sábado, 11 de janeiro de 2025

A nota 19 do Itamaraty

 No ano de 2025, o Itamaraty soltou 19 notas.

As primeiras dezoito foram sobre os seguintes assuntos:

Entrada em vigor do acordo de sede entre Brasil e a Corte Permanente de Arbitragem

Eleição Presidencial no Líbano

Discurso do Ministro Mauro Vieira por ocasião do Seminário Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal – 8 de janeiro de 2025

Concessão de agrément ao Embaixador designado do Brasil na Belarus

Incêndios na Califórnia

Facilitação das exportações de couro brasileiro para o Vietnã - Nota Conjunta MRE/MAPA

Abolição da pena de morte no Zimbábue

Terremoto na região autônoma do Tibete e no Nepal

Premiação da atriz Fernanda Torres no Globo de Ouro 2025 - Nota Conjunta MRE/MinC

Ingresso da Indonésia no BRICS

Concessão de agrément à Embaixadora designada da Tailândia no Brasil

Concessão de agrément ao Embaixador designado do Brasil no Panamá

Bombardeios na Faixa de Gaza

Renovação do Pacote Contra a Inflação no México

Concessão de agrément ao Embaixador designado do Brasil na Alemanha

Concessão de agrément ao Embaixador designado do Brasil na Áustria

Abertura de mercado no Vietnã para peles salgadas de bovinos - Nota Conjunta MRE/MAPA

Ataque contra multidão em Nova Orleans, Estados Unidos da América

A nota 19 foi publicada as 10h29 do dia 11 de janeiro.

O título oficial da nota é "sobre a situação na Venezuela".

Mas o conteúdo não entrega o que o título promete.

Afinal, a nota trata apenas de um aspecto da situação na Venezuela.

E, ao tratar deste aspecto, endossa o ponto de vista de parte da oposição venezuelana, a saber: "o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos".

Embora a nota reconheça os "gestos de distensão" por parte do governo, nada fala sobre as ações "deploráveis" de parte da oposição, que incluem a infiltração de mercenários estrangeiros, para fazer sabe-se exatamente o quê.

É uma escolha.

Alguns podem achar que notas como essa facilitariam o diálogo com a oposição e, em última análise, contribuiriam para a estabilidade do próprio governo Maduro ou pelo menos da Venezuela.

Se alguém pensa assim, precisa lembrar que vivemos em tempos de Trump, Milei, Vox e Corina.





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