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Editorial
De duas, vencemos uma
Passamos o ano de 2014 repetindo um mantra: o de que o PT
tinha dois objetivos na eleição presidencial. O primeiro era o de vencer. O
segundo, vencer criando as condições para um segundo mandato superior. O
primeiro objetivo foi atingido. O segundo, não. Joaquim Levy está aí para
comprovar isto.
O grave é que se não fizermos um segundo mandato superior ao
primeiro, corremos sérios riscos. Entre eles o de não vencer as próximas
eleições presidenciais, em 2018. Mas corremos, também, o risco de vencer as
eleições para implementar o programa dos derrotados. Ou de sermos sabotados do
primeiro ao último dia. Ou o de sofrermos uma tentativa de impeachment ou
cassação do registro do partido. Pois todas as alternativas estão postas na
mesa das oposições de direita.
Ao fecharmos esta edição, não sabemos ainda qual a
composição completa do ministério do segundo mandato da presidenta Dilma
Rousseff. Mas, independente disto, está claro que uma de nossas tarefas
principais, em 2015 e adiante, será completar o que não foi feito em 2014. Ou
seja: criar as condições para um segundo mandato superior. Tarefa na qual o
Partido dos Trabalhadores, os partidos e movimentos sociais aliados, bem como a
intelectualidade democrática, têm muito a dizer e fazer.
É com este espírito que participaremos do Quinto Congresso
do PT. É com este espírito que estaremos presentes nos congressos da CUT, da
UNE, da Ubes e da Juventude do PT. É sob esta diretiva, também, que acontecerá
o Segundo Congresso da Articulação de Esquerda.
Acreditamos que nossas preocupações coincidem com a de
grande parte da militância que foi às ruas garantir a vitória no segundo turno
de 2014. É preciso sair das cordas. E isto não se faz na defensiva, isto não se
faz conciliando, isto não se faz de cabeça baixa. Mais uma vez, é preciso
arriscar: as boas brigas são perigosas. Mas são sempre melhores do que os
péssimos acordos.
Que o próximo ano seja de grandes vitórias para os
trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo. Que o nosso Partido dos
Trabalhadores não apenas aprove resoluções, mas também mobilize sua base em
defesa das reformas democrático-populares e do socialismo. Para o que se faz
necessário, por exemplo, ressuscitar o Muda Mais e pressionar pelo julgamento e
prisão para os criminosos da ditadura militar.
Os editores
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