http://www.pagina13.org.br/resolucoes-e-documentos-da-ae/guarda-alta-salto-baixo-e-bandeira-firme-resolucao-da-ae/
Guarda alta, salto baixo e bandeira firme
http://www.pagina13.org.br/resolucoes-e-documentos-da-ae/guarda-alta-salto-baixo-e-bandeira-firme-resolucao-da-ae/
Guarda alta, salto baixo e bandeira firme
A direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda aprovou
a seguinte resolução, dirigida aos militantes e amigos da tendência.
1.As pesquisas divulgadas nesta reta final despertaram uma enorme
euforia na militância petista e no eleitorado de Dilma. A euforia é merecida.
Afinal, contrariando os prognósticos do oligopólio da mídia, Dilma lidera e
vence em todos os cenários, tanto de primeiro quanto de segundo turno.
2.Não devemos, contudo, praticar o erro cometido nas eleições
presidenciais de 2006 e 2010. Embora seja possível uma vitória no primeiro
turno, o mais provável é que a disputa seja resolvida apenas no segundo turno.
3.Por isto, ao mesmo tempo que colocamos em tensão todas as nossas
forças com o objetivo de obter a maior votação possível no dia 5 de outubro, também
devemos estar política, organizativa e psicologicamente preparados para mais
três semanas de campanha.
4.Não devemos, tampouco, repetir o erro do início desta campanha
presidencial de 2014, a saber, subestimar os adversários. Quem quer que vá ao
segundo turno contra nós, contará com o apoio da extrema-direita, do oligopólio
da mídia, da especulação financeira e de potências estrangeiras, vocalizando os interesses dos
setores hegemônicos do grande capital, nacional e internacional. Nossos inimigos farão de tudo, legal ou ilegal, para
tentar nos derrotar. Portanto, ocorrendo segundo turno, será uma guerra, não um
passeio.
5.Neste espírito, não devemos cometer a ingenuidade de "escolher
adversário". Sempre haverá raciocínios e cálculos para todos os gostos e
sabores, a apontar as debilidades e os pontos fortes de uma ou de outra
candidatura oponente. Quem quer que seja, entretanto, não pode ocorrer nenhuma
mudança na linha de campanha adotada depois de 13 de agosto, a saber: mobilização
máxima, politização máxima e máxima polarização programática. Linha
válida tanto para
esta reta final do primeiro turno como para um possível segundo turno.
6.Cabe aos dirigentes partidários e coordenadores de campanhas
eleitorais combinar a ofensiva dos próximos dias, com o planejamento e medidas
preparatórias para os cenários do dia seguinte.
7.A militância deve estar preparada para iniciar a segunda-feira 6 de
outubro trabalhando por nossas candidaturas a presidenta e a governador (onde
estivermos no segundo turno).
8.Num segundo turno, sem prejuízo de movimentos que se façam no sentido
de neutralizar ou ganhar outros setores políticos e sociais, nosso esforço
fundamental deve ser o de manter e ampliar o voto junto à classe trabalhadora,
em especial a juventude trabalhadora. Para este esforço ter êxito, reiteramos
ser fundamental que tenha continuidade a correta guinada à esquerda dada pela campanha
depois de 13 de agosto.
9.Desde já, mas também num segundo turno, devemos buscar o voto de toda
a esquerda, de todas as forças democráticas e populares, de todos os setores progressistas,
de todos aqueles que não participam ou são oposição ao governo encabeçado por
nós, mas que não desejam uma restauração neoliberal.
10.Especialmente num segundo turno, o "programa mínimo" da
oposição será o antipetismo. Para enfrentar o ódio e a desinformação, será
preciso aliar a firmeza no combate aos inimigos com a paciência no diálogo com
os setores populares que tem críticas a nós. Será necessário, também, estar especialmente
atento para as agressões, armações e manipulações, a começar pelas pesquisas
que devem sair logo após o primeiro turno.
11.Orientamos nossas candidaturas para que comuniquem à direção
nacional, por escrito, do que necessitam para dar continuidade ao esforço de
campanha durante o segundo turno.
12.Orientamos, também, nossas candidaturas a que deixem para novembro o balanço
detalhado das eleições. Certamente será necessário um profundo balanço da
situação geral do Partido, debilidades e diferenças. Mas o momento para fazer
isto é depois de concluída a batalha presidencial e as batalhas pelos governos
onde estivermos no segundo turno.
13.O povo brasileiro, a classe trabalhadora e a esquerda socialista estamos
muito perto de conquistar mais uma importante vitória, reelegendo a presidenta Dilma
Rousseff e criando as condições para um segundo mandato superior, alinhado com
as reformas democráticas e populares. Mas para atingir estes objetivos será preciso,
mais do que nunca manter a guarda alta, o salto baixo e fazer uma defesa
firme de nossas bandeiras.
A direção nacional da Articulação de Esquerda
1 de outubro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário