quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Resolução sobre Palestina


A direção nacional da Articulação de Esquerda considera que o Partido dos Trabalhadores, seus candidatos, sua militância, em especial aquela que atua nos movimentos sociais, devem desencadear uma forte campanha em solidariedade ao povo palestino.
A ofensiva militar desencadeada pelo governo de Israel contra a Faixa de Gaza, realizada sob o pretexto de reação defensiva contra os ataques promovidos pelo Hamas, é parte de uma estratégia colonialista, por sua vez articulada com os interesses imperialistas na região.
De acordo com esta estratégia, é inaceitável tanto a convivência pacífica entre dois estados (Israel e Palestina), quanto a existência de um único Estado laico e democrático.
A extrema-direita que governa Israel busca fundamentar suas ações com base num discurso claramente racista, sobre a superioridade étnica de uns e a inferioridade de outros.
Ao mesmo tempo, a extrema-direita de Israel acusa seus adversários de antissemitismo e de ser contra a existência mesma de Israel.
Mas a verdade é outra: quem vem se demonstrando como o pior inimigo de Israel e quem vem se convertendo na maior ameaça ao judaísmo é exatamente esta extrema-direita, entre outros motivos porque oferece pretextos ao antissemitismo.
O Partido dos Trabalhadores, coerente com as melhores tradições democráticas, socialistas, revolucionárias, recusa qualquer tipo de fundamentalismo; denuncia qualquer forma de antissemitismo; combate toda forma de racismo, inclusive quando aparece sob a forma de sionismo; e reafirma os direitos do povo palestino à autodeterminação, à soberania nacional, a seu Estado democrático.
Um povo ocupado tem o direito de combater seus ocupantes. E um partido de esquerda tem o dever de levantar sua voz em favor das vítimas da opressão colonial.
Neste sentido conclamamos a militância petista a engajar-se em solidariedade ao povo palestino.

Brasília, 13 de agosto de 2014

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