quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Setembro


Em setembro de 1973, há 40 anos, um golpe de Estado derrubou o presidente Salvador Allende e interrompeu o governo da Unidade Popular chilena.

Por trás do golpe, estavam a grande burguesia chilena, a “assessoria técnica” da ditadura militar brasileira e o apoio total do governo dos Estados Unidos.

Foi também em setembro, no ano de 2001, que o governo dos Estados Unidos reagiu a um ataque terrorista, declarando uma guerra sem fim que já causou centenas de milhares de vítimas em países como o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão, a Líbia...

Agora, em setembro de 2013, os Estados Unidos discutem se atacam ou não a Síria, ao mesmo tempo em que fazem espionagem massiva em todo o mundo, inclusive contra nosso governo, contra a Petrobrás e contra cidadãos e cidadãs do Brasil.

Apesar disto tudo, no Brasil a maior parte da oposição de direita ataca nossa política externa e defende que o Brasil se submeta aos interesses dos Estados Unidos.

O Brasil é o alvo dos gringos. E o Partido dos Trabalhadores é o alvo da direita.

A nossa força, a nossa presença no governo federal, é cada vez mais intolerável para as elites e para as grandes potências.

Por isto eles fizeram, fazem e continuarão fazendo de tudo para nos derrotar.

Por isto as opções do PT, as nossas escolhas, o comportamento da nossa militância e dos nossos dirigentes, não constituem um assunto interno ou paroquial.

É neste ambiente, perigoso e turbulento, que o PT vai escolher suas direções partidárias. 

É por isso que lançamos a chapa “A esperança é vermelha” e a candidatura de Valter Pomar à presidência nacional do PT.

Primeiro, porque o PT precisa mudar.

Não uma mudança da boca para fora, como pretendem alguns. Mas uma mudança de verdade.

Precisamos de autonomia financeira: um partido de trabalhadores não pode depender de recursos do empresariado.

Precisamos de uma estrutura de comunicação de massas, com web, TV, rádio e imprensa, inclusive um jornal diário.

Precisamos de formação política para toda a nossa militância.

Precisamos reforçar nossos vínculos com a juventude, com a classe trabalhadora, com os movimentos sociais, com as mulheres, os negros, os indígenas, o movimento ambientalista e lgbt.

Precisamos de direções partidárias capazes de defender as posições do PT, nas ruas e nas urnas, nos parlamentos e nos governos.

Que lembrem sempre que Partido é partido, governo é governo. E que ninguém, nenhuma liderança, nem mesmo o Lula e a Dilma, podem se sobrepor as decisões democraticamente adotadas pela base do Partido. 

A chapa “A esperança é vermelha” e a candidatura de Valter Pomar à presidência nacional do PT defendem que o PT precisa de uma nova estratégia.

A estratégia adotada em 1995 e que segue vigente até hoje, não dá conta dos desafios que vivemos neste Brasil de 2013.

Precisamos de uma estratégia capaz de responder aos desafios de um Brasil que clama por reformas estruturais, de uma América Latina que precisa de integração regional, de um mundo em crise cuja saída está no socialismo.

Precisamos de uma estratégia que dê ênfase à governabilidade social, que compreenda que vivemos num momento de fortes conflitos com o grande capital e com as direitas brasileiras, e que para isso precisamos de força e de aliados de verdade, não de aliados que se comportam e votam como inimigos.

Precisamos de uma nova estratégia, para que o PT seja não o partido do grande passado pela frente, não apenas o partido dos êxitos do presente, mas o Partido do futuro, um partido sintonizado com as aspirações e com as necessidades de um Brasil que algum dia será socialista.

A chapa “A esperança é vermelha” e a candidatura de Valter Pomar à presidência nacional defendem que cabe ao PT dirigir a campanha de reeleição da companheira Dilma.

Uma campanha que terá um duplo desafio: conquistar um segundo mandato e conquistar um segundo mandato que seja melhor do que o atual.

E um mandato melhor do que o atual é um mandato que seja marcado pelas reformas estruturais: por uma reforma política profunda, que passa por uma Assembleia Constituinte; pela aprovação da Lei da Mídia Democrática; por uma reforma tributária progressiva, pois os ricos tem que pagar impostos; pela reforma agrária e pela reforma urbana; por um salto na qualidade e no financiamento das políticas públicas de transporte, de saúde, de educação, de cultura, entre outras.

Este é o programa que defenderemos nas eleições de 2014, para reeleger Dilma, ampliar nossa presença nos governos estaduais, mantendo os atuais governos e elegendo novos, com destaque para as candidaturas petistas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; e ampliar nossa bancada no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas.

É com base nesse programa que faremos alianças com outros partidos. E, principalmente, é com base neste programa que reafirmaremos nossa aliança com a grande maioria do povo brasileiro.

É o povo, a juventude, a classe trabalhadora, que podem mudar nosso país.

E é deste lado que nós estamos.

Por isto pedimos teu voto e, principalmente, teu apoio militante para a candidatura de Valter Pomar presidente nacional do PT e para a chapa “A esperança é vermelha”.

 

 

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