quinta-feira, 10 de abril de 2025

Apelo à Câmara de Recursos: morto não pode votar!

 Hoje, dia 10 de abril, deve ocorrer a reunião da Câmara de Recursos do Diretório Nacional do PT.

A Câmara de Recursos é um órgão criado há vários anos, para poupar trabalho ao Diretório Nacional.

Cabe à Câmara fazer uma análise preliminar dos recursos. E, havendo maioria qualificada na Câmara, a decisão é terminativa. Ou seja, não cabe recurso ao DN.

Porém, o DN pode alterar esta regra a qualquer momento. 

Isto posto, hoje a Câmara vai debater os recursos referentes às filiações ao PED.

Um dos recursos foi apresentado por mim e está disponível para leitura aqui: Valter Pomar: Recurso acerca das novas filiações ao PT

A secretaria nacional de organização apresentou um parecer recomendando que meu recurso não seja aceito.

Não recebi o tal parecer, pois não sou membro da Câmara. Portanto, por incrível que possa parecer, não tenho como apresentar minhas contrarrazões oficialmente.

Mas quero reafirmar o seguinte: não estou pedindo impugnação de ninguém. Pelo menos ainda. Estou pedindo recadastramento. Por qual motivo? Primeiro, porque o estatuto prevê esta possibilidade. Segundo, porque há indícios de que houve um processo industrial de filiações.

Um exemplo disso pode ser visto abaixo. Detalhe: quem passou esta informação pede para não ser identificado. Vai saber o motivo.

Voltando ao exemplo: a pessoa abaixo aparece como filiada em Maricá, numa ficha abonada por WQ.




E esta mesma pessoa aparece como tendo falecido antes de ser filiada.



Pode ser um caso de homônimo? Pode.

Pode ser um erro cometido de boa fé? Pode.

Mas pode ser outra coisa. Pois ressureição é que não foi. Por enquanto, que eu saiba, o socialismo num só município ainda não chegou ao transhumanismo.

Também por isso, apelo à Câmara que aprove o recadastramento previsto no estatuto.

Um comentário:

  1. Pela boca dos vivos, é costume os militantes falecidos dizerem ‘Presente’.
    Agora, se for do PT, é até capaz de votar no dia do PED.
    ...
    Morto se filiando, tsunami de novas filiações a toque de caixa, isso parece ter uma certa semelhança com certas práticas eleitorais na República Velha e que se prologaram durante muito tempo.
    Como retrata Mário Palmeiro no seu clássico romance, valia de tudo.
    Com mais um pouco, quem sabe apareçam jagunços com pistola na cintura e porrete pra dar uma pisa nos adversários durante as eleições internas da agremiação e mesmo em reuniões.
    Se é que já não ocorra em uma ou outra localidade.
    Lendo o que rola neste blog, no andar da carruagem, o Partido dos Trabalhadores caminha para a Vila dos Confins.
    (Jucemir Rodrigues da Siva)

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