sábado, 15 de novembro de 2014

Pedra sobre pedra

A presidenta Dilma já reiterou diversas vezes seu apoio a todas as ações que visam investigar, julgar e condenar corruptos e corruptores.
As atuais investigações, naquilo que têm de substancial e consistente, vem comprovando que o financiamento empresarial de campanhas eleitorais, supostamente baseado em doações de empresas privadas, na verdade é financiado por recursos públicos. 
Portanto, para além de atos criminosos, estamos podendo enxergar um dos muitos aspectos de um mecanismo sistêmico que corrompe cotidianamente as chamadas liberdades democráticas, pois no lugar do "voto cidadão", o financiamento privado reintroduz de fato o voto censitário.
Este é mais um motivo para apoiarmos uma ampla e constitucional reforma política, especialmente a proibição de todo e qualquer financiamento eleitoral empresarial.
Pelo mesmo motivo, devemos vigiar para que o processo de investigação e julgamento não seja manipulado pelos mesmos interesses políticos e empresariais que se faz necessário punir. 
A corrupção institucionalizada está presente na história do Brasil, nos períodos democráticos e especialmente nos períodos ditatoriais, há muito tempo. Correu solta e até agora sem punição no período da presidência tucana e nos seus governos estaduais. 
Não é coincidência que a oportunidade de "não deixar pedra sobre pedra" ocorra exatamente no período de presidência petista. Como já foi dito, de tédio não morreremos.

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