sexta-feira, 25 de julho de 2014

Truques do "gigante"



O governo de Israel é usuário tradicional do seguinte "truque": "exigir" que nos lembremos das "agressões terroristas" de que foram "vítimas".

O governo brasileiro é uma das vítimas deste  "truque": toda nota acerca do conflito Israel/Palestina tem que condenar uns e outros.

E quando "esquecemos" de fazer isto, viramos "anões".

Ou "aliados dos terroristas", coisa de que já fui acusado, numa ofensiva anterior contra Gaza, por conta de uma nota que eu e o então presidente do PT Ricardo Berzoini assinamos.

O governo brasileiro agiu certo ao criticar as agressões cometidas por Israel, assassinando civis. E agiu mais certo ainda chamando nosso embaixador para consultas.

Cabe lembrar: Israel ocupa a Palestina.

Portanto, os palestinos têm todo o direito de lutar contra a ocupação.

E não conheço um único caso onde a luta contra a ocupação não tenha sido acusada de "terrorismo"  pelas forças de ocupação.

Não estamos diante de uma guerra desigual entre dois Estados.

Estamos diante de uma luta desigual entre um exército de ocupação e diferentes setores de um povo ocupado.

Posso não gostar das atitudes deste ou daquele setor.

Mas nunca, nunca, podemos esquecer que são atitudes de quem está há décadas submetido a ocupação.

Por isto, espero que sejamos mais "anões" ainda e rompamos relações diplomáticas. O governo de Israel precisa ser isolado.

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