Seguem matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, bem como as perguntas que me foram feitas e as respectivas respostas.
https://www.estadao.com.br/politica/corrente-do-pt-se-reune-para-planejar-estrategias-de-oposicao-a-governo-tarcisio/
1) Quais as principais pautas que serão discutidas no Congresso Estadual da Articulação de Esquerda (AE) neste sábado?
Haverá uma discussão sobre a situação mundial, continental e nacional. Mas a questão central será como derrotar o governo Tarcísio, a praga que atualmente assola o estado de São Paulo.
2) Atualmente, qual é o tamanho da tendência? Há quantos membros com mandato no Legislativo ou no Executivo?
No último congresso nacional do PT, nossa chapa teve 10% dos votos. Somos uma tendência do Partido, portanto não temos mandatos. Quem tem mandatos é o Partido. Quem tem mandato, não importa de que tendência seja, deve cumprir as determinações do Partido.
3) Qual a avaliação da AE sobre a condução do partido pelo campo majoritário?
Nossa avaliação é que o PT precisa de outra estratégia, outra linha de atuação, outro funcionamento interno. Como vimos em 2016, não basta ganhar eleições, é preciso ter capacidade de sustentar os governos. E o PT precisa disputar efetivamente os rumos dos governos que encabeçamos. Os nossos governos precisam combinar políticas públicas com reformas estruturais, para que haja efetiva transformação. Sem uma mudança de linha, vamos ter um resultado aquém do necessário em 2024.
4) Qual a posição da AE em relação ao adiamento do Processo de Eleições Diretas (PED)?
Votamos contra o adiamento. Foi um imenso erro. Devíamos ter feito, em 2023, o PED e, assim, um grande debate sobre os rumos do Brasil e do PT, trazendo para participar deste debate e para militarem no Partido centenas de milhares de pessoas que nos ajudaram a derrotar o cavernícola em 2022.
5) A AE sente-se suficientemente representada no governo Lula? Há alguma reivindicação nesse sentido?
Nossa opinião é que o governo precisa ter mais e melhores ministros de esquerda, inclusive, mas não somente, petistas. E defendemos que no governo deve ter zero ministro que tenha apoiado o cavernícola. E nossa “reivindicação”, por assim duzer, é demitir o ministro da Defesa, colocando em seu lugar uma pessoa disposta a submeter as Forças Armadas a controle civil; e demitir o ministro da Comunicação, colocando em seu lugar uma pessoa disposta a cumprir a Constituição, que proíbe que haja monopólio na Comunicação.
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