Não foi por falta de aviso: arrolado como testemunha, Quaquá correspondeu às expectativas de Domingos Brazão, como se pode constatar aqui:
Vale lembrar que no dia 19 de julho de 2024, o Diretório Nacional do PT debateu uma proposta de afastar Quaquá da vice-presidência do Partido. A referida proposta pode ser lida aqui:
Valter Pomar: A "absoluta certeza" de Quaquá
Valter Pomar: Relato de uma reunião
Como, além de filiado e deputado, Quaquá segue vice-presidente nacional do PT, seu depoimento em defesa de Domingos Brazão implica em alguma medida o conjunto do Partido.
Tenham ou não envolvimento no assassinato de Marielle, o tamanho da capivara dos irmãos Brazão deveria levar qualquer democrata a manter prudente distância.
Afinal, crime organizado não rima com liberdades democráticas.
Mas, como demonstrou mais uma vez em seu depoimento, Quaquá tem motivos pragmáticos, eleitorais e estratégicos para enxergar a imensa capivara de forma mais generosa, digamos assim.
O que, aliás, diz mais sobre Quaquá do que sobre os irmãos.
O mais grave, entretanto, é que uma maioria relativa do Diretório Nacional do PT (26 a 17, com 7 abstenções) tenha preferido não discutir o assunto.
A prática de não enfrentar os problemas quando eles ainda são pequenos e manejáveis não deu muito certo no passado e segue não dando certo no presente.
O que faz lembrar uma frase atribuída a alguém muito célebre e que segue válida para muitas pessoas: a história nos ensina que ela não nos ensina nada.
Logo, logo estamos ficando como o MDB, e logo logo seremos destruídos como um partido político. Sinto-me envergonhada de ter um indivíduo como esse no PT. #ForaQuaquá
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