Quero me
dirigir a você, que apoia ou simpatiza com as posições da chapa "A
esperança é vermelha".
Faltam
30 dias para o primeiro turno das eleições diretas petistas (PED).
No
dia 10 de novembro, 806 mil filiados e filiadas poderão eleger as direções,
presidências e as delegações ao V Congresso do Partido dos Trabalhadores.
Este
número não é produto apenas da mobilização voluntária dos filiados. Como todos
sabem, ainda que poucos reconheçam publicamente, este número é produto em certa
medida de cotização coletiva disfarçada de cotização individual.
Infelizmente,
para grande número de petistas, o PED converteu-se no único instrumento de
participação na vida partidária: votar de quatro em quatro anos.
Esta
realidade tem que mudar. Uma das condições para isto é que as posições da
esquerda partidária estejam presentes e influenciando as direções partidárias,
em todos os níveis.
E
isto só acontecerá se, de hoje até o dia 10 de novembro, dermos conta de
algumas tarefas:
1)
fazer chegar a cada filiado e a cada filiada o material de nossas chapas e
candidaturas, direito que o regulamento garante a quem estiver inscrito no PED;
2)
organizar debates, palestras, atos políticos e culturais abertos, para que o
conjunto do Partido possa conhecer nossas posições;
3)
ajudar a organizar e mobilizar para os debates oficiais entre chapas e
candidaturas, em todos os níveis;
4) fazer
cumprir o regulamento, inclusive a proibição de transporte pago pelas chapas e
candidaturas, bem como a existência de fiscais no processo de votação e
apuração, essenciais para que os números apurados correspondam a vontade dos
filiados no dia 10 de novembro.
Se
tivermos êxito no cumprimento destas quatro tarefas, poderemos garantir a
presença da esquerda petista nas direções partidárias, inclusive na composição
da próxima Comissão Executiva Nacional do Partido.
Esta
presença está, hoje, ameaçada. E isto não constitui um problema apenas para os
setores que integram a chamada esquerda petista.
A
pluralidade é importante para o PT. A história recente do Partido já mostrou os
riscos que corremos, quando uma única chapa ou posição alcança maioria
absoluta.
Se
tivermos êxito no cumprimento daquelas quatro tarefas, também poderemos
viabilizar o segundo turno na disputa das presidências do Partido.
Tanto
em âmbito nacional, quanto em importantes estados e municípios, os grupos
majoritários do Partido querem evitar que ocorra um segundo turno. E o preço
disto inclui, em vários casos, eleger para a presidência do PT pessoas que vem
evitando tomar posição sobre questões essenciais para o presente e para o
futuro do PT.
Garantir
o segundo turno é garantir que os filiados e filiadas saibam quais as posições
políticas de quem presidirá o Partido nos próximos quatro anos.
Finalmente:
ao longo destes próximos 30 dias, devemos intensificar a propaganda das
posições de “A esperança é vermelha”.
O
PT precisa de autonomia financeira: um partido de trabalhadores não pode
depender de recursos do empresariado. Também requer comunicação
de massas, com web, TV, rádio e imprensa todo dia, para poder falar com a classe trabalhadora e com nossa própria
militância sem depender da mídia comercial.
Formação política para nossos militantes.
Reforçar vínculos com a juventude, a classe trabalhadora, os movimentos sociais: mulheres,
negros, indígenas, os sem-terra e os sem teto, movimento ambientalista e lgbt.
O PT
também precisa de direções que defendam as posições do partido, nas ruas e
urnas, nos parlamentos e governos. Que lembrem que Partido é partido, governo é
governo. E que ninguém, nenhuma liderança, nem mesmo o Lula e a Dilma, pode
desrespeitar as decisões adotadas pela base.
O PT
precisa de outra estratégia. A estratégia adotada em 1995 não dá conta dos
desafios que vivemos neste Brasil de 2013. Precisamos de uma nova estratégia,
para um Brasil que clama por reformas estruturais, uma América Latina que
precisa de integração regional, um mundo em crise cuja solução está no
socialismo. Uma estratégia que dê ênfase à governabilidade social, que
compreenda que vivemos num momento de fortes conflitos com o grande Capital, com
as direitas e com o imperialismo, e que para isso precisamos de aliados de
verdade, não de aliados que se comportam e votam como inimigos.
O PT
precisa reeleger Dilma, para fazer um segundo mandato melhor do que o atual. Um
mandato marcado pelas reformas estruturais: uma reforma política profunda,
Assembleia Constituinte, Lei da Mídia Democrática, reforma tributária
progressiva, reforma agrária e urbana, jornada de 40 horas, mais qualidade e
financiamento das políticas públicas de transporte, de saúde, de educação, de
cultura etc. Este é o programa para reeleger Dilma, manter os atuais governos e
eleger novos, ampliar nossa bancada no Congresso e nas assembleias
legislativas. É com base nesse programa que reafirmaremos nossa aliança com a
grande maioria do povo, a juventude, a classe trabalhadora que pode mudar nosso
país.
É
para estas posições que pedimos seu voto e seu empenho militante, especialmente
nestes próximos trinta dias.
Valter
Pomar, candidato à presidência nacional do PT em nome da chapa “A esperança é
vermelha”.
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