Não sei o quanto o senhor Carlos Alberto Almeida entende de Newton.
Mas de Marx ele não entende.
Vide o tuíte abaixo.
A maior parte da obra de Marx é sobre o capitalismo.
E nas poucas vezes que Marx fala do comunismo, geralmente toma o cuidado de demarcar com os utópicos e seus "paraísos idílicos".
A maior parte da obra de Marx foi uma crítica da economia política.
Em comparação com seus contemporâneos, Marx sai ganhando.
E parte dos que vieram depois - muitos deles inimigos do comunismo, do socialismo e do marxismo - reconhece o valor científico da obra de Marx.
Agora, querer de Marx "neutralidade axiológica" é querer algo que nem Weber, nem ninguém, foi ou será capaz de entregar.
Isto posto, o que interessa mesmo é saber se é ou não uma "excrescência" termos uma esquerda marxista.
Acho que depende.
Afinal, segundo o pai dos burros, um dos significados da palavra "excrescência" é "coisa que desequilibra a harmonia de um todo".
Nesse sentido, Almeida pode ter razão.
Pois se tem algo que nossa América Latina e nosso mundo necessitam é de uma esquerda disposta a "desequilibrar" a "harmonia" da ordem capitalista.
E nessa tarefa, a esquerda tem muito que aprender com a tradição marxista.
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