Antes mesmo do golpe de 2016, já estava evidente o crescimento da intolerância e da violência.
A esse respeito a tese Partido para tempos de guerra, apresentada ao 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores em junho de 2015, dizia:
Apesar deste e de outros alertas, a maior parte da esquerda brasileira não adotou e segue sem adotar medidas básicas para tentar se proteger da escalada da violência que desde então, entre outros danos irreparáveis, ceifou um número expressivo de vidas, como é o caso de Marielle e Anderson.
Uma medida imediata e muito simples é que todas as organizações realizem, no prazo mais curto possível, atividades tendo como tema debater a proteção das nossas vidas, atividades, espaços e comunicações.
Nestas atividades deveriam ser abordados, entre outros, os seguintes temas:
*A análise de situações, na história do Brasil e do mundo, de violência sistemática e aguda contra partidos de esquerda e contra movimentos sociais;
*A análise do discurso e da prática de violência paramilitar da direita, no Brasil e em outros países;
*A relação entre a violência paramilitar da direita e a atuação dos aparatos estatais de “segurança pública”;
*A relação entre a violência oficial, a violência paramilitar e a violência do crime organizado;
*A disseminação e a naturalização da violência, do medo e, ao mesmo tempo, da “sociedade de controle” na vida cotidiana: família, escola, locais de trabalho, ambientes públicos;
*A experiência acumulada, no Brasil e em outros países, nesta época e no passado, de proteção da vida, das atividades, das sedes e das informações de partidos de esquerda e de movimentos sociais, incluindo “serviços de ordem” para proteger manifestações; proteção dos espaços físicos; proteção de lideranças e figuras públicas; proteção das informações;
*A experiência acumulada no trato com grupos intitulados de “ação direta”;
*A experiência acumulada no que diz respeito a antecipar os movimentos violentos da direita, incluindo aí detectar infiltrados e provocadores, monitorar ameaças e prevenir intenções agressivas.
Além de promover a discussão dos temas acima, cada uma de nossas organizações poderia e deveria avaliar a conveniência de buscar ajuda especializada junto a militantes que tenham experiência na área.
Por exemplo, implementar nas sedes de cada uma de nossas organizações medidas preventivas frente a ataques, invasões e escutas clandestinas, assim como treinando quem trabalha nas sedes sobre como devem proceder frente a algum episódio deste tipo.
Além disso, todas as organizações, ao planejar atividades públicas, deveriam incluir um tópico sobre a proteção das atividades e das vidas dos envolvidos, levando em conta o que possam fazer os órgãos de “segurança pública”, os grupos paramilitares de direita e os grupos de “ação direta”.
Ademais, toda a militância -- especialmente as lideranças públicas -- deveria avaliar sua rotina do ponto de vista da proteção da vida, introduzindo as devidas mudanças na rotina pessoal, nos deslocamentos e durante as atividades.
Uma das rotinas mais comuns, atualmente, é o uso de computadores e redes sociais. Todos estes equipamentos e comunicações podem ser (e muitas vezes são) acessados por terceiros, inclusive remotamente. Mesmo assim, há medidas simples que podem ser tomadas, para proteger as informações e comunicações dos partidos de esquerda e movimentos sociais.
Finalmente, sem prejuízo de outras iniciativas, é preciso estudar e acompanhar de maneira sistemática as movimentações (virtuais e não virtuais) da direita violenta.
Faz tempo que este tema precisa ser tratado, com ciência e organização. E sem mistérios, dissimulações e secretismos: não está em jogo apenas o nosso direito de atuar politicamente, está em jogo proteger a vida de cada companheiro e companheira.
A esse respeito a tese Partido para tempos de guerra, apresentada ao 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores em junho de 2015, dizia:
“A direita tenta resolver o impasse via reforma política conservadora, judicialização da política e criminalização da mobilização social. É neste contexto que deve ser interpretada a mais recente onda de violência policial militar contra a juventude pobre e negra das periferias das grandes cidades e contra os movimentos sociais, em especial nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Não se trata de desvio nem de novidade, pois tem sido esta a prática das PMs desde a Ditadura Militar. Mas sinaliza uma ação organizada de setores da direita que apostam no extermínio e no fascismo”.
Uma medida imediata e muito simples é que todas as organizações realizem, no prazo mais curto possível, atividades tendo como tema debater a proteção das nossas vidas, atividades, espaços e comunicações.
Nestas atividades deveriam ser abordados, entre outros, os seguintes temas:
*A análise de situações, na história do Brasil e do mundo, de violência sistemática e aguda contra partidos de esquerda e contra movimentos sociais;
*A análise do discurso e da prática de violência paramilitar da direita, no Brasil e em outros países;
*A relação entre a violência paramilitar da direita e a atuação dos aparatos estatais de “segurança pública”;
*A relação entre a violência oficial, a violência paramilitar e a violência do crime organizado;
*A disseminação e a naturalização da violência, do medo e, ao mesmo tempo, da “sociedade de controle” na vida cotidiana: família, escola, locais de trabalho, ambientes públicos;
*A experiência acumulada, no Brasil e em outros países, nesta época e no passado, de proteção da vida, das atividades, das sedes e das informações de partidos de esquerda e de movimentos sociais, incluindo “serviços de ordem” para proteger manifestações; proteção dos espaços físicos; proteção de lideranças e figuras públicas; proteção das informações;
*A experiência acumulada no trato com grupos intitulados de “ação direta”;
*A experiência acumulada no que diz respeito a antecipar os movimentos violentos da direita, incluindo aí detectar infiltrados e provocadores, monitorar ameaças e prevenir intenções agressivas.
Além de promover a discussão dos temas acima, cada uma de nossas organizações poderia e deveria avaliar a conveniência de buscar ajuda especializada junto a militantes que tenham experiência na área.
Por exemplo, implementar nas sedes de cada uma de nossas organizações medidas preventivas frente a ataques, invasões e escutas clandestinas, assim como treinando quem trabalha nas sedes sobre como devem proceder frente a algum episódio deste tipo.
Além disso, todas as organizações, ao planejar atividades públicas, deveriam incluir um tópico sobre a proteção das atividades e das vidas dos envolvidos, levando em conta o que possam fazer os órgãos de “segurança pública”, os grupos paramilitares de direita e os grupos de “ação direta”.
Ademais, toda a militância -- especialmente as lideranças públicas -- deveria avaliar sua rotina do ponto de vista da proteção da vida, introduzindo as devidas mudanças na rotina pessoal, nos deslocamentos e durante as atividades.
Uma das rotinas mais comuns, atualmente, é o uso de computadores e redes sociais. Todos estes equipamentos e comunicações podem ser (e muitas vezes são) acessados por terceiros, inclusive remotamente. Mesmo assim, há medidas simples que podem ser tomadas, para proteger as informações e comunicações dos partidos de esquerda e movimentos sociais.
Finalmente, sem prejuízo de outras iniciativas, é preciso estudar e acompanhar de maneira sistemática as movimentações (virtuais e não virtuais) da direita violenta.
Faz tempo que este tema precisa ser tratado, com ciência e organização. E sem mistérios, dissimulações e secretismos: não está em jogo apenas o nosso direito de atuar politicamente, está em jogo proteger a vida de cada companheiro e companheira.
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