ânimos - O Globo
Em meio à escalada da tensão envolvendo a eleição para a presidência do PT, Gleisi Hoffmann marcou uma reunião com Edinho Silva, favorito do presidente Lula para sucedê-la no comando partidário. A conversa deve ocorrer hoje. A sugestão do encontro partiu da própria Gleisi após Edinho afirmar que estava “indignado” com o vazamento de uma reunião entre Lula e integrantes da corrente majoritária do partido, a CNB.
Para o ex-prefeito, Lula foi “usado” ao ser convidado para uma reunião na casa da ministra, na última quinta, com o objetivo de desestimular sua candidatura. No encontro, petistas adversários da candidatura de Edinho elencaram razões pelas quais ele não seria eleito em julho. E disseram ao presidente que estão trabalhando para viabilizar outra candidatura. Lula, que apoia Edinho, apenas ouviu.
O ex-prefeito também foi criticado por ter comparecido recentemente a um almoço oferecido por Marta Suplicy em que o ex-ministro Antonio Palocci estava. A aliados, Edinho disse que a lista de convidados foi de responsabilidade de Marta.
Edinho expressou insatisfação em evento na cidade de Matão (SP), no domingo, quando disse que o presidente foi usado pelos responsáveis pela reunião: "Lula vai para uma reunião para que a gente possa construir unidade e ela é vazada para a imprensa como instrumento de luta interna. Nós não podemos aceitar. Eu estou muito indignado com o que aconteceu, da forma como aconteceu, mas isso não me desestimula. Ao contrário, isso me estimula a lutar para a construção do partido que nós temos que construir".
De acordo com o blog de Julia Duailibi no g1, foi uma foto postada nas redes por Washington Quaquá que fez com que a imprensa fosse atrás da informação. Quaquáintegra o grupo de Gleisi, que não quer Edinho no comando da sigla.
Edinho lembrou que gostaria de ser o candidato de Gleisi, a quem chamou de “maior presidente da história do PT”: "Pra mim, a Gleisi é a maior presidente da história do PT. E eu estive com a Gleisi as duas vezes que ela foi candidata a presidente".
Gleisi, por sua vez, e outros petistas que demonstram resistência ao nome de Edinho têm defendido sua substituição.
Lula sinalizou a integrantes da legenda que vai dobrar a aposta no apoio a Edinho e que a chance de mudar de ideia é nula.
https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2025/03/11/armisticio-do-pt-e-vital-para-lula.htm
ResponderExcluirA chave ou o segredo do cofre?
O petista precisa do Estado ou o Estado precisa do petista?
Senão é isso e pode não ser, que se revele a divergência política, ideológica e espiritual de fundo entre aqueles que se dividiram.
Um partido dividido sobre si, se sustenta? A regra é que a esquerda preocupada com os rumos tem de ir ao ponto certo. Congresso resolve?