Todo mundo tem seus momentos ruins, seus lapsos, suas pisadas na bola.
Mas estou para ver "senso de inoportunidade" igual a do chanceler Mauro Vieira.
Convenhamos: estamos na véspera de uma viagem de Lula à China.
E estamos no meio de uma visita de Xi Jinping à Rússia.
De onde podem sair novidades acerca da guerra e paz.
Paz que o presidente Lula defende.
Neste contexto, estou para ver algo mais "oportuno" do que a resposta do chanceler Mauro Vieira acerca de Putin, na entrevista concedida aos jornalistas do Metrópoles.
Quem não viu, veja o vídeo que está disponível aqui.
Reitero: veja o vídeo, não apenas o distorcido resumo textual feito pelo Metrópoles.
A decisão do Tribunal Penal Internacional, de emitir um mandato de prisão contra Putin, é uma provocação que precisa ser liminarmente descartada, ao menos pelo chanceler de um país que deseja contribuir no processo de paz.
Titubear a respeito já é ruim. Mas frente a uma pergunta direta dos jornalistas, acerca de uma possível prisão de Putin caso este viesse ao Brasil, responder que uma visita de Putin ao Brasil causaria "complicações", é algo assombroso.
Agora, fazer isso exatamente na véspera de uma visita de Lula à China, no exato momento em que Xi Jinping está reunido com Putin, onde reafirmou que a China é sócia estratégica da Rússia, fazer tudo isso junto e misturado, é de um inigualável "senso de inoportunidade", para usar uma linguagem diplomática.
Mas é compreensível: tem gente que, ao "descer do muro", perde todo o equilíbrio.
Perde o equilíbrio e ainda cai do outro lado...
ResponderExcluirO meu medo é saber que Lula está assistindo a seus comandados fazerem o que bem entende...ou (o que mais me dá medo) concorda e acata certas posições.
ResponderExcluirSegundo live de Pepe Escobar no 247, Lavrov quer ouvir pessoalmente do Itamaraty em breve, qual é afinal, a posição do Brasil. A partir dos 16 minutos.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/live/FsuvndgzEU4?feature=share
De nossa parte, espero que sejamos honestos, ainda que as decisões finais não sejam as sonhadas. Se for necessário, teremos que nos virar sozinhos. Mas não foi sempre assim?