Em setembro
de 1973, há 40 anos, um golpe de Estado derrubou o presidente Salvador Allende
e interrompeu o governo da Unidade Popular chilena.
Por trás do
golpe, estavam a grande burguesia chilena, a “assessoria técnica” da ditadura
militar brasileira e o apoio total do governo dos Estados Unidos.
Foi também em
setembro, no ano de 2001, que o governo dos Estados Unidos reagiu a um ataque
terrorista, declarando uma guerra sem fim que já causou centenas de milhares de
vítimas em países como o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão, a Líbia...
Agora, em
setembro de 2013, os Estados Unidos discutem se atacam ou não a Síria, ao mesmo
tempo em que fazem espionagem massiva em todo o mundo, inclusive contra nosso
governo, contra a Petrobrás e contra cidadãos e cidadãs do Brasil.
Apesar disto
tudo, no Brasil a maior parte da oposição de direita ataca nossa política
externa e defende que o Brasil se submeta aos interesses dos Estados Unidos.
O Brasil é o
alvo dos gringos. E o Partido dos Trabalhadores é o alvo da direita.
A nossa
força, a nossa presença no governo federal, é cada vez mais intolerável para as
elites e para as grandes potências.
Por isto
eles fizeram, fazem e continuarão fazendo de tudo para nos derrotar.
Por isto as
opções do PT, as nossas escolhas, o comportamento da nossa militância e dos
nossos dirigentes, não constituem um assunto interno ou paroquial.
É neste
ambiente, perigoso e turbulento, que o PT vai escolher suas direções
partidárias.
É por isso
que lançamos a chapa “A esperança é vermelha” e a candidatura de Valter Pomar à
presidência nacional do PT.
Primeiro,
porque o PT precisa mudar.
Não uma
mudança da boca para fora, como pretendem alguns. Mas uma mudança de verdade.
Precisamos
de autonomia financeira: um partido de trabalhadores não pode depender de
recursos do empresariado.
Precisamos
de uma estrutura de comunicação de massas, com web, TV, rádio e imprensa,
inclusive um jornal diário.
Precisamos
de formação política para toda a nossa militância.
Precisamos
reforçar nossos vínculos com a juventude, com a classe trabalhadora, com os
movimentos sociais, com as mulheres, os negros, os indígenas, o movimento
ambientalista e lgbt.
Precisamos
de direções partidárias capazes de defender as posições do PT, nas ruas e nas
urnas, nos parlamentos e nos governos.
Que lembrem
sempre que Partido é partido, governo é governo. E que ninguém, nenhuma
liderança, nem mesmo o Lula e a Dilma, podem se sobrepor as decisões
democraticamente adotadas pela base do Partido.
A chapa “A
esperança é vermelha” e a candidatura de Valter Pomar à presidência nacional do
PT defendem que o PT precisa de uma nova estratégia.
A estratégia
adotada em 1995 e que segue vigente até hoje, não dá conta dos desafios que
vivemos neste Brasil de 2013.
Precisamos
de uma estratégia capaz de responder aos desafios de um Brasil que clama por
reformas estruturais, de uma América Latina que precisa de integração regional,
de um mundo em crise cuja saída está no socialismo.
Precisamos
de uma estratégia que dê ênfase à governabilidade social, que compreenda que
vivemos num momento de fortes conflitos com o grande capital e com as direitas
brasileiras, e que para isso precisamos de força e de aliados de verdade, não
de aliados que se comportam e votam como inimigos.
Precisamos
de uma nova estratégia, para que o PT seja não o partido do grande passado pela
frente, não apenas o partido dos êxitos do presente, mas o Partido do futuro,
um partido sintonizado com as aspirações e com as necessidades de um Brasil que
algum dia será socialista.
A chapa “A
esperança é vermelha” e a candidatura de Valter Pomar à presidência nacional
defendem que cabe ao PT dirigir a campanha de reeleição da companheira Dilma.
Uma campanha
que terá um duplo desafio: conquistar um segundo mandato e conquistar um
segundo mandato que seja melhor do que o atual.
E um mandato
melhor do que o atual é um mandato que seja marcado pelas reformas estruturais:
por uma reforma política profunda, que passa por uma Assembleia Constituinte;
pela aprovação da Lei da Mídia Democrática; por uma reforma tributária
progressiva, pois os ricos tem que pagar impostos; pela reforma agrária e pela
reforma urbana; por um salto na qualidade e no financiamento das políticas
públicas de transporte, de saúde, de educação, de cultura, entre outras.
Este é o
programa que defenderemos nas eleições de 2014, para reeleger Dilma, ampliar
nossa presença nos governos estaduais, mantendo os atuais governos e elegendo
novos, com destaque para as candidaturas petistas nos estados de São Paulo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro; e ampliar nossa bancada no Congresso Nacional e
nas assembleias legislativas.
É com base
nesse programa que faremos alianças com outros partidos. E, principalmente, é
com base neste programa que reafirmaremos nossa aliança com a grande maioria do
povo brasileiro.
É o povo, a juventude,
a classe trabalhadora, que podem mudar nosso país.
E é deste
lado que nós estamos.
Por isto pedimos
teu voto e, principalmente, teu apoio militante para a candidatura de Valter
Pomar presidente nacional do PT e para a chapa “A esperança é vermelha”.
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